CAPÍTULO 12 " BATALHAS NA ARENA: PARTE 2: OS SEGREDOS DA ARENA"

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Agora era hora da segunda batalha, e a torcida já se animava com os próximos lutadores que subiam ao ringue. O Lançador de Chamas, contra a Mulher Acrobata.

A história deles era tão interessante quanto a dos primeiros. A Mulher Acrobata era Sônia, e o lançador de chamas era Ricardo. Sônia substituiu Ricardo na prefeitura da nossa cidade vizinha, Doces Sonhos, pois Ricardo renunciara seu mandato para se mudar para outro país com sua esposa. Durante um mês fora, ao perceber que a vida não era o conto de fadas que imaginava, Ricardo decidiu voltar para sua cidade e ter seu emprego de volta, o que foi recusado, obviamente. Depois de não conseguir o que desejava, o homem decidiu se inscrever ele e Sônia no torneio, para decidirem o destino da prefeitura de Doces Sonhos no torneio. Sônia, para surpresa de todos, não demostrou nenhum descontentamento, pois não tinha medo de lutar com Ricardo.

Porém, há um problema, ela não tem nenhuma habilidade especial, de lançar fogo, ou soltar um grito destruidor, por exemplo. O que dificulta em dobro sua vitória. No entanto, ainda torço por ela.

Todos na arena já estão fazendo suas apostas. Menos eu, não disse nada a Cristian sobre meu palpite, mas acho que já sei a resposta.

- Eu aposto na Mulher Acrobata - mesmo sendo uma humana comum, ela tem uma cara de determinação muito forte. Me vejo nela, mesmo que as pessoas perto de mim, pareçam não concordar.

- Claro que o Lançador será o vencedor - responde Cristian. Disso eu não duvido.

O show se inicia com o Lançador lançando suas chamas na direção de sua oponente. Mas ela é rápida e inteligente, mesmo subestimada, a garota consegue fugir facilmente das chamas, saltando em formato de cambalhotas. Ao mesmo tempo que foge dos raios do Lançador, ela se aproxima dele. Todos olhamos atentos. Ela é mais incrível do que eu imaginava!

E ao chegar perto suficiente dele, ela consegue dar um chute em sua barriga. Mas, não um chute qualquer, um chute potente que o derruba no chão e o deixa sem ar.

Num piscar de olhos, a batalha mais rápida que já vi na vida, está terminada. Vitória para a Mulher Acrobata.

Tento não esfregar a minha vitória consecutiva na cara do meu irmão.

Mas é difícil, ele me olha revoltado.

- Isso não está certo! - ele resmunga.

- Claro que está - respondo caçoando.

⭐⭐⭐

Do nada, todas as luzes se apagam, nos deixando em completa escuridão. Podemos escutar o barulho da multidão, várias pessoas conversando sem entender o que está acontecendo. Torço para ser apenas uma queda de energia.

- É o monstro? - escuto Cristian dizer apavorado.

- Acalmem-se, deve ser só uma falha elétrica. Além do mais; nenhum monstro passaria por nosso sistema de segurança. Isso eu garanto - assegura o rei.

De repente as luzes se acendem. Todos suspiramos aliviados, não é nenhum mostro. Mas vejo um homem no palco. Alguém muito familiar, mesmo que eu nunca tenha visto seu rosto na vida. O homem está com seus capangas atrás dele em cima do ringue, enquanto o locutor é mantido como refém, para os policiais não atirarem.

Imagino que isso tudo tenha sido planejado. A queda de energia, o refém, não é nenhuma coincidência. Esse homem planejou tudo isso.

Os policiais se levantam dos bancos da arena, estão apenas esperando uma ordem do chefe de polícia para atirar no homem, mesmo que haja um refém. O chefe está sentado em um banco atrás do rei. Um sinal positivo do chefe de polícia, e o locutor, assim como todos os homens no ringue, estão mortos. Porém, o homem no palco com seus capangas mascarados, já sabiam dos riscos. Agora estou mais curiosa do que nunca, para saber quais são suas intenções.

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