CAPÍTULO 5 "A FAMÍLIA SANTOS"

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Hoje o dia estava bem agitado. Era meu segundo dia de treinamento com Silvia. Esperava que o clima estivesse mal. A última vez que a vi, as coisas não foram muito agradáveis. Depois da confusão com Fernanda, Silvia nunca mais voltou para casa.

Imagino que meu pai lhe pediu um tempo para minha irmã se acostumar com a ideia de uma nova madrasta.

Atrapalhando os meus pensamentos, Silvia estala os dedos na frente do meu rosto, com a intenção de me despertar.

- O que há com você? Está se sentindo mal?

- Não, senhora.

- Então, chega de moleza! - ela grita - vocês não vieram aqui para aprender sobre os seus poderes, isso vocês aprendem na infância, com professores qualificados. Vieram para batalhar, e hoje teremos nossa primeira luta, Isabela contra Cristian.

Colocar um irmão contra o outro? Não imaginava que teria que lutar contra Cristian no meu segundo dia. Porém, farei o meu melhor para não perder.

- Vou sentar na arquibancada e comer a minha pipoca. Só me levanto quando alguém se render. Boa luta! O próximo oponente não será moleza, trouxe convidados especiais para lutar com vocês - e as surpresas não param de chegar. Além de lutar contra meu irmão, teria mais adversários.

Silvia se retira e nos deixa sozinhos no ringue.

Já me sinto preparada. Aqueci meu corpo e já encaro o meu oponente. Penso se ataco primeiro, ou se espero ele que me ataque.

Os poderes da família Valente vem da absorção, tocamos e absorvemos as energias alheias, o que nos dá a um poder sobrenatural.

- Ataque primeiro! - diz Cristian.

- Só se for para acabar contigo! - retruco.
Rapidamente tento acertar um chute nele, enquanto ele conversa, porém, ele é muito rápido e desvia. Percebo que Cristian tem ótimos reflexos. Tento dar socos e chutes nele, mas não acerto nenhum. Cristian só desvia, nunca ataca.

- Vai ficar na defensiva? Ação, soldado! - o provoco.

É o suficiente para irritá-lo. Quando levanto minha perna esquerda para acertar em suas partes íntimas, ele segura a minha perna e me joga no chão.

Sinto muita dor para poder levantar novamente.
Ainda deitada no chão, vejo ele se aproximando de mim. Lembro que não posso fraquejar agora.

Em vez de me bater, Cristian segura o meu braço. Sei muito bem o que isso significa, ele tem a intenção de absorver as minhas energias. Cristian consegue controlar seus poderes muito melhor que eu, eu não sei muito bem como desativar minhas habilidades. Segurando o meu braço, ele começa a ativar seus poderes, me fazendo sentir como se estivesse anestesiada, não consigo fazer nada, só sinto os meus poderes indo embora.

Tento me concentrar para fazer o contrário. Deixo minha cabeça livre de pensamentos desnecessários, o que sei que pode ativar as minhas habilidades.

Nossos corpos estão envoltos de luz. Silvia parece animada. Logo sou eu quem está absorvendo sua energia. O jogo virou, sou mais forte que ele. Quando penso ser suficiente para me manter vitoriosa, tento parar, mas não consigo. Não controlo meu poder tão bem quanto ele. Rapidamente, meu irmão começa a ficar pálido. Quando ele cai no chão, nossas mãos se desgrudam.

Me levanto rápido. Silvia vem correndo na minha direção. Ele parece desacordado.

- Você o matou? - ela pergunta.

- Não sei. Creio que ele só está desmaiado - digo nervosa.

Silvia dá uns tapinhas na cara de Cristian. Não acontece nada. Precisamente, ela pega sua água e joga na cara dele. O suficiente para fazer meu irmão despertar lentamente.

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