CAPÍTULO 11 "BATALHAS NA ARENA: PARTE 1: DESAFIOS DA ARENA"

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Estava completamente segura de que estava sonhando, porém, por mais que tentasse abrir os olhos, não conseguia de jeito nenhum acordar. Apenas nessa noite, sonhei inúmeras vezes. Um deles era bem feliz, nele eu me casava com Eduardo, e todos aplaudiam, inclusive meus pais e meus irmãos, Maria também estava lá. No sonho seguinte, Eduardo era condenado a morte, e eu não podia fazer nada.

Do nada, recebo um banho de água fria, o que obrigada os meus olhos a se abrirem. Vejo Cristian e Fernanda sentados na minha cama.

Finalmente despertei para a realidade, e ela é terrível. Como dona Rita deve estar se sentindo nesse momento? O pior é que ela também me alertou, Maria também me alertou, mas eu sou teimosa demais.

Meus irmãos percebem meu pavor.

- O que vocês estão fazendo aqui tão cedo? Não me lembro de ter deixado a porta destrancada.

- É porque temos uma chave reserva - diz Fernanda mostrando sua chave. Acho que eu não sou a única a ter segredos.

- Sabemos que está sendo difícil para você tudo isso, e viemos te apoiar - Fernanda me olha, dava para notar que eles também estavam tristes por tudo.

- Todo mundo já sabe do seu namoro com o guarda. Mas a gente não veio brigar, acho que o papai exagerou nas punições, expulsar Maria? Guardas na sua cola, te vigiando 24 horas por dia?

- Então, vocês estão zangados com ele também? - me sento na cama, entre os dois.

- Claro que sim - responde Cristian.

- Cristian e eu vamos fazer algo, uma greve de silêncio até ele trazer Maria de volta, e retirar as punições injustas contra você - reforça Fernanda.

- Muito bonito o gesto de vocês, agradeço muito - digo, me esforçando para sorrir.

Nos abraçamos por um longo tempo, até tenho a sensação de que a dor diminui por alguns segundos, porém logo ela volta com toda força. Pela porta aberta podia ver dois guardas de olho em nós três.

Quando paramos com o abraço, Cristian me avisa.

- Ia quase me esquecendo. Sabe quanto tempo você dormiu?

- Nem imagino.

- Já é quase hora do almoço, e precisamos nos preparar para o torneio de hoje a noite.

Quase ia me esquecendo, o torneio. Pessoas dos cargos mais importantes se machucando, enquanto milhões de pessoas assistem em suas casas. Não tenho mais vontade de ir, não tenho mais motivação para estar lá, agora que Mariele está morta.

⭐⭐⭐

Na parte da tarde estou na sala de estar do palácio, olhando para os dois guardas que não me deixam sozinha. Penso em retornar aos meus aposentos, o único compromisso de hoje, é só o torneio na parte da noite.
Mas antes que eu possa voltar, meu pai surge atrás de mim.

A farsa de paizinho bonzinho durou menos do que eu esperava. Agora ele volta a ser o amargurado de sempre.

- Só quero te lembrar a você, de se comportar como uma verdadeira dama - ele aponta o dedo na minha cara para me intimidar - um sinal de rebeldia e você está ferrada, mocinha!

- Só isso? - faço de tudo para provocá-lo. Isso ele já repetiu mil vezes - tudo bem, se isso é tudo, acho que posso me retirar.

- Não. Quando chegar, cuidarei do seu casamento. Ele acontecerá o mais rápido possível. Lembra? - ele me olha sério.

- Tudo bem, papai - concordo para sua surpresa. Apenas quero que ele vá embora logo. Não suporto mais olhar no rosto dele. Estou tão decepcionada com ele, se pudesse não olharia na cara dele de novo.

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