25- Um pouco de perigo

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Era de noite.

Eu estava na rua onde normalmente me encontrava com o meu ex-namorado na esperança do encontrar, enquanto virava a esquina para ir ao beco onde sabia que Scott estaria ouvia uns assobios e uns piropos ordinários. Parece que os drogados gostam de mim. É coisa minha.

- Scott.- parei para encará-lo, sorri quando se virou para mim, ele continuava igualmente atraente mas desta vez tinha mais barba e tem um piercing na sobrancelha.- Não me digas que te esqueceste de mim?

Com isto ele deu-me um grande e seguro abraço, claro que não se tinha esquecido de mim, namorei com ele durante três longos anos da minha vida. Conseguia cheirar a marijuana que tresandava da sua pessoa.

- Como me poderia esquecer de ti? A rapariga que me deixou por um futuro melhor. Eu sabia que voltavas, elas voltam sempre.- disse e deu uma cotovelada a um segundo rapaz que lá se encontrava.- O que fazes por estes lados? Pensava que agora moravas do lado rico da cidade.

- Pois bem, eu...- comecei a olhar para as minhas mãos para ser mais fácil o que estou a admitir.- O meu pai morreu... E... e... Eu queria que me arranjasses uns comprimidos.- já chorava devido á humilhação.

- Oh Lauren.- deu um breve riso.- Claro que te arranjo, queres que te venda á grama ou ás unidades?- perguntou enquanto remexia num saco preto.

- Unidades.- não conseguia olhar Scott nos olhos

- Quantos, meu amor?- estremeci na parte final da frase

- 8.

Ele entregou-me os oito intactos num saquinho opaco preto.

- Obrigada, quanto é?

- 200$, e faço-te um desconto amor.

Paguei-lhe e saí dali, encontrei um bairro mais calmo e esperei pelo o autocarro que iria dar á minha antiga casa, entretanto engoli um comprimido em seco, pode ser que assim tenha mais efeito. Senti o tempo a voar mas quando chegou o autocarro senti tonturas já do efeito do ecstasy, paguei não sei quanto ao motorista do veiculo que me deixou á porta da casa do meu pai, tinha de empacotar umas coisas para amanhã a minha tia vir cá busca-las. Tento andar pois sinto os meu joelhos a fraquejar mas por dentro não me sinto drogada. Ainda estou triste. Mas sei perfeitamente que se tomar mais algum comprimido agora vou ter com o meu pai ao alem.

Choquei contra uma criatura estupidamente alta com cheiro a nicotina que ao desequilibrar-se queimou-me um dos meus braços descobertos com a sua beata de cigarro.

- Merda! Oh, olá Luke!- disse mudando de humor repentinamente

- Desculpa desequilibrei-me.- coçou a nuca- O que andas por aqui a fazer a estas horas da noite?-deitou o cigarro para a berma da estrada

Foi ai que reparei que ele tinha uma rapariga atras dele, ela parecia mais nova que eu, tinha cabelos ruivos acastanhados e estava coberta de tatuagens.

- Quem é a tua amiga?- perguntei-lhe rudemente- Sabes que mais? Não me interessa, não me deves explicações.- virei-me para ir para casa

Mas assim que me virei, caí. Esbarrei-me no chão. Tinha dado uma volta tão rápido que cai por causa do ecstasy. Não podia deixar que Luke me visse neste esatdo, na verdade, ninguem me podia ver neste estado.

Ele ajudou-me a levantar, eu larguei-o e levantei-me sozinha. A rapariga com cabelo de cenoura apenas olhava para nos os dois, sem expressão alguma no rosto, ela observava-me a mim e depois Luke, como se tivesse a ver um filme qualquer.

- Estás a olhar para onde?- disse-lhe pretes a dar-lhe um bofetão na cara

Ela ia responder-me mas Luke interrompeu.

Do I Know Him? (L.h \ 5sos portuguese fic)Onde histórias criam vida. Descubra agora