Draco Malfoy and the Mirror of Ecidyrue

The Boy Who Lived

Draco se lembra do dia em que conheceu Potter facilmente, porque era o dia em que seus pais já planejavam levá-lo para o Beco Diagonal.

Draco implorou para ir um ou dois dias antes, secretamente para evitar Potter, mas eles pareciam muito acostumados com suas lamúrias para ceder e mudar seus horários. Eles foram uma semana depois que ele havia chegado ao passado para encontrar sua carta de Hogwarts, o que significa uma semana inteira de luta com a vontade de contar a alguém.

Foi uma medida de quão desequilibrado e desesperado Draco se viu se tornando na privacidade de sua própria cabeça, que por uma fração de segundo, ocorreu-lhe usar a Maldição Imperius para fazer com que seus pais o mantivessem longe de Potter.

Afinal, ele havia descoberto que, com sua nova varinha, poderia usar essa maldição.

Ele tinha voltado para os porões durante uma de suas repetidas buscas na mesma área, esperando por alguma aparição milagrosa, e a visão de aranhas o fez se lembrar das demonstrações de Mad-Eye Moody no quarto ano. Ele não havia se esgueirado dentro das muralhas seguras da Mansão para repetir essas demonstrações, testando sua magia e garantindo que ele tivesse pleno domínio da varinha se precisasse. Embora ele tivesse que admitir para si mesmo que usar o Imperius em seus pais para fazê-los ir para o Beco Diagonal mais cedo não se qualificava.

Ele a usou na maior aranha que encontrou, velas encantadas pairando sobre o feio inseto roxo-preto, com sua miríade de olhos compostos que pareciam turvar quando o encantamento de Draco descia. Desejou que ela dançasse e a viu obedecer, com uma sensação doentia em seu intestino que o fez parar assim que pôde, tendo certeza de que a maldição havia funcionado. Ele segurou a aranha no lugar petrificada, ouvindo sua respiração sair esfarrapada no ar subterrâneo frio, e a soltou apenas quando estava pronto para lançar a maldição Cruciatus. A contorção da aranha, então, não deixou dúvidas de que uma nova varinha e um novo corpo não haviam feito suas habilidades na magia das trevas atrofiarem. Draco a soltou e a viu correr sentindo um gosto de ácido na boca.

Ele praticou muitos outros feitiços depois de limpar a ardósia, caso a varinha fosse verificada por algum motivo para uso passado. Ele logo teria sua própria varinha de volta neste tempo, o velho cabelo de unicórnio confiável. E seria mais cedo do que da última vez, já que a mudança que ele havia conseguido com sua mãe foi de deixar ele ir  primeiro em Ollivander - ostensivamente por excesso de animação para obter uma varinha - e, assim, evitar Potter em Madame Malkin. Ele não usaria nenhuma das duas varinhas nesse período por muito tempo. E, no entanto, a cada hora que passava como um intruso não detectado, parecia mais irracionalmente vital para ele ser capaz de se defender.

Quando ele lançou um Sectumsempra na próxima aranha que passou ali, com seus comprimentos a Potter, as pernas dela se segmentaram de forma desigual, com um acúmulo de sangue sobre pedra e, em seguida, veio uma quietude gradual com a consciência de que ele poderia ter lançado um Avada Kedavra.

Ele percorreu todos os feitiços em que podia pensar naquelas horas escuras e vazias que pareciam se estender magicamente por muito tempo, arrastadas como um tafe de água salgada se recusando a se separar entre as mãos de Vince.

Ele não pediu para visitar nenhum de seus amigos, mesmo o Vince vivo, e evitou seus pais o máximo possível exceto no jantar, mas eles pareciam não notar nada. Era quase angustiantemente fácil enganá-los. E então estava de volta às adegas, lançando infinitas sequências sem sentido dos encantos de Flitwick ano a ano à luz de velas pairando, ou ao seu quarto escrevendo ponderações sem rumo de sua situação para queimar e deixá-lo banindo fumaça e cinzas. Quando o dia de ir ao Beco Diagonal chegou, ele não teve problemas para reunir a maior parte da expectativa febril que havia realizado da primeira vez. Mesmo que houvesse algo desagradavelmente histérico em sua animação, seus pais não perceberam.