27 | Narração.

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Era uma tarde chuvosa, o café estava aberto e haviam poucas pessoas por lá, mas ainda sim permanecia um pouco agitado. Ultimamente tinham instalado uma televisão na parede para que os clientes não ficassem tão entediados, sempre colocando filmes, músicas ou deixando apenas no jornal.

Sunghoon preparava um café quente para um dos clientes recém-chegados quando o sino da porta invadiu a cafeteria inteira, atraindo a atenção do platinado que, ao ver de quem se tratava, não conseguiu conter o sorriso de felicidade. Distraído, quase exagerou na quantidade de açúcar do café, voltando a realidade e indo entregar o pedido.

Seguiu até a mesa onde a pessoa sentou-se, notando bem como ele estava vestido; uma calça preta de tecido fino e uma camisa social de cor creme.

— Bom dia, o que o senhor deseja hoje? – perguntou risonho, sabia bem que o rapaz não gostava de ser chamado daquela forma.

— Pega esse senhor e enfia no seu rabo, Sunghoon. – o moreno disse, arrancando uma risada do Park. — Vou querer um espresso.

— Ok, senhor, já trago seu pedido!

— Park!

O platinado saiu rindo até a cozinha para preparar o espresso do outro rapaz, demorando poucos minutos para ficar pronto e levá-lo até a mesa do cliente. Assim que chegou, se surpreendeu ao encontrar Jake e Riki juntos do outro.

— Aqui, senhor. – continuou provocando o mais velho, esse que se esforçou pra não lhe dar um chute no meio das pernas.

— Jake, eu vou matar esse teu namorado! – ameaçou apontando o dedo para o Park.

— E precisa dizer pra ele? Tá sem moral, Jay? – Riki provocou o americano.

— Moral é o que eu vou enfiar no seu...

— Parem com isso! – o Shim ordenou, olhando mortalmente para o namorado que ria da cara do outro Park. — Isso serve pra você também. Volta a trabalhar que o seu expediente não acabou ainda.

— Chato. – resmungou. — Vocês vão querer alguma coisa?

— Eu vou querer aquele bolo que você me serviu aquele dia. Uma fatia só. – o japonês pediu e o mais velho anotou. — E também quero um capuccino.

— Só isso? – assentiu. — E você, Jakey?

— Só um chá está bom pra mim, Honey.

O Park sorriu com o apelido, suas bochechas também ficaram vermelhas.

— Ah, já ia esquecendo! Trás uma torta de framboesa e um café com leite, também trás um espresso e dois croissant. – Riki pediu, vendo o Park anotar no mesmo minuto.

— Pra que tudo isso? – Jay perguntou curioso, dando um gole no seu espresso.

— Vai vir mais dois convidados meus, esses são os pedidos deles. – explicou se aconchegando na cadeira macia enquanto pegava seu celular no bolso.

Sunghoon já não se encontrava mais ali, havia ido montar os pedidos enquanto Yunah atendia as outras mesas. E quando menos esperava, Heeseung apareceu na cozinha pela porta dos fundos com suas típicas roupas de badboy e o capacete de sua moto na mão.

— Opa meu anjo. – rodeou o pescoço do Park com seu braço e selou sua testa. — Como vai?

— Muito bem, e você?

— Bem também. – afagou os fios claros do mais novo, se afastando para colocar o capacete em cima de uma prateleira vazia. — Hoje fecha mais cedo né? Quer dar uma volta comigo ou nem pá? Faz tempo que a gente não sai junto.

— Tenho compromisso com uns amigos, mas sinta-se convidado para ir com a gente. – colocou todos os pedidos na bandeja, tendo seus movimentos seguidos pelo Lee.

— Vai ter algum amigo solteiro lá?

Havia um tempo desde que o Lee tinha terminado com Chaewon, ambos concordando que manteriam a amizade normalmente.

— Bom... – terminou de arrumar a bandeja, olhando para o ruivo. — Tem dois solteiros, mas não sei se eles fazem o seu tipo.

— Que negócio de fazer tipo, se tá solteiro pra mim já é ouro.

— Então o certo a se dizer seria: não sei se você faz o tipo deles. – pegou a bandeja e saiu da cozinha, mas Heeseung saiu atrás dele.

— Tá, mas quem seria o louco de me dar um fora?

— Existe doido pra tudo, né? – olhou para o maior com um sorriso de canto.

Os dois se aproximaram da mesa, agora com os outros dois convidados que Riki havia comentado, Kim Sunoo e Jungwon. Colocou os pedidos com cuidado na mesa, sempre com um sorriso gentil para seus clientes.

— Quem é a Moranguinho? – Riki perguntou com a sobrancelha arqueada olhando para o Lee.

— Meninos, esse é o Heeseung. – apoiou a mão no ombro do mais velho. — Heeseung, esses são meus amigos. O Jake e Jungwon você já conhece.

— Conheço muito bem. – riu nasal. — Mas o que me interessa é saber qual deles é a dupla de solteiro que você me contou?

Os cinco presentes na mesa franziram a testa com aquela pergunta, olhando diretamente para Sunghoon.

— Te digo assim que terminar de trabalhar, falta só uma hora, tá? – sorriu para ele e saiu para longe deles.

Heeseung olhou para o platinado sair andando e depois voltou sua atenção para os amigos dele, deu um sorrisinho e saiu também. Não costumava ficar por lá, gostava de estar na cozinha para ajudar ou até mesmo atrapalhar quem estava trabalhando, mas nunca falavam nada por ele ser filho da dona do café.

Os cinco garotos ficaram esperando até a hora do Park sair do trabalho, já que haviam marcado de sair para beber naquela sexta-feira em comemoração de Jay já estar trabalhando na empresa de seu pai para, futuramente, ficar em seu lugar. Então nada melhor que bebidas, música alta e beijos para comemorar.

Ao terminar tudo, deixou seu avental no lugar de sempre e pegou suas coisas para poder sair. Tinham marcado de ir para a casa do próprio Jay depois que buscassem Sunghoon para se prepararem lá. E quando estava saindo da cozinha, não se esqueceu de sair puxando Heeseung que estava distraído no celular.

— Você vai levar ele? – o americano olhou para o ruivo de cima a baixo, sendo retribuído.

— Tem alguma problema, playboyzinho? – o próprio Lee perguntou, recebendo uma cotovelada do platinado.

— Não tem problema nenhum, sadboy. – disse com desdém. — Quanto mais gente, melhor.

O Lee concordou e os seguiu para fora da cafeteria.

Still Into YouOnde histórias criam vida. Descubra agora