3O | Narração.

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Jungwon abriu os olhos com dificuldade, sentindo uma forte dor nos quadris e pernas, ainda com um ardor em suas nádegas. Virou o cabeça para o lado ao sentir a cama funda, dando de cara com Heeseung dormindo lindamente. O Lee estava com um bico fofo nos lábios e uma cara emburrada, sem falar de como os fios vermelhos estavam bagunçados e caindo sobre seu rosto.

Olhou para o outro lado e não vou mais ninguém, achando estranho a terceira pessoa não estar com eles na cama, mas ao sentir um cheiro bom e ver a porta do quarto aberta teve certeza de que ele não havia ido embora como se tivesse passado a noite com duas garotas de programa. Virou novamente para Heeseung e tocou seu rosto delicadamente, vendo-o se remexer.

— Hee? Acorda... – esfregou a ponta do nariz no dele e sorriu ao vê-lo abrir os olhos.

— Ahn... Jungwon? – coçou os olhos e o bico continuou em seu rosto. — Que horas são?

— Não sei, mas pela claridade deve ser mais de oito da manhã. – mordeu o queixo dele e sorriu ao ouvir sua risada.

— Ele foi embora?

— Não... bom, eu espero que não. – falou antes de se levantar com cuidado, mas ainda sim sentindo dores.

— Ei, ei nem pense em se levantar! Você está com dor. – uma terceira voz apareceu atraindo a atenção dos outros dois, que sorriram ao vê-lo ali.

Jay estava com uma bandeja na mão, onde continha dois copos de suco e algumas panquecas, torradas, salada de frutas e duas fatias de bolo. Ele se sentou na beirada da cama e colocou a bandeja na frente dos dois.

— Comam logo, devem estar famintos. – mandou, mas Heeseung foi o único que obedeceu.

— Preciso lavar o rosto para poder comer. – disse, tentando levantar outra vez.

— Nada disso! Aqui. – entregou um copo d'água que estava na bandeja e um comprimido. — Tome isso, vai melhorar das dores.

— Não quero... – fez um bico.

— Eu não perguntei se você quer, estou mandando tomar.

Jungwon mandou língua para o mais velho e depois bebeu o remédio, sentindo-o descer rasgando na garganta.

— Não quer engolir remédio, mas ontem você não poupou esforços em engolir a nossa... – Heeseung começou, mas foi interrompido pelo Park.

— Fica quieto e come. – calou o mais velho enfiando uma panqueca na sua boca. — Mas o Heeseung tem razão! Pra casos sexuais você engole qualquer coisa, né?

As bochechas do Yang ficaram vermelhas e ele pegou uma fatia de bolo, dando uma mordida grande e engolindo sem mastigar muito.

— Vai se engasgar desse jeito. – o americano disse observando-o.

— Ele não engasga fácil, Jay. – o Lee provocou, deixando o mais novo entre os três cada vez mais envergonhado, fazendo o Park rir nasal.

O empresário ficou olhando os dois se alimentarem até que não sobrasse nada na bandeja, a qual levou de volta para a cozinha e voltou ao quarto para ajudar os dois a tomarem um banho, sendo Jungwon o que mais precisava de apoio dos dois, já que Heeseung não sentia muitas dores.

Após o banho, o Lee e Yang ficaram deitadinhos na cama assistindo um filme enquanto Jay preparava o almoço deles. Pediram para ajudá-lo, mas foram negados e resolveram não discutir sobre isso com o outro; facilmente iriam apanhar, mas não gostariam disso como gostaram na noite passada.

Enquanto as comidas estavam no fogo, o Park foi até o quarto e deitou no meio deles, recebendo cada um de um lado. Acariciava a cintura de Jungwon e fazia um cafuné nos fios de Heeseung, sendo retribuído com carícias em seu abdômen – onde eles mais amavam tocar.

E ali ficaram, esquecendo das panelas no fogão e tendo que pedir algo em um restaurante, até porque não comeriam comida queimada.

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