22 | Narração.

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Um Ano Atrás

Sunghoon rodava o centro atrás de um emprego, estava fazendo faculdade e precisava ajudar seus pais com o pagamento. Saiu cedo de casa naquele sábado para que pudesse levar seus currículos em alguns lugares, mas foi rejeitado em todos. E cansado de sair por ai, parou em frente a uma cafeteria que abriu na semana passada e entrou em seguida.

O lugar era bonito, era decorado em cores vintage e tinha algumas estantes com livros. As mesas estavam cheias e uma fila grande para fazer os pedidos, pensou por um momento em desistir e voltar para casa, mas o cheiro bom de café e o clima agradável que tinha ali o fez permanecer e enfrentar a fila.

Não demorou tanto para que as pessoas fossem saindo para sentar em outras mesas vazias, e finalmente chegou a sua vez de ser atendido. Uma garota estava ali na bancada, ela esbanjava um sorriso fechado mas que parecia ser de felicidade, seu cabelo estava preso em um rabo de cavalo e logo pode escutar sua voz.

— Bom dia, seja bem-vindo! O que o senhor deseja pedir hoje? – perguntou com a voz calma.

— Bom dia! Eu vou querer um café.

— Gelado, quente ou morno?

— Morno.

— Vai querer algum acompanhamento?

— Hum... – olhou para os diversos doces pelo vidro da bancada. — Vou querer um croissant.

A garota assentiu e levou o pedido anotado para a cozinha. Sunghoon continuou ali para esperar, já que algumas pessoas também aguardavam por seus pedidos. Até que ele cansou de ficar em pé e procurou por uma mesa vazia, sentou-se ali e ficou observando mais o lugar. Era calmo, as pessoas respeitavam o aviso na parede escrito "conversar baixo", o único barulho que era escutado era do sininho que ficava acima da porta avisando quando chegava algum cliente.

Aquele era o tipo de lugar que Sunghoon gostaria de passar o tempo, estudar ou ir só para ficar na calmaria. Sua casa estava uma bagunça ultimamente, seus pais viviam brigando e sua irmã estudava o dia inteiro na escola, não podendo ver ou ouvir os pais reclamando de tudo. Por mais que fizesse faculdade, era apenas pela manhã, a tarde ficava estudando em casa e era quando mais ouvia as vozes de seus genitores. Aquela cafeteria seria seu lugar de conforto com toda certeza.

— Foi aqui que pediram um café morno e croissant? – uma voz masculina tirou Sunghoon de seus pensamentos.

O homem tinha fios vermelhos e estava com roupas normais, não era o uniforme que os outros funcionários usavam.

— Sim, eu pedi isso. – respondeu um pouco baixo, mas alto o suficiente para ele escutar e colocar o pedido na mesa.

— Eu nunca vi você por aqui, é cliente novo? – puxou uma cadeira para poder sentar também, encarando o Park.

— Uhum.

— Eu me chamo Lee Heeseung, e você?

— Park Sunghoon.

Eles deram um aperto de mão, Heeseung sorriu.

— Você não trabalha aqui, trabalha? – perguntou devido as suas vestimentas, o Lee negou.

Still Into YouOnde histórias criam vida. Descubra agora