29 | Narração.

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Mais uma vez Riki entrava em uma loja de roupas masculinas com Sunoo, já estando cansado de entrar e sair em lojas e ainda demorar quase meia hora para o Kim acabar não levando nada para casa. E lá estava ele, sentado em um banco na frente do provador em que o garoto estava provando uma roupa bonita que encontrou – e que com certeza não levaria.

Fazia três meses que os dois saiam juntos, mas não tinham nada confirmado. Se conheceram pelo Instagram e por Yang Jungwon, se não fosse por esses dois motivos eles não estariam onde estavam e com tanta intimidade. Riki gostava de se lembrar quando se viram pela primeira vez conscientemente, e pôde ver ao vivo e a cores as bochechas cheinhas e naturalmente rosadas do Kim.

Naquele dia eles conversaram, mas por pouco tempo já que a vergonha estava tomando conta deles, que já estavam acostumados a conversar apenas por mensagens. No primeiro encontro, deram as mãos e Riki fnalmente se sentia vivo novamente.

E agora, tinha certeza de que queria aquele homem que permanecia com o rosto de quando era bebê, amava o sorvete que ele mais odiava, vivia mudando a cor do cabelo e estava próximo de ficar careca, sempre vestia roupas coloridas para representar seu humor do dia, era dono da risada e sorriso mais lindos do mundo, e ainda tinha lindos olhos...

Aahh, Riki era apaixonado por aqueles olhos de raposinha tão inocentes, mas de inocente só tinha mesmo os olhinhos castanhos. Entre quatro paredes, Sunoo sempre se tornava outra pessoa e o japonês ficava sem palavras e muito menos atitude para aguentar a dualidade do Kim.

— Nini! – a voz suave do loiro o chamou atenção. — Como eu estou?

Ele deu uma rodadinha sorrindo de orelha a orelha. O Nishimura suspirou apaixonado.

— Você está deslumbrante, meu doce. – foi sincero com as palavras, até porque ele sempre ficava lindo mesmo se estivesse fantasiado de abacate.

Riki odiava abacates, mas se gostar de abacates significava que teria Sunoo pelo resto da vida, ele faria de tudo para amar abacates como o ama.

— Jura?? Eu não gostei muito... – disse com um bico nos lábios rechonchudos que o japonês tanto gostava de morder.

— Está lindo como sempre, não pense o contrário disso. – levantou-se do banco e foi até o mais velho, segurou em seu rosto com as duas mãos e selou seus lábios. — Você fica lindo vestindo qualquer coisa.

— Se eu me vestir todo de sorvete de chocomenta, você vai continuar me achando bonito?? – os olhinhos de raposa brilharam esperando a resposta.

— Claro que sim, meu doce.

— Então você provaria chocomenta? Por mim? – as orbes castanhas o fitava com esperança, Riki riu nasal.

— Sim, amor, eu provaria chocomenta por você. – selou mais uma vez os lábios dele, sentindo o gosto bom do gloss de cereja.

— Eba! Eu te amo tanto, Nini! – disse animado pulando nos braços do ficante, este que ficou paralisado com a fala do outro. — Agora eu vou trocar de roupa de novo, vou levar essa mesmo e depois nós vamos tomar o sorvete!

Saiu dos braços do Nishimura de volta para o provador, o deixando estático no meio da loja.

Era isso mesmo que ele havia escutado? Sunoo disse que o amava? Ele realmente o amava ou disse isso pelo calor do momento? Aquilo era real ou um sonho?

Esses questionamentos ficaram rodando sua mente até eles saírem da loja para a sorveteria, onde esqueceu por uns minutos sobre o que o Kim havia lhe declarado, já que estava ocupado em não vomitar ao provar de chocomenta – apenas um personagem, já que no fundo ele tinha gostado do sabor.

Foram juntos para o apartamento em que Sunoo vivia desde que deixou a casa dos pais, e que até alguns meses atrás dividia com Jungwon, mas o Yang havia se mudado.

— Sun? – chamou pelo loiro quando o viu tirar sua jaqueta.

— Sim? Algum problema, Nini?

— Você... você falou sério sobre me amar? – perguntou receoso, vendo-o sorrir e se aproximar.

Sunoo rodeou os braços no pescoço do Nishimura e o puxou para um beijo, dessa vez com paixão e desejo envolvidos.

— Eu te amo, Nini, amo muito. – sussurrou contra os lábios do maior, sorrindo ao sentir o coração dele bater rápido. — E quero saber se você sente o mesmo por mim.

— Sim! Eu sinto o mesmo por você! Eu te amo, Sun, eu te amo muito. – abraçou o menor com felicidade, escondendo o rosto na curvatura do pescoço dele. — Você quer namorar comigo? Sei que não é um pedido bonito, mas eu prometo que farei outro melhor!

— Não precisa disso. – se afastou um pouco para olhá-lo nos olhos. — Eu aceito namorar com você, Nini.

Os dois sorriram um para o outro e voltaram a se beijar, agora como namorados.

Still Into YouOnde histórias criam vida. Descubra agora