Decidi ocupar minha mente com afazeres pendentes, como desfazer as malas já que elas não irão se desfazer sozinhas. As vezes tenho vontade que os objetos tenham vida para fazer todo trabalho pesado.As peça de roupa foi meticulosamente dobrada, os pares de sapatos alinhado em seu devido lugar, cada objeto pessoal disposto com atenção meticulosa. Parecia que, ao organizar meu novo espaço, também estava ordenando meus pensamentos, afastando-os para longe. É era exatamente isso que eu queria.
Uma batida suave junto com o ranger da porta rompeu o silêncio do quarto, interrompendo minha arrumação e roubando minha atenção. Levantei os olhos para encontrar Pietro, parado no batente da porta com um sorriso amplo.
— Precisa de ajuda? — ao observar sua postura aberta, seu contato visual firme e seu sorriso, fica evidente sua sinceridade e disposição.
— Seria uma forma de desculpa pelo que houve mais cedo? — desviei minha atenção das roupas para o sujeito à porta.
— Refleti um pouco e não quero que pense que sou um galinha que dá em cima de qualquer uma. — houve uma pausa. — Desculpa? — uma expressão de arrependimento se estampou em seu rosto.
— Aceito.
Aceitando sua oferta de ajuda, com um gesto de desculpas, juntos começamos a organizar os últimos detalhes do meu quarto. Seu toque habilidoso e sua presença ágil tornaram a tarefa mais fácil, e em pouco tempo, restava pouco a ser feito, como os itens de decoração.
Enquanto eu arrumava os livros na escrivaninha, um barulho de celular toca. Pietro atende a ligação, dando um rápido desculpa e saindo para atender.
Com um suspiro de alívio, observei o quarto agora organizado, grata pela ajuda de Pietro com as malas e a pouca decoração. Arrumei um pequena luminária na escrivaninha, as roupas dobradas foram ao armário, e coloquei algumas fotos na mesa de cabeceira.
Decidi descer as escadas para ver se Pietro estava no cômodo abaixo. A casa estava silenciosa, apenas o som dos meus passos ecoando pela escada. Ao chegar ao andar de baixo, avistei uma figura feminina sentada no sofá, imersa em um livro. Ela levantou o olhar quando percebeu minha presença. Seus cabelos castanhos escuros caíam graciosamente sobre os ombros, contrastando com sua pele alva. Sua expressão serena lembravam vagamente alguém que eu conhecia. Ela levantou o olhar quando percebeu minha presença, seu olhar verde profundo me capturando.
— Você deve ser a Natasha Romanoff — disse ela, fechando o livro e levantando-se. — Eu sou Wanda Maximoff, irmã de Pietro.
— É um prazer conhecê-la — respondi, tentando soar amigável.
— Como foi a viagem? — perguntou Wanda, com sua voz suave e melodiosa. Ela queria puxar assunto.
— Foi longa, mas tranquila — respondi, com uma modéstia suave.
Ela acenou com a cabeça, um sorriso ligeiro em seus lábios. Houve um momento de silêncio, não desconfortável, mas cheio de uma expectativa silenciosa. A conversa então contínuo para um assunto mais prático: a Academia. Wanda parecia genuinamente interessada em saber como eu estava em relação à Elysium. A conversa fluía tão naturalmente que parecia que nos conhecíamos há anos, e só então percebi que havíamos nos acomodado no sofá confortável da sala.
— Já que você é nova no país, gostaria dar uma volta para conhecer melhor? Posso te mostrar um lugar interessantes e tenho certeza que irá gostar — sugeriu Wanda, como se fosse uma ideia repentina.
— Claro, adoraria — concordei, sentindo uma onda de alívio por não ter que passar a tarde sozinha, como havia imaginado.
Ela pegou sua jaqueta e saímos. Era quase noite. O ar estava gelado e fresco, carregando o aroma das árvores que cercavam a vizinhança. As ruas eram tranquilas, pontilhadas por casas aconchegantes com jardins bem cuidados. Caminhamos em direção ao ponto de Táxi, que Wanda disse ser perto.
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Bela Maldição | ROMANOGERS
FanficROMANOGERS Numa busca por um novo começo mergulhando nas chama do passado, Natasha Romanoff anseia por uma vida simples e sem complicações, uma vida comum. No entanto, tudo muda quando ela se depara com os olhos azuis intensos e misteriosos de Stev...