Bela Maldição | ROMANOGERS

CAP. 6

Agora a última aula seria a atividade extracurricular do professor Barton sem Wanda, Pietro ou Yelena era um desafio que eu não estava completamente preparada para enfrentar. O nervosismo parecia apertar meu peito, cada respiração mais difícil que a anterior. Minha mente tentava me tranquilizar, lembrando-me que tudo sairia bem, que não havia razão para tanto pânico. Mas as emoções teimavam em se instalar, fazendo com que eu sentisse cada batida do coração reverberar em minha cabeça.

Era a aula de arquearia, e eu me considerava com uma boa mira. Sergei, meu padrasto, e um caçador habilidoso. Em Moscou, vivíamos perto do Parque Nacional Losiny Ostrov, e ele me ensinara a usar um arco, não por altruísmo, mas por necessidade. Sergei era egoísta e ambicioso, incapaz de ver qualquer coisa além de seu próprio benefício. Depois que minha mãe morreu, ele se tornou meu tutor até a minha maioridade, e qualquer chance de escapar de sua sombra parecia um alívio.

Muitas vezes, Sergei saía para a floresta, deixando-me sozinha em casa com a ordem de estudar para garantir um futuro que lhe trouxesse lucro por tudo que ele proporcionava para mim. Eu o desprezava por isso é por seu jeito egocêntrico, mas até então não tinha escolha. A vida em Sokovia era uma fuga necessária da presença opressora de Sergei.

Mas agora, com outras pessoas ao meu redor, a pressão de mostrar o que eu sabia fazer, fazia a ansiedade crescer, uma sensação de sufocamento difícil de ignorar.

Enquanto esperávamos no corredor que dava acesso ao campo, aguardando a aula começar, uma garota loira se aproximou. Ela usava uma jaqueta esportiva branca, de tecido leve, com detalhes sutis em prata nos zíperes e punhos. Por baixo, uma camiseta justa branca moldava-se ao seu corpo, destacando sua postura impecável. A calça, de material resistente em branco gelo, favoreciam a mobilidade e realçavam suas longas pernas. Nos pés, botas de cano curto em bege claro combinavam com o conjunto. A roupa em tons claros destacavam seus olhos castanhos e cabelo dourado. Sua presença era muito notável, uma aura de confiança que eu ainda não tinha encontrado em mim.

— Oi — ela disse com um sorriso. — Sou Sharon Chase.

— Natasha Romanoff — respondi, tentando parecer mais tranquila do que me sentia.

— É bom ter gente nova por aqui. O que está achando da academia? — Sharon perguntou, sua voz curiosa mas gentil.

— É um bom lugar — falei, optando por uma resposta segura.

— Resposta padrão — ela riu suavemente. — mas válida.

Antes que pudéssemos continuar a conversa, o senhor Barton chamou nossa atenção. Ele caminhou até a saída e todos os alunos o seguiram em direção a um lindo campo. O início do outono pintava o cenário com cores vibrantes, tons de laranja, dourado e marrom misturavam-se com o verde que ainda resistia. A brisa fresca trazia o aroma da terra úmida e folhas caídas.

Clint formou grupos, e com sorte, acabei no mesmo grupo que Sharon. Ela sorriu para mim, uma expressão de camaradagem que ajudou a aliviar parte da tensão que sentia.

Enquanto nos posicionávamos nos alvos designados, observei um pouco o ambiente. As folhas laranja eram espalhadas que parecia dançar ao vento. Direcionando meu olhar para frete, os alvos eram variados, desde círculos simples até formas mais complexas, cada um representando um desafio diferente.

— Vamos começar com algo simples, para aquecer os novatos — Clint disse, começando a explicar as regras básicas e as técnicas de tiro.

Eu respirei fundo, tentando me concentrar. Sentia o peso do arco em minhas mãos, a tensão da corda quando a puxava. As palavras de Sergei ecoavam na minha mente, instruções rígidas que eu havia seguido durante anos. Mas agora, eram apenas guias, e eu precisava encontrar meu próprio ritmo.