Prólogo

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Capítulo revisado! Perdão por quaisquers erros.

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Boa leitura 💗

🟨 LEIA COM CUIDADO E ATENÇÃO, POIS ESTE CAPÍTULO CONTÉM CENAS SENSÍVEIS QUE PODEM GERAR GATILHOS!

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Enterros, em sua grande maioria, são repletos por uma aura de arrependimento, dor e egoísmo. A terra batia no caixão de madeira já fechado. Lágrimas rolavam até o solo, tentando encontrar certo acalento. Rostos que um dia foram tão sorridentes ao lado daquele que estava sendo enterrado, contorciam-se em uma careta muda de dor e exaustão. Não havia justiça na morte. Os enterros são feitos para os vivos, não para os mortos. Elogios fúnebres são para consolar aqueles que ainda ficaram.

As duas menininhas se agarravam ao braço do pai enquanto choravam copiosamente. A morte era uma tremenda filha da puta ingrata. Dentro do caixão não se enterrava só o corpo. Enterravam também todas as memórias e felicidades que um dia já compartilhou com aquele que descansava serenamente.

O que mais doía era lembrar que ele quis isso. Ele realmente quis morrer. Sim, ele foi egoísta para com os que ainda estavam vivos. Mas era o melhor para si mesmo, que já não aguentava mais sofrer.

- Papai. - A menina chamou baixinho, esfregando os olhos gordinhos já vermelhos de tanto chorar.

Era injusto criaturinhas tão pequeninas sofrerem por algo tão terrível.

- Oi meu amor. - Se agachou para ficar na altura pequenina.

- O papai Channie pediu pra eu te dar isso. - Pegou o envelope da bolsinha rosa que carregava.

- Quando ele pediu? - Perguntou confuso.

- No hospital, quando ele tava muito dodói. - Explicou fungando. - Ele pediu pra te entregar quando ele tivesse... Morrido...

- No dia do enterro. - A outra garotinha lembrou.

- Ah, entendi... - Pegou o envelope e guardou em seu paletó. - Depois eu leio. - Sorriu sem humor para as pequenas que apenas acenaram com a cabeça.

O dia foi longo, chuvoso e nublado. Bang Chan amava dias assim. E isso fez o coração de Changbin doer mais, afinal, eles haviam se conhecido em um dia exatamente assim. Chuvoso e nublado.

Bem, agora todos entrariam na famosa fase; "tudo me faz lembrar dele", e esqueceriam um pouco de si mesmos.

Poderiam passar semanas, meses, anos, décadas, séculos e milênios. Não tem como esquecer um amor - correspondido - tão facilmente. Não há como superar rapidamente.

Aprisionado as lembranças... Changbin ficaria para todo o sempre assim, aprisionado ao que já passou. Isso era uma merda.

Depois de chegar em casa, dar um banho em suas filhas e logo depois tomar um banho longo e relaxante, sentou-se em sua cama. Parecia tão grande e vazia agora que não tinha o outro.

Já passava das duas da manhã, as meninas já haviam dormido, mas Changbin continuava alí, sem coragem de fechar os olhos.

"- O que você está fazendo acordado meu amor? - Perguntou preocupado. - Quer um chá? Precisa de algum remédio?"

A voz, a lembrança, tudo ecoava em sua mente. Era como se ele estivesse alí, cuidando de si.

- Eu preciso de você aqui... - Começou a chorar novamente, se deixando levar pela dor da perda novamente. - Eu te quero aqui... Por que você não está mais aqui? O que eu fiz de errado?

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