Capítulo 12 🐻

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-- O que aconteceu? – Pergunto me aproximando do conselheiro

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-- O que aconteceu? – Pergunto me aproximando do conselheiro.

-- Um dos ursos foi encontrado morto. – Fala se levantando. – Ele foi encontrado na divisa entre o nosso território e o da cobra. – informa.

Depois que o filhote chegou, minha fêmea pegou ele e começou a brincar com o mesmo, e fui tomar um banho. Quando saí, senti um cheiro de urso se aproximando. Me troquei e desci para saber o que era. Ele disse que o conselheiro estava me chamando.

-- Sabe que temos um pouco de problema com as cobras, não estou dizendo que foi eles, por que ainda tem esse assassino matando a solta, mas temos que ir até lá e investigar. Não podemos deixar nas mãos dos humanos, ainda, mas de uma fêmea que é do meio deles que veio aqui perguntando coisas absurdas. – Fala, mas noto suas bochechas coradas. – Minha esposa saiu com ela para responder o que ela queria. --

-- Vou ir agora mesmo. – Suspiro. – Mande todos ficarem em suas casas por hoje. – Falo já saindo de perto.

-- Vai comandar para ficar, Bruce? – Pergunta de costas arrumando algo da mesa.

-- Não vou mais embora, vou ajudar o meu povo. Irei ficar, pai. – Digo e saio sem esperar a reação dele.

Sempre o vi como pai; ele que me ensinou tudo. Mas nunca o chamei assim, até agora.

Vou na minha forma humana mesmo até a floresta; o território das cobras não fica longe daqui. A floresta é formada em cruz, cada um com o seu território; não entramos a não ser que sejamos convidados ou chamados.

Somos os quatro dividindo a mesma área: as cobras, as aves, nós ursos e o do alfa Lion que é dos felinos, mas como ele aceita todas as raças, acabou que ela não é mais reconhecida tanto como a dos felinos.


Assim que chego na divisão, me viro para o lado das cobras e vejo o quão silencioso esse lado é. Aqui é um pouco escuro e cheio de matacão; é nesses matos que eles se escondem.

Assim que me aproximo mais do território, sinto o cheiro de sangue, provável que deve ser do urso, mas tem outro cheiro junto.

-- O que você quer? – Me viro para a voz e vejo um homem alto, tatuado, de olhos claros com a característica típica de cobra. Sua expressão é séria e fria. Ele me lembra um pouco o Snake.

-- Vim conversar sobre o que aconteceu próximo do nosso território. – Falo calmamente.

-- Cadê o alfa? – Pergunta com um tom agressivo. – Que eu saiba, ele que tem que vir aqui. –

-- Eu que sou o alfa. Aquele somente era o substituto. – Vamos assim dizer.

-- Fala logo o que você quer ouvir de mim, urso. – Seus olhos ganham outro tipo de tonalidade.

Acho que ele está ficando bravo mesmo.


Ele tem um cheiro parecido com o do snake, mas ao mesmo tempo é diferente e mais forte, como se tivesse duas espécies dentro de si.

-- Um dos meus foi encontrado morto aqui, e... —

-- Está achando que fomos nós? – Debocha. – Acha mesmo que se fosse uma das minhas cobras, deixaríamos o corpo tão inteiro? Já viu cobra tirar sangue de alguém? Te garanto que não seria bonzinho como quem matou um dos seus. – Sinto sinceridade vindo dele. – Não me importo com vocês, e muito menos temos interesse. – Revira os olhos.

-- Não estou falando que foi vocês. –

-- Ótimo, então não temos nada do que conversar. – Fala já dando as costas.

-- Alfa? – Pergunto o nome dele.

-- Taipan. – Diz entre dentes.

-- Alfa taipan. Realmente não estou falando que foi vocês, não posso acusá-los sem prova alguma, mas precisamos nos unir para achar esse assassino que está matando o nosso... —

-- Não quero saber. Ninguém da minha espécie morreu, ninguém invadiu o meu território. Não irei me juntar aos humanos! – Sinto ódio vindo dele.

Quando ia tentar convencê-lo, sinto um cheiro e uma presença atrás de mim; quando me viro, vejo a humana que está cuidando dos corpos que são encontrados.

-- Ah, oi. Você deve ser o Bruce, né? – Pergunta sorridente.

-- Sim, eu mesmo. – Sorrio de lado.

-- Desculpe interromper vocês dois, é que eu vim pegar o sangue para analisar. – Se aproxima, mas seguro no braço dela quando taipan ameaça de avançar nela.

Meus instintos falam para mantê-la longe; ele está emanando a intenção de matar. Sinto isso.

Ouço o barulho que as aves fazem e, assim que levanto um pouco a cabeça, vejo o galvão pousando. Ele fica na forma humana nu, e noto a fêmea olhar ele de cima a baixo.

-- Caramba, urubu. Até que você é um partidão. Literalmente! – Sorri.

Ele revira os olhos e se aproxima de nós dois, parando ao lado dela e olhando para a cobra que ainda emanava a vontade de atacar; ele parece não ligar para a presença da ave.

-- A humana precisa coletar o sangue no chão. – Galvan diz sério.

-- Se essa mulher se aproximar do meu território, será o meu jantar. – Seus olhos ficam em uma linha só, e seu corpo começa a aumentar.

Puta merda!

Da cintura para baixo, o corpo dele mudou e ficou como uma cobra mesmo. Podemos fazer isso?

🌟....

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Taipan

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Taipan

24 anos

Híbrido de Anaconda com sucuri.

Alfa das Cobras

Meu urso- 2 Saga ✅️Onde histórias criam vida. Descubra agora