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Bruce, um urso atrapalhado, sorridente, falador.. Coisas que os ursos pardos do seu bando não são, e esse foi um dos motivos de ter ido embora, não conseguia se encaixar naquele ambiente.
Bruce sempre sonhou em ter uma fêmea, tão boa...
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Depois de um tempo andando pela floresta, consegui achar o cheiro do filhote e o segui, vendo ele em cima de uma árvore, na sua forma de raposa.
Me aproximo e vejo a mulher logo mais à frente; ela estava olhando para cima, tentando chamar a atenção do filhote para si.
-- Vem, pequeno. – O chama.
Ele olha para cima e se levanta, descendo da árvore com agilidade. A fêmea se abaixa para pegá-lo, mas ele desvia dela e vem na minha direção, se escalando na minha roupa com suas pequenas garras, sobe e para no meu braço já esticado para ele.
-- Olá, filhote. – Sorrio de lado para ele, e o mesmo esfrega o rosto em mim. – Obrigado por cuidar dele, fêmea. Qualquer coisa que precisar, pode pedir. – Falo sendo sincero.
-- Não precisa agradecer. – Sorri.
-- Até. – Dou as costas. Mas paro quando ela segura no meu braço.
-- .... – Solta devagar meu braço e sorri sem graça. Eu acho. – Eu... Gostaria de poder visitar a sua alcateia. –
-- Se é isso que você quer. – Dou de ombro. – É pedir para o seu alfa e pode ir. – Sorrio e volto a andar.
Aqui, ao mesmo tempo que é quente, é gelado. A sensação é que de um lado da floresta esquenta, e do outro, é totalmente fria. Deve ser coisa de cobra.
Assim que chego na entrada, Taipan estava no meio da divisão das alcateias. Novamente, olhando na direção do alfa leão.
-- Deveria ir lá, pelo menos para tentar achar o que tanto olha naquela direção. – Sugiro.
-- Sinto algo que não sei explicar... Algo familiar. Sinto que ele também sente. – Ele se vira para um lado da reserva específico. O lado que fica a cabana do Snake.
-- Esse lado é o do snake. Como eu acho que já tinha dito, ele é uma cobra. Uma sucuri, mas ele é um pouquinho maior do que uma sucuri pura. – Fico pensando.
Ele não fala nada, mas começa a andar na direção que eu tinha mencionado. Vou na direção dele e seguro o seu braço.
-- O que você vai fazer? Eu falei para você ir na direção da reserva, não do snake. – Ele me ignora e volta a andar. – Ele não é muito amigável. Principalmente com a fêmea dele estando grávida. –
Bufo quando ele continua me ignorando. Conhecendo aquele macho, ele já deve estar há espreita nós esperando. Acho que somente não veio para atacar por mim.
Quando a mata fica mais rasa, consigo ver a cabana de longe, mas tomo um pequeno susto com um filhote de onça que pula na minha frente. Taipan solta um barulho estranho e mostra a língua. Como uma ameaça.
Não fui somente eu que tomou um susto.
-- Oi, pequeno Victor. --- Me abaixo para passar a mão nele e passo pela sua cabeça.
Aproveitando que abaixei, o filhote em meus braços desce e corre, fazendo Victor ir atrás. Assim que me endireito, tomo outro susto ao ver a grande cobra ao meu lado.
Snake.
-- Ele que quis entrar. – Aponto para o homem ao meu lado, de quem ele não tirava o olhar. – Onde está a Luna? – Pergunto, tentando quebrar aquele clima que se instalou.
Voltando à forma humana, Snake mostra a linha, e noto ele inclinar a cabeça para trás, acho que querendo intimidar a outra cobra do meu outro lado. E funcionou, já que ele dá um passo para trás.
Cobras são estranhas.
Quando sinto o vento bater no meu rosto, um cheiro de cima é familiar. Levanto a cabeça para cima e vejo a Luna. Ela estava, pelo jeito, dormindo, e... Aquilo é um filhote de cobra no pescoço dela?
-- O filhote nasceu? – Pergunto surpreso.
Dou um passo na direção da árvore, mas recuo quando os olhos da cobra ficam em uma linha reta. Sinal de perigo.
-- Já entendi. – Levanto as mãos.
O filhote era grandinho; sua coloração era ao mesmo tempo clara e escura. As pintas que tinha por seu corpo, algumas eram grandes e redondas, outras eram pequenas e com o formato redondo, mas meio modificadas.
Uma mistura doida e bonita ao mesmo tempo.
Ele nasceu quando? Ainda mais para ficar desse tamanho!
-- O que vieram fazer aqui? – Snake pergunta sério e grosso.
Antes de falar algo, Taipan se aproxima dele, parando na minha frente. Os dois ficam se encarando, mas vejo confusão no olhar do Snake.
-- Você tem o cheiro do meu irmão. – Taipan fala, dando um passo à frente.
-- Não tenho irmãos. – Snake diz com grosseria. – Meu único irmão morreu há muito tempo. – Dá as costas. – Vão embora. – Manda e olha para cima.
-- Beni? — Assim que ele disse esse, talvez nome, snake travou no lugar.
-- O que é Beni? – Pergunto curioso.
-- Meu nome. – Snake fala se virando.
-- Beni? Achei que seu nome era snake. Fui enganado esse tempo todo? –
-- Quem tem o nome do ser que você é? – Taipan pergunta revirando os olhos.
-- Você tem um nome de uma espécie de cobra que nem é a sua. Achai que a mãe dele não tinha criatividade e colocou snake. – Dou de umbro.
Eles me ignoram, e Snake se aproxima do suporte, irmão, e puxa ele para um abraço, onde aperta a morte. Seus olhos brilham como nunca vi antes.
-- Achei que você tinha morrido quando não voltou mais daquela missão. – Diz e sorri mostrando as presas.
-- Consegui escapar deles ... Quando voltei para aquele lugar, não os encontrei mais. – -- Eles estão mortos. – Sinto a tristeza no seu tom de voz.
-- Eu imaginei. – Sorri, mas, sem humor. – É sua fêmea? – Os olhos do snake voltam a ser selvagens.
-- É. – Diz com frieza.
-- Se acostume. Ele tem uma mudança doida de humor. – Falo e sorrio. Olho na direção que os filhotes estão e faço um sinal para o filhote vir. – Fico feliz por vocês, mas tenho muita coisa para resolver. –
Principalmente na questão da minha fêmea.
Senti verdade na humana, mas não quero deixar ela sozinha. Sei que ela vai para a cidade e que não posso ir; não tenho total permissão do conselho.
Pego o filhote assim que ele se aproxima já na sua forma humana. Tiro a minha blusa e coloco nele.
-- Obrigado. – Snake diz.
-- Não tem o que agradecer. Beni. – Sorrio grande pela descoberta.
-- É. Beniensis. Mas ele sempre preferiu ser chamado de Beni. — Taipan diz divertido, mesmo com a expressão neutra.
-- Estou vendo o porquê. – Sorrio de lado. – Sua mãe tinha um grande fetiche por colocar nomes de espécies em vocês. – Os dois ficam sérios. Dou risada. – Até mais. Na próxima venho para conhecer o seu filhote. – Falo já está saindo de lá.