Capítulo 15 🐻

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-- Bruce? - Ruan me chama, mas passo por ele e começo a atacar os ursos que ali estavam

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-- Bruce? - Ruan me chama, mas passo por ele e começo a atacar os ursos que ali estavam.

Eu mordo e arranho cada um que entra no meu caminho, não me importando de mantê-los vivos.

Solto um rugido alto, alertando a todos que não quero nenhum deles vivos, para matar todos que encontrarem na frente.

Sinto minha barriga arder e uma dor enorme me atingir; olho na direção de onde veio e vejo um humano, mas antes de ir até ele, Alan o mata com um tiro na cabeça.

Meu bando está um caos; muitos dos meus estão feridos, mas continuam lutando para se manterem vivos. As fêmeas estavam na frente de uma das casas grandes, protegendo os filhotes que estavam ali.

De longe, vejo meu irmão; meu urso fica agitado e o seguro. Agora não!

Mordo um humano e arranho outro, tirando aquelas armas que eles usavam para derrubar os meus ursos.

Ouço um som alto de pássaro, logo uma ninhada aparece e começam a ir contra os humanos, o ferindo no rosto, principalmente.

Galvan.

-- Bruce? — O conselheiro aparece ao meu lado na sua forma humana.

Seu corpo está com sangue, sinto que o mesmo é de sua fêmea. Encaro ele com receio, e o mesmo sorri de lado de um modo um pouco triste.

-- Ela vai ficar bem. — Diz convicto. Somente confirmo. - Eles estão recuando. Com as armas dos humanos que estavam ao nosso lado, eles não têm saída. -

Os humanos já estavam correndo, os ursos cinzentos ainda teimavam em lutar contra, mas acabavam no chão. Quando um dos ursos-cinzas ia partir, vejo que ele encara o meu irmão.

-- Deixem eles irem. — Falo, voltando à minha forma humana. - O líder deles está morto. —

Um bando de urso, sem líder, não é um bando. Cada um irá seguir seu caminho como um exilado. Eles podem escolher um novo líder, mas isso seria uma perda de honra para eles.

É assim que funciona para os ursos cinzentos. Para eles, quem deve nomear o novo líder é outro líder. E eles terá um novo líder!

-- Vou me resolver com eles mais tarde. — Falo com o olhar ainda no meu irmão.

Sigo na direção dele, vendo os filhotes já saindo da casa grande. Os machos feridos se sentam no chão ou deitam, soltando um gemido de dor.

-- Enquanto todos nós estávamos aqui lutando contra esses imbecis, você deu as costas e correu com aquele filhote de raposa? — Me aproximo mais. - Como não notou que iríamos ser atacados? Que tipo de líder é você! - Pergunta sorrindo de lado.

Faço a minha garra crescer, ergo ela e passo rápido no pescoço da minha mãe. No susto, ela demora uns minutos antes de notar o que eu fiz. Gryan arregala os olhos, ouço arfadas de surpresa atrás de mim.

Mas não dou importância e continuo encarando o maldito à minha frente. Chego mais perto dele, que encara nossa mãe no chão se engasgando.

-- Vo-Você... Você... — Não o deixo terminar, pego ele pelo pescoço e aperto o mesmo.

-- Você acha que eu sou idiota, né? — Sorrio de lado. - Eu senti o seu cheiro. Senti na entrada com aquele urso ferido, senti na minha casa, senti no líder dos ursos cinzas ... Senti, na minha fêmea. -- Ele solta um grunhido quando afundo minhas garras.

Arranco a orelha dele e o viro para o MEU bando. Me abaixo atrás dele e cravo ainda mais minhas garras de raiva.

-- Por isso que ninguém estava conseguindo saber como os humanos estavam sumindo. Porque você estava os ajudando. — Todos encaram surpresos. - Você escondia eles através do polvo. Não é mesmo, irmãozinho? — Arranco sua blusa. - Foi inteligente da sua parte. Por isso que não matou o polvo assim que ela chegou. — Conto. Olho para um dos ursos. — Mata ela e traz o corpo. —

-- Você matou a nossa mãe! -- Sinto suas lágrimas na minha mão.

-- Sua mãe. Ela nunca foi nada minha, assim como o marido dela. -- Não me arrependo do que fiz. — Você, junto com aqueles imundos, matou inocentes, para quê? —

-- Não irei... AAAH—Grita de dor quando, com minhas garras, começo a fazer cortes pelas costas dele.

-- Sabe? Quando fui na divisa de territórios falar com o alfa de lá, senti o cheiro de dois ursos e o cheiro de sangue do humano. Mas o segundo cheiro estava me incomodando; não conseguia descobrir de quem era. Você matou os nossos, matou de outras alcateias. — Cravo em sua pele e puxo até embaixo. — Por que? —

-- A- Aqueles que se foram, não têm significância alguma. --- Fala com desprezo. - Gostou do que eu fiz com a sua fêmea? A sorte é que ela escondeu o filhote e nos atraiu para longe. Aquela vadi...— Puxo a minha garra de volta, abrindo um buraco no pescoço dele.

Algumas fêmeas gritam, outras viram os filhotes para não verem o que aconteceu. O corpo cai aos meus pés, e me levanto do chão o encarando ainda.

-- Agora, você é um líder. Agora sim. - Gael diz e bate palma. Allan dá uma cotovelada nele. - O que? Antes ele não era. —

-- Cuidem dos feridos. — Dou as costas para eles e vou direto para o território das cobras.

Durante o caminho que eu estava fazendo para a reserva, encontrei a fêmea que estava investigando as mortes; ela tinha alguns ferimentos leves. Ela, que ficou com a minha fêmea, deu sua palavra que iria cuidar dela.

Eu não podia ir; além do bando que precisava de ajuda, tem o filhote. Não podia deixar ele sozinho com as cobras.

Assim que chego no território deles, vejo o taipan na barreira; ele encarava o lado da reserva, parecia que estava sentindo algo ou tentando sentir.

-- Cadê o meu filhote? -- Paro ao lado dele.

-- Não foi comigo que você deixou. — Diz com indiferença, ainda encarando a sua frente.

-- O que você tanto olha naquela direção? Ali é a reserva do leão. —

-- Eu sei. — Fala com grosseria. — Vá procurar aquela coisa e me deixe. -- Manda. Rosno e passo por ele.

🌟....

💬30

Reta final...

Meu urso- 2 Saga ✅️Onde histórias criam vida. Descubra agora