𝟬𝟬𝟯. 𝗙𝗲𝗶𝘁𝗼 𝗰𝗮̃𝗼 𝗲 𝗴𝗮𝘁𝗼

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❝ I 𝐡𝐚𝐭𝐞 the way
you say my 𝐧𝐚𝐦𝐞 ❞

                                ❝ I 𝐡𝐚𝐭𝐞 the way                              you say my 𝐧𝐚𝐦𝐞 ❞

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𝐃e fato eu pude perceber que passar os próximos dias ou meses aqui, teria certos desafios. Lidar com um americano ignorante não estava em meus planos, e digamos que ser enviada para um manicômio cheio de garotos adolescentes também não parecia tão agradável ou tampouco estivesse em meus ideais de vida. Eu só queria ter minha família de volta, já os perdi tantas vezes que pensei que agora seria diferente, mas não. Eu me perdi deles.

— Todos têm uma função, certo? — Perguntei quase que retoricamente e continuei andando, dando atenção a cada palavra ditada pelo moreno ao meu lado — E eu poderia exercer qualquer uma delas que eu quisesse? Ou quem escolhe são vocês... — Parei abruptamente ao ouvir sua afirmação sobre o quarto. Olhei o raivoso alto e carrancudo, analisando se de fato, parecia um construtor, e não apenas alguém muito irritante — Ele? Jurava que sua função era quebrar coisas, não construir.

— Sim, eu — Se aproximou com seu arzinho de arrogância, o que não parecia já mais surpreendente e cruzou seus braços, parecia sempre fazer isso. Ergueu uma de suas sobrancelhas e suspirou pesadamente — Sou o encarregado dos construtores, gringa, mas te garanto que posso fazer o contrário sem problemas...

— Tudo bem, Daon! — Chamou-me Alby, como se quisesse interromper o início de um conflito bastante agressivo e repleto de farpas e faíscas, então colocou a mão suavemente em meu ombro, o que quase me fez afastar por instinto, logo dando continuidade — Cada um tem sua função aqui, isso é certo. Você pode decidir o que fazer, não iremos te obrigar a ajudar em quaisquer áreas que não se sinta confortável.

Alby parecia bem mais simpático, em comparação ao outro que desde o momento em que colocara os pés na caixa, agiu como se fosse a porra do líder, e obviamente lidou de uma forma não tão acolhedora com alguém que acabou de chegar. Ele não me conhece, mas definitivamente eu prefiro que continue não conhecendo. Só queria que ele aprendesse talvez a calar a boca ao invés de simplesmente falar qualquer merda que passe por sua cabeça. Minha única resposta para esse tratamento é a intolerância. Garanto que nem mesmo tentarei ser legal, não com ele.

Alby me apresentou o resto do espaço. Cumprimentei alguns garotos que pareciam gentis e receptivos, a maioria deles, na verdade, com exceção do primeiro rosto que vi ao abrir os olhos nesse lugar. O modo desagradável como age reflete muito em sua posição, ele deve usar a cabeça para martelar os pregos, já que parece tão cabeça dura e irredutível. Antes de finalmente vê-lo se afastar, forcei meu ombro contra o seu propositalmente, pigarreando assim que ele olhou para baixo, lançando-me um olhar, que ao menos para ele, deveria ser ameaçador, mas apenas senti vontade de rir. Gally, esse é seu nome. Talvez Gally precise de alguém que o faça enxergar seu lugar. Farei com eu seja essa pessoa.

Alby afirmou que durante os primeiros dias eu poderia ficar em seu quarto, já que os outros estavam praticamente abarrotados de garotos, e ele, tinha seu próprio espaço. Ainda que menor que o da maioria, era privativo ao menos. E assim que ele me deixou para tratar de assuntos na sede a respeito do labirinto, que eu sei exatamente o que é, por já ter ouvido falarem a respeito, me direcionei para meu dormitório temporada, que ele tinha me apontado anteriormente. Nunca tinha visto, mas sabia do que se tratava, e um garoto baixinho e rechonchudo foi o responsável por me explicar o que o tal labirinto fazia, e que eu deveria manter-me longe. A estrutura fria e fantasmagórica me causa arrepios, mas por algum motivo, sinto que atrás daqueles portões, possa haver alguma forma que seja de escapar, ou ao menos respostas sobre o que é esse lugar, que nenhum desses marmanjos soube me responder de forma que eu pudesse entender com clareza.

𝗦𝗢 𝗔𝗠𝗘𝗥𝗜𝗖𝗔𝗡 || 𝐌aze 𝐑unner - GallyOnde histórias criam vida. Descubra agora