𝟬𝟭𝟬. 𝗣𝗮𝘇 𝗱𝗲 𝗲𝘀𝗽𝗶́𝗿𝗶𝘁𝗼?

203 25 14
                                    

❛❛ I hope you find
some peace of mind ❜❜

❛❛ I hope you findsome peace of mind ❜❜

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Porra. Que inferno! Que situação de merda, quando foi que me tornei tão infantil? Todos estavam nos olhando porque eu simplesmente não controlei minha língua e falei mais do que devia. A gringa tinha se machucado. Alby estava com raiva de mim. E aquele namoradinho dela provavelmente me olharia feio até minha morte. Fechei os olhos com força, sentindo todos os meus músculos completamente tensionados.

Quando entrei em meu quarto, apenas segui para o banheiro. Tirei minha camisa vendo as leves escoriações em meus ombros pelas repetidas lutas de hoje, eu estava cheirando àquela bebida esquisita e suor. Meu rosto ainda estava vermelho demais. Joguei a camisa para o lado, terminando de tirar minha roupa. Sentir a água gelada entrar em contato com meu corpo completamente quente fez com que eu sentisse um choque. Tinha quase certeza de que estava febril. Fechei os olhos, mas a única coisa que via eram as imagens do que havia acontecido hoje, caralho, que merda que eu fui fazer? Passei a mão no rosto.

Daon estava certa, eu era mesmo um covarde. Agir assim era a única maneira que eu havia encontrado de lidar com o vazio da minha mente, a sensação de angústia que me assolava quando cheguei nesse maldito lugar só deu espaço a uma raiva descomunal. Tinha raiva por estar aqui, tinha raiva por não ter memórias, tinha raiva por não saber quem eu era. Se é que eu já fui alguém.

No fundo, sabia que uma hora ou outra essa máscara iria cair, só não esperava que fosse uma gringa ignorante que fosse arrancar ela de mim. Deus, o que eu faço agora? Daon parece me ler com tanta facilidade que chega a ser assustador. Como diabos iria encará-la todos os dias daqui pra frente? Burro. Burro. Burro. Amanhã teria que aguentar os olhares de julgamento de metade daqueles trolhos, mas bem que estava merecendo. Desde que não ficassem enchendo meu saco, podiam olhar à vontade.

Fiquei sentado na cama, esperando pacientemente ficar mais tarde para poder ir até a cozinha sem trombar com ninguém. Se possível, que todos desaparecessem da face da terra apenas por algumas horas. Estava me sentindo enjoado, com dor de cabeça e exausto. Mas não me permitiria dormir antes que tomasse alguma coisa para melhorar a maldita sensação de ressaca. Porra, bebi demais.

Levantei quando não aguentava mais esperar, saindo do quarto, acabei trombando com Newt. Cruzei os braços, me preparando para ouvir o sermão que ele provavelmente iria me dar.

— Onde vai? — Perguntou, colocando a mão em meu peito com uma sobrancelha levantada. Por que essa desconfiança toda, afinal? Acham que vou até o quarto da gringa pra estrangular ela?

— Vou a cozinha, Newt, posso? — Ele afastou a mão de mim, balançando a cabeça positivamente de maneira ainda desconfiada. Revirei os olhos me afastando.

— É bom arranjar uma maneira de se desculpar com ela, não seja o estúpido pra sempre — Não me virei para ele, apenas continuei andando em direção a cozinha. Odiava concordar com Newt, eu tinha sido um estúpido. Completamente irracional.

𝗦𝗢 𝗔𝗠𝗘𝗥𝗜𝗖𝗔𝗡 || 𝐌aze 𝐑unner - GallyOnde histórias criam vida. Descubra agora