Algum tempo depois.
Pov. Helena:
Eu não entendo o que raios está acontecendo comigo, desde a noite que fiquei com as meninas que não paro de pensar nisso e cada vez que penso, sinto um arrepio subindo pela minha coluna e várias vezes já me peguei querendo repetir a dose, mas como eu pediria isso? Seria ousadia demais até para mim e ainda mais sobria!
Às vezes até digitava uma mensagem no grupo das meninas da turma de inglês, mas em seguida apagava, pensei em chamar elas novamente para uma social aqui, mas seria dar bandeira demais e motivo de falação, porque depois de 25 anos eu estava "amolecendo" com elas, mas eu não conseguia parar de pensar nas mãos da Carol passeando pelo meu corpo e nem da língua da Natália no meu pescoço, depois descobri que havia um chupão perto da minha intimidade e não sei qual das duas deixou, mas eu passei a admirar todos os dias até ele sumir e me peguei pensando tantas vezes em renová-lo que finalmente tomei coragem e mandei mensagem para Carol convidando para um chá da tarde em seu apartamento, com a Natália, é claro.C - Natália, a Helena está se convidando para vir tomar um chá aqui em casa com a gente, o que será que ela quer?
N- sei não, hein, tenho medo dela querer um órgão do Marcos, será que ela está precisando de doação?
C - Para Natália, acho que essa alma está querendo reza.
Só resta aceitar e ver o que ela quer, será que a doida da Helena está querendo pegar a gente de novo?
C- O que você tem hoje que está cheia de gracinha?
N- vai dizer que você não queria? Eu gostei... quem sabe.
C- Eu sei que você gostou, você é muito safadinha, Sra. Cardoso, enfim, vou marcar com ela para amanhã, não quero que sua ansiedade ataque, que então quanto antes ela vier e a gente descobrir o que ela quer.
A mensagem da Carol chega no meu telefone me fazendo sorrir instantaneamente, espero não criar expectativas demais com esse encontro, mas também não vou para brincadeira, escolho uma lingerie vermelha de renda e deixo separada para vestir no dia seguinte, quando for encontrar com as meninas.
Amanheceu lentamente e eu já estava acordada primeiro que o Sol, passei o dia ansiosa pelo encontro com Natália e Carol, pois não sabia o que estava por acontecer. Cada vez que eu pensava nisso, lá em baixo reagia e eu precisava dar um jeito.
Faltando 2h para o horário marcado, comecei a me arrumar para encontrar elas, peguei duas garrafas de vinho na adega e coloquei na bolsa, tomei um banho demorado e vesti a lingerie escolhida, e sorri ao pensar nas mãos da Carolina Rasgando a renda francesa da minha calcinha porque de delicada ela só tem a cara e a Natália com meu sutiã preso em seus dentes e sorrindo para mim com aquela cara de safada que só quem já experimentou a fúria da Cardoso, sabe como é, troquei de roupa e sai de casa sem avisar para onde ia, coloquei o telefone em modo avião para ninguém me perturbar, mas antes avisei as meninas que estava saindo de casa e ficaria sem sinal.
Chegando no condomínio da Carol, ela havia deixado ordem na portaria para que eu entrasse direto e não precisava bater na porta, pois estava somente me aguardando, assim eu fiz.
Ao entrar no apartamento, bati a porta para elas saberem que cheguei e me deparei com a Natália deitada no sofá de roupão e a Carol saindo do banho. Meu coração acelerou, não haveria chá algum além do que elas iam me dar e eu daria nelas.
Peguei as garrafas de vinho na bolsa e a Carol foi à cozinha abrir, voltou com duas taças e entregou para Natália e para mim e bebeu na minha taça, encarando a Natália.C: Que bom que você veio, suponho que era essa sua intenção em vir aqui.
H: eu sabia que você era safada, mas não imaginava o tanto.