N: CALA A PORRA DA BOCA E ESCUTA!
Gritou Natália me assustando e fazendo com que imediatamente eu me calasse, Carol nos olhava meio assustada e meu coração parecia que a qualquer momento sairia pela minha boca, respirei fundo, mas a minha vontade era de continuar gritando a todos pulmões, eu me sentia usada, traída, estava magoada demais e ela havia gritado comigo.
H: como é que você ousa falar assim comigo, Dona Natália?! Não já basta o papel de idiota que eu to fazendo, venho aqui atras de explicações e é assim que sou tratada? Achei que a gente estava se tornando algo, vocês me usaram e…
N: Helena pelo amor de Deus da pra descer do salto e ouvir? De que adianta você ter vindo ate aqui se não vai deixar a gente falar, caralho!
C: calma amor, não precisa ficar alterada
H: eu vou embora, acho que nada justificaria essa traição de vocês
N: você tava com outra, toda cheia de intimidade e quer cobrar da gente alguma coisa? Você se envolveu conosco sabendo que estávamos juntas há algum tempo e não parecia se importar e…
C: Natalia por favor não piora as coisas, deixa eu conversar com a Helena e explicar o que tá acontecendo antes que as coisas saiam ainda mais do controle, Lena por favor se senta, vamos conversar feito adultas porque ficar gritando uma com a outra não vai dar em nada, poxa!
Eu já estava pronta para ir embora dali, mas a Carol segurou em minha mão e pediu tão gentilmente que apesar de estar com raiva, baixei a guarda e deixei que ela falasse, ela foi até a porta e trancou
C: ninguém sai daqui até que tudo esteja esclarecido, entenderam? Tudo bem, Natalia? Helena?
N e H: Okay
ela voltou pra o sofá onde eu estava sentada, Natalia havia ido pro quarto procurar seus remédios de ansiedade e a Carol deu início a conversa. Eu não conseguia encarar aquelas íris verdes da Soffredini sem me sentir intimidada e com leve desejo de habitar naquele mar, então mais que depressa ela se pôs a falar.
C: Helena é o seguinte, Primeiro de tudo eu quero pedir perdão mais uma vez pela cena do restaurante, não consegui segurara a Nat e na verdade eu era quem queria ter ido la dizer umas verdades, erramos em não chegar pra você e conversar, mas ficamos com ciúmes da nossa “namorada”? Não sei se posso te chamar assim, mas nas nossas cabeças é isso que você é
H: vocês nunca deixaram isso claro pra mim, achei que era apenas uma diversão baseada em comedia romântica barata então já que não éramos nada além de um casinho, eu estava sim conhecendo outra pessoa, vocês duas tem uma a outra mas e eu? Como fico nessa situação? Não é justo e eu não vou viver em função de um “não relacionamento” com vocês.
C: eu entendo e acho justo, afinal são os seus sentimentos, mas prosseguindo o assunto nos precisamos lhe contar o que tá acontecendo
Natalia chega perto de Carol, senta-se perto dela e põe a mão sobre a perna dela que prontamente segura e faz carinho
N: Helena, a verdade é que nós duas estamos apaixonadas por você e como eu falei no restaurante naquela noite, você é a terceira parte de nós e não conseguimos mais viver sem você, sem imaginar você em nossas vidas até mesmo na nossa relação com o Giovanni, poxa a gente ama ele de verdade e naquele dia que ele perguntou se estávamos namorando eu não esperava que a sua reação fosse ser aquela, não queria que você assumisse assim de cara mas poxa, poderia ter perguntado a ele o porquê da pergunta, se ele gostaria de ter a gente por perto, mas você foi logo desconversando e magoando nossos sentimentos.
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