Extra sete - pós Selinho não é beijo

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Nota: Não sei porque nunca postei esse capítulo? Ele foi publicado em Heaven.

O que está acontecendo entre o ex quarteto primeiranista da Karasuno. Pós Selinho não é beijo, mas pré 'o Circulo sem Fim'

Não leia se não curte a sugestão dos 4 juntos ou não ficar confortável. O universo de Adoides não é constante, principalmente os extras, muitas coisas aconteceram e outras não, depende do ponto de vista do leitor.

Obs: Eles não são menores de idade. Ninguém nessa fanfic é, embora alguns ainda vivam com os pais

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Os lábios frios de Kageyama se encaixaram de forma bruta nos delicados de Yamaguchi. As mãos do levantador agarrando no quadril alheio e o apertaram com firmeza, o puxou para seu colo de forma possessiva e ansiosa, colando o tórax com o seu.

Yamaguchi se permitiu arfar contra a boca do outro e curvou um pouco a coluna, seus dedos finos iam para os ombros do companheiro e não saíram dali em momento algum, mesmo quando os alheios teimaram em discretamente entrar na sua camisa. Tocando seu dorso repleto de delicadeza e parando na linha da sua coluna.

Ousado.

Por mais intenso que os beijos fossem, os dois rapazes nunca passavam daquela fase, sozinhos e sabiam que não deveriam. Não sem permissão. O modo como eram manipuláveis agradava um pouco aos namorados de ambos, que assistiam à cena naquele quente e pequeno apartamento no norte da cidade.

Tsukishima pigarreou no fundo, os braços cruzados, e o olhar mais irritadiço que pode ao bater com força o pé direito no assoalho de madeira. Seu rosto se fechou em uma sombria careta e o queixo tremeu quando Yamaguchi e Kageyama abriram os olhos no susto e o encararam, demorando segundos para se afastarem.

Ao seu lado, Hinata abriu um pequeno sorriso e apoiou as pequenas mãos na cintura, inquieto com a cena e tentando não demostrar o quanto ela o afetava. Não de uma forma ciumenta, afinal, era acostumado com os momentos que compartilhavam ali, porém, preferia que esperassem por sua chegada.

— Quem diria — comentou Tsukishima, observando o corpo curvilíneo do namorado quando o mesmo se afastava timidamente de Tobio e se sentava no canto do sofá, as bochechas sardentas avermelhadas e um familiar brilho no olhar. A fome por contato físico. Fome que ninguém podia saciar.

— Vocês demoraram... quarenta e cinco minutos dessa vez. — Kageyama, que continuou esparramado no sofá com as pernas relativamente abertas, se pôs a responder, sua voz vibrando e um pouco mais fina, como quando fazia sempre que pego no flagra.

Uma sobrancelha estava arqueada, sugerindo onde os outros dois podiam estar e se satisfazendo ao ver o rosado suave que surgiu na bochecha de Hinata. Uma afirmação indireta.

Kageyama passou a mão pelos cabelos escuros e jogando para o lado, ele soltou um muxoxo insatisfeito com a boca e olhou para os recém chegados com um leve rancor, seu sorriso maroto se dirigiu a Hinata que continuou calado, admirando a coragem, porém, logo passou a saltitar um pouco, debilmente.

O ruivo, de todos ali, era o que menos se importava com a situação em um todo. Apenas rumou para a poltrona no canto da minúscula sala de estar e se jogou na mesma, estirando as pernas por cima da braçadeira enquanto fitava pensativamente ao ainda corado Yamaguchi, este tendo se encolhido mais.

— Tadashi... Tadashi. — Repetiu Hinata. E suas bochechas ruborizaram suavemente, as meias coloridas nas pontinhas dos pés ganharam sua atenção e olhou para elas, balançando as pernas lentamente. — O que posso fazer com você?

Separou um pouco os joelhos e arqueou o quadril para encostar no estofado, sentia três pares de olhos fixos aos seus movimentos — aguardando ansiosos que dessem seu veredito —, mas estava ocupado, analisando o sardento que continha a expressão, mantendo a seriedade enquanto seu coração palpitava dolorosamente, provando-lhe uma leve sensação de infarto.

— Que eu lembre, hoje não seria meu dia, não precisava se assustar tanto. Não vou brigar por começar assim que desejou. — continuou ao não obter nenhuma resposta, a língua roçando nos lábios ao terminar sua sentença e se curvar um pouco para a frente.

Notava o tremor suave nos ombros sardentos do garoto e via seu interior de atiçando por isso, por Yamaguchi ser o mais novo ali sempre agia de forma estupidamente inocente e constrangida, confrontando todos os limites que restavam nos demais adolescentes, estes igualmente puros, mas carregados de hormônios que Tadashi ainda não sentia.

Sentou-se com a postura correta e sola dos pés encostadas no chão. Sua atenção voltou para Tobio que mordia os lábios, tendo aperto um dos botões de sua camisa em algum momento de distração.

— Quebrando regras, Kageyama?

— Eu não passo dos limites, Tadashi é doce demais para isso — e não era uma mentira. Embora a resposta não tenha soado agradável ao bastante para os ouvidos de um ciumento Tsukishima.

O loiro bufou e se pôs a andar até o namorado que ainda se encolhia, sentou-se ao seu lado com a mão em seu joelho desnudo, proporcionando um breve arrepio no sardento que não deixou de demonstrar sua ansiedade, tirando as mãos de cima do rosto. Yamaguchi o encarou com receio, primeiro os olhos lhe chamaram atenção e em seguida a boca fina crispada, que não sorria tanto quanto a de Hinata do outro lado da sala — o baixinho ainda observando, embora não fizesse parte daquela equação.

Um suspiro desesperado surgiu de Tadashi e quando se deu conta sua boca era prensada novamente, exatamente como rolara com Tobio, com a brutalidade e inexperiência que o assombrava. Suas palmas avançaram para o peito de Tsukishima e o empurraram levemente, sem surtir efeito, e sua cabeça foi empurrada contra o sofá, ficando de mal jeito e saindo do ponto de vista de Hinata que agora não via mais que as costas de Tsukishima.

Havia diferença entre a sensação de agora e de minutos antes, Yamaguchi poderia passar horas explicando, mas o perfume que alcançava seu nariz era outro e o deixava tonto, mais suave e indiscreto, na essência perfeita para que ouvisse vozes chamando seu nome e o provocando.

A mão livre de Tsukishima alcançou a nuca de Yamaguchi e a alisou com a pontinha dos dedos, pressionando de um jeito suave que apenas Tadashi sentia e tremulava.

Tsuki apoiou os joelhos no sofá para ter maior impulso ao se inclinar e deixou que os tornozelos alheios encostassem nas suas pernas.

— Eles não vão prestar atenção na gente — disse Hinata, o mesmo tom alto de antes, e realmente não ganhou nenhuma atenção que fosse dos companheiros.

Kageyama o encarou e deu de ombros, não demonstrando a decepção que tinha e não deixando de se aproximar do menor. Sentou-se na beirada da poltrona, seu corpo quente se perdendo ao do menor quando as bocas se inclinaram e se encostaram. Não havia o que fazer naquele dia

Adoides do VôleiOnde histórias criam vida. Descubra agora