Extra Seis - gato vive no lixo

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Extra de Gato vive no Lixo

Visão KuroKen do que está acontecendo após mensagens do Grupo.

Kenma estava deitado na cama, absorto em seu console agora que largou o celular sobre o colchão e ignorou as mensagens de Suguru chegando em seu privado, a maioria eram gifs aleatórios, então não tinha problemas ver depois. Seus dedos ágeis deslizando pelos botões enquanto sua mente se concentrava na tela brilhante à sua frente.

Enquanto isso, os olhos de Kuroo percorriam as mensagens recebidas no chat com outros jogadores de vôlei e se cerravam ao ler as mensagens enviadas por último pelo namorado. Atentando certo alguém que não merecia nenhuma atenção.

Um sorriso frustrado se formou em seus lábios, sendo substituido rapidamente. Com um olhar travesso, ele desviou os olhos do celular, largando-o na escrivaninha e observou Kenma, que continuava alheio à sua presença naquele momento como se Kuroo não tivesse passado a tarde inteira ali.

- Ah, mas você não vai mesmo beijar aquela cobra peçonhenta - lamentou Kuroo, dramaticamente, enquanto subia na cama.

Kuroo se ajoelhou no colchão que afundou um pouco, com os braços cruzados, encarando o namorado, que sorriu sem tirar os olhos do jogo.

- E por quê não, Tetsurou?

- Porque eu não quero... - inflou as bochechas, escutando um riso desdenhoso como resposta. - Porque você não quer também.

- E se eu quiser? Talvez eu esteja ansioso pelo beijo dele - Kenma falou.

Cometendo o erro de afastar o olhar da partida e encarar Kuroo.

Aquele olhar brincalhão foi o bastante para que Kuroo desistisse de ficar quieto e pulasse em cima de Kenma, prendendo seu corpo contra o colchão da cama. Suas mãos vagaram até o console, pegando e deixando-o de lado, sobre a mesinha de cabeceira.

Kenma fez uma expressão descontente, mas não comentou sobre o aparelho roubado, sentindo a bunda de Kuroo pesar nas suas coxas esmagadas, os joelhos de Kuroo descansando quase ao lado de seu estômago.

- O que está fazendo? - Indagou Kenma.
Kuroo sorriu.

- Mantendo meu namorado sob controle, para que ele não tenha ideias tolas de beijar outras pessoas, pessoas feias ainda por cima - sussurrou suave, inclinando-se para beijar delicadamente os lábios de Kenma. Em seguida, beijou sua bochecha direita.

- Você o beijou. É justo.

- Seria justo se você não tivesse beijado o Hinata primeiro.

Kenma franziu o cenho e, ainda assim, inclinou o rosto para trás, olhando para a parede. Suspirou alto ao sentir os lábios de Kuroo em seu pescoço, beijando a pele.

- Nós concordamos antes, Tetsu, além disso, não teve mão boba com o Shoyo, ele mal me tocou - murmurou, sua mão subindo para o ombro de Kuroo e acariciando a região levemente. Sentiu o hálito quente em sua pele quando Kuroo parou, deixando um último e solitário beijo ali e afastando o rosto.

Kuroo se enclinou para trás. Arrumando a postura e apoiando as mãos na barriga de Kenma, sua expressão era maldosa, quase beirando o irritado.

- Você acha mesmo que eu não prestei atenção, né? Cê sabe que não tinha álcool em nada do que bebemos né?

Os olhos de Kenma se estreitaram um pouco para rebater aquela informação, lembrando claramente de algumas pessoas obviamente embriagadas quando sequer deveriam beber.

Kuroo bufou e se inclinou novamente, aproximando seus rostos e sussurrou no ouvido de Kenma:

- O Hinata só não te tocou porque o namorado tava olhando. Mas a sua mão desceu até demais ali, não foi? - indagou Kuroo, soando como uma afirmação ao invés de pergunta.

Kenma riu suavemente, sentindo um calafrio percorrer sua espinha quando Kuroo roçou os lábios contra sua orelha, mordiscando.

- Alguém tem que beijar pra valer, né? Ao contrário de você que beijou parecendo que tava sobre ameaça de morte - disse baixo e se cansou daquela posição. Inclinou o corpo para ficar sentado, com Kuroo ainda sobre seu colo, pesado e imóvel. - Nunca te vi tão congelado antes na vida.

- Eu 'tava horrorizado!

- Que mentira, Tetsurou, que mentira.

- Mentira nada. Parecia que minha alma tava sendo arrancada.

Kenma suspendeu uma sobrancelha, quase visualizando o rosto corado e confuso de Kuroo quando foi beijado durante a brincadeira, resmungando antes e depois, mas totalmente distraído durante. e não

Kenma envolveu os braços ao redor da cintura de Kuroo e o abraçou, deixando o assunto de lado. Descansou a cabeça no peito robusto de Kuroo, suspirando ao sentir o suave aroma da fragrância do namorado impregnado na camisa.

- Você sabe que eu te amo, não é mesmo, Kozume?

Kenma enrigeceu levemente a coluna ao ouviu Kuroo murmurar aquilo, sentindo-se ser abraçado pelos ombros.

Kenma soltou um suspiro, aconchegando-se ainda mais nos braços do namorado.

Seu lábio tremeu.

- Claro que eu sei, idiota - respondeu Kenma com uma voz suave, quase um sussurro. - Você diz o tempo todo... Eu te amo também, pare de ser besta.

Nota do autor:

Há alguns extras dos capítulos escritos e extras de personagens conversando nos privados uns dos outros, vou aproveitar que estou de férias da Faculdade e postar aqueles que valem a pena.

Revisarei em algum momento, como todos os outros capítulos.

Aproveitem.

Adoides do VôleiOnde histórias criam vida. Descubra agora