Poder e Sedução

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Em um canto escuro e abafado, um homem encontrava-se acorrentado, mãos atadas atrás das costas com brutalidade. Gotas de suor frio escorriam pelo seu rosto pálido, enquanto sentia cada batida do seu coração pulsar em suas têmporas.

A sala exalava um cheiro metálico de ferrugem, que invadia suas narinas e lhe causava náuseas. Seus pulmões se contraiam em busca de ar, sua mente suplicando por um fim daquele tormento.

De repente, dois cabos elétricos, faiscando e irradiando uma energia ameaçadora, foram pressionados contra seu pescoço, fazendo-o se contorcer em uma agonia avassaladora. Um grito lancinante escapou de sua garganta, enquanto seus músculos se contraiam e seus ossos estalavam.

— Me diga logo onde ele está! — A voz de Lena era fria e implacável, sem vestígios de piedade.

O homem tentou se recompor, engolindo o grito de dor, a cabeça latejando.

— Eu... — Sua voz saiu fraca, um mero sussurro. — Eu juro que não sei...

O sorriso malvado que Lena entregava cortou a escuridão como uma lâmina afiada. Mas antes que pudesse continuar sua cruel interrogação, seu celular vibrou sobre a mesa repleta de instrumentos sinistros.

Sem perder a pose, ela pegou uma toalha, limpou as mãos e atendeu, sua expressão mudando drasticamente ao reconhecer o chamador.

— Por que não me respondeu ontem, hein? — Lena inquiriu com um tom mais brincalhão.

A risada contagiante de Kara ressoou do outro lado.

— Me perdoa? Acabei dormindo com o celular na mão.

— Ah, eu imaginei. Já era bem tarde.

— Onde você está? Estou a caminho da sua fábrica para fazer mais alguns pedidos.

Lena lançou um olhar ao prisioneiro, que estava ofegante e quase sem vida.

— Quer mesmo saber?

Houve um rápido silêncio.

— Agora fiquei curiosa. Me conte!

Lena deu uma risada breve.

— Estou com um dos subordinados daquele desgraçado. O nome dele é Roy.

— Roy? — A surpresa era evidente na voz de Kara. — Conheço esse sujeito. Onde você está? Quero ver isso de perto.

— Tem certeza? — Lena perguntou com uma ponta de sarcasmo. — Não quero que se choque com meus... métodos peculiares.

— Acredite, — Kara soltou uma risada — você ainda não conheceu meu lado mais sombrio.

Intrigada, Lena arqueou uma sobrancelha.

— Estou na fábrica. Peça a James para guiá-la até a minha sala de brinquedos.

Elas riram juntas, cúmplices.

— Me dê dois minutos.

— Dou quantos você quiser. — Lena respondeu, e com um sorriso leve, encerrou a chamada.

Em uma pose descontraída, se acomodou em uma poltrona antiga, cruzando graciosamente as pernas. Com um ar entediado, começou a navegar pelas mensagens de seu celular, esquecendo momentaneamente do ambiente sinistro ao seu redor.

Uma notificação piscava na tela, revelando uma mensagem não lida de Kara:

"Acabei sonhando com você."

Um sorriso divertido se formou em seus lábios. Bem que ela poderia me contar esse sonho. pensou.

Distante dali, na penumbra da sala, o homem aprisionado começou a murmurar com dificuldade, uma mistura de súplicas e lamentos.

As Criminosas - KarlenaOnde histórias criam vida. Descubra agora