Noite Gelada

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Já são quase meia noite, então acho que o horário permite 🔥🔥🔥

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Kara acordou de repente, o frio cortante invadindo seu quarto. Sua respiração se transformou em nuvens de vapor enquanto um arrepio percorria sua espinha. O aquecedor da mansão Danvers havia pifado, e a madrugada trouxe a frente fria que os jornais tanto anunciavam.

Sem saber o que fazer e incapaz de suportar o frio glacial da casa, se arrastou até o carro. Lá, ajeitou o banco tentando fazê-lo de cama, esperando que o sistema de aquecimento do veículo pudesse oferecer algum alívio. Porém, após algum tempo, o calor do carro não estava mais sendo suficiente, e ela não sabia mais o que fazer. Pensou em dirigir até seu galpão, mas era longe demais para ir no meio da madrugada, especialmente com o corpo tremendo de frio.

Batendo os dentes, pegou o celular e notou uma mensagem de Lena enviada quatro horas atrás, mencionando mais pistas sobre Mon-El. Com os dedos rígidos, Kara decidiu responder.

"Você tá acordada?"

A resposta veio rapidamente:

"Ai, não me diga que você está machucada de novo!"

Kara soltou uma risada leve, aquecida pela preocupação evidente.

"Não, eu estou inteira. Só que estou congelando aqui."

Ela observou o indicador de "digitando" de Lena aparecer e desaparecer, antes de se fixar novamente.

"Liga o aquecedor."

"É exatamente esse o problema. O aquecedor quebrou."

Um emoji de olhos revirados chegou, seguido de outra mensagem de Lena.

"Vou mandar a segurança ir buscar você."

Kara sorriu enquanto começava a digitar.

"Não precisa, estou me virando com o aquecedor do carro."

"Então tá."

Kara bufou, meio rindo, meio frustrada.

"Não era bem essa a resposta que eu esperava..."

"E o que você queria ouvir?"

"Algo tipo, 'Sai desse carro agora e vem pra cá. Não quero você congelando sozinha.'"

Uma risada prolongada foi a resposta de Lena.

"Desde quando eu imploro alguma coisa? Mas se é pra ser resgatada, eu insisto: venha para cá."

Kara não pôde evitar um sorriso.

"Estou indo, Elsa do Frozen."

Preparando-se para a breve viagem até a cobertura, Kara se sentiu aliviada. Talvez a noite ainda pudesse ser salva, graças a um convite inesperadamente forçado, mas bem-vindo.



Algum tempo depois...



Kara estacionou com pressa na entrada do arranha-céu e, enrolada numa manta, correu para o interior. O elevador parecia mais lento do que o usual enquanto ela tremia, o tecido mal conseguindo reter o calor.

Quando as portas metálicas se abriram, ela apressou-se até a cobertura, tocando a campainha enquanto o frio lhe mordia os ossos.

O som da fechadura eletrônica anunciou a abertura da porta.

— Meu Deus, Kara, você está tão pálida — Lena exclamou, puxando-a para dentro com urgência.

Cambaleante, Kara dirigiu-se ao sofá e se aninhou sob o cobertor, seu corpo tremendo suavemente.

As Criminosas - KarlenaOnde histórias criam vida. Descubra agora