capítulo 8

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Estou disposta a explorar essas habilidades que apareceram, irei me concentrar para tentar fazer algum desses poderes se manifestar e eu espero não machucar ninguém e não explodir o quarto.
Estou em pé diante de um espelho antigo, encarando meu reflexo com uma mistura de medo e determinação. Minhas mãos tremem enquanto toco a superfície polida, sentindo uma energia estranha pulsar através dela.
Fechei os olhos e me concentrei, mergulhando nas profundezas dos meus próprios pensamentos. De repente, uma onda de poder atravessou meu corpo, fazendo-me estremecer de êxtase e terror.
Quando abri os olhos novamente, não estava mais no meu quarto. Em vez disso, encontrei-me em uma realidade distorcida, onde tudo parecia familiar, mas ao mesmo tempo errado. Vi duas crianças à minha frente, órfãs e desamparadas, seus olhares cheios de tristeza e confusão.
Compreendi então que essas crianças eram os filhos de Wanda Maximoff, os gêmeos que ela havia criado em seu próprio mundo ilusório. E agora, por algum capricho do destino ou da minha própria vontade, eu estava aqui, diante delas, com poderes semelhantes aos da Feiticeira Escarlate.
Por algum motivo havia uma realidade em que os filhos de Wanda estavam sozinhos e aparentemente não havia sinal dela por perto e essa cena me chocou.
Estendi a mão para eles, sentindo uma conexão instantânea. Não durou muito até ser puxada para minha própria realidade mas Peter estava em meu quarto, ele se assustou com o meu aparecimento repentino e deu um pulo para trás.
— Como fez isso? Meu amor? — sinto a mão de Peter em meu rosto
— Não sei dizer como fiz isso — respondi
— Precisa tomar cuidado com esses poderes, não pode se machucar — Peter disse
Eu estou tonta e confusa, provavelmente viajar entre as realidades provoca alguma alteração que me deixa tonta por alguns minutos. Tudo foi tão estranhamente familiar com as crianças, eu sei que conheço eles de Westview mas dessa vez a sensação foi diferente.
A essa hora eu já estava atrasada para faculdade e fui acompanhada por Peter que fez graças durante o caminho e me arrancou as mais sinceras gargalhadas, como sempre, ele era o motivo de todos os meus sorrisos.
É um ritual encontrar Peter pela faculdade em todos os horários e em todos esses momentos eu me sento muito bem. Ele é como uma sinfonia perfeita, com cada nota e ritmo em harmonia, criando uma melodia que ecoa em meu coração. Cada vez que o vejo, é como ouvir a mais bela canção, que acalma minha alma e preenche minha vida com a mais doce melodia.
Tenho medo ser uma ameaça ao homem aranha futuramente, não consigo suportar a sensação de ver aqueles olhinhos de Peter me olhando com medo ou raiva, isso com certeza é um dos meus maiores medos atualmente.
Estava de mãos dadas com Peter aproveitando um momento de carinho e tranquilidade. De repente, eu comecei a sentir uma estranha sensação de formigamento na minha mente, como se algo estivesse se movendo lá dentro. Imagens começaram a piscar diante dos meus olhos, fragmentos de pensamentos e emoções que não eram meus próprios.
Eu vi flashes de memórias de Peter, momentos de alegria e tristeza, esperança e medo. Era como se eu estivesse navegando nas profundezas da mente dele, testemunhando sua vida de uma maneira íntima e poderosa.
Em poucos segundos vi o momento em sua tia morreu e o exato momento em que a memória de todos foi apagada e agora sei como isso aconteceu, foi um feitiço do doutor estranho que fez todo mundo esquecer de Peter.
Eu estava sentada ao lado de Peter, perdida em seus olhos gentis e no calor reconfortante de sua presença. Nossas mãos estavam entrelaçadas, criando um vínculo que parecia transcender o tempo e o espaço. Mas então, algo estranho começou a acontecer.
De repente, eu comecei a sentir uma estranha sensação de formigamento na minha mente, como se algo estivesse se movendo lá dentro. Imagens começaram a piscar diante dos meus olhos, fragmentos de pensamentos e emoções que não eram meus próprios.
Eu vi flashes de memórias de Peter, momentos de alegria e tristeza, esperança e medo. Era como se eu estivesse navegando nas profundezas da mente dele, testemunhando sua vida de uma maneira íntima e poderosa.
Eu tentei me afastar, assustada com a invasão involuntária dos pensamentos de Peter, mas parecia que algo me puxava mais fundo, como se eu estivesse sendo atraída por um ímã psíquico.
Então, de repente, a sensação passou, deixando-me ofegante e confusa. Olhei para Peter, preocupada com o que ele poderia ter sentido ou percebido da minha intrusão mental. Mas seus olhos ainda refletiam apenas gentileza e compreensão, como se ele estivesse completamente alheio ao que acabara de acontecer dentro da minha mente.

Melodias e Teias ― Homem aranha.Onde histórias criam vida. Descubra agora