Parte Final...

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    Estava chegando o dia de eu ir embora para o Brasil. Depois do ano novo, eu iria, eu não sabia como ia ser. Será que a sensação de não estar mais perto de Daniel vai me cercar de novo, ou será que vai ter um sentimento de saudade? Porém, eu sei que eu tenho ele e que ele não sumirá.
-Amoooooor. Daniel vinha correndo em minha direção muito empolgado.
-Oiii.
-Consegui um ingresso para vermos as estrelas cadentes no ano novo. Eu estou muito feliz.
-Calma, você vai ficar sem ar de tanto que está animado.
-É que você me disse aquele dia no Brasil, quando estava nos meus braços, meio tristinha, que um dos seus sonhos era ver as estrelas cadentes no ano novo, com alguém que você amava.
-Eu nem lembrava disso.
-Deve ser porque você estava bêbada.
-Ah, naquele dia eu estava bem mal e enchi a cara. Mas chega de pensar nisso, obrigada por pensar nisso. Você é tão cuidadoso e tão fofo - disse, indo em direção a ele e lhe dando um beijo enquanto ele ficava corado.
-Que beijo gostoso.
-Você quer mais?
-Sim.
Continuei dando beijinhos no rosto dele enquanto ele sorria, até que nos abraçamos. Eu sentia o toque dele e ele sentia o meu, era como se o mundo parasse e estivéssemos em outro universo, onde não existe ninguém, apenas eu e ele. Ele colocou suas mãos em meu rosto, acariciando minha bochecha.
-Você é a mulher mais linda que já vi, uma obra de arte, uma verdadeira princesa dos sonhos de um príncipe.
Quando Daniel disse isso, fiquei com as bochechas rosadas e sorrindo alegremente. Eu não conseguia ser tão atrevida como ele, mas em minha mente pensava várias coisas, o quanto ele é lindo, os olhos, o sorriso. Ele parecia um príncipe encantado, tenho certeza que em outra vida já fomos algum tipo de princesa e príncipe, porque ele é radiante.
Estávamos de conchinha no sofá, enquanto ele fazia cafuné em mim.
-Sabe amor, eu me sinto tão bem ao seu lado, disse, virando-me de frente para ele.
-Você não sabe o quanto sinto isso em uma intensidade maior.
-Eu poderia ficar aqui a vida toda, do seu lado, presa, e nunca sair."
-Eita, eu topo, dei um sorrisinho bobo.
     

     Passamos o ano novo juntos. Acampamos ao ar livre, enquanto víamos as estrelas cadentes. Estávamos juntinhos, naquele frio, a melhor coisa era sentir o corpo quente dele. Deu meia-noite e nos abraçamos, desejamos feliz ano novo um ao outro. Estávamos juntos, isso era o mais importante.


Alguns dias depois...
Eu estava indo embora, estava com minhas malas, Daniel me levou até o aeroporto. Antes de ir, abracei ele tão forte e dei-lhe um selinho.
-Até mais meu amor, vou sentir sua falta, disse, com lágrimas no rosto, aproximando-se do avião.
Daniel se aproximou correndo até mim, segurou minha mão e me deu um beijo intenso. Ele estava com os olhos cheios de lágrimas.
-Eu queria que não tivesse que ser assim.
-Vamos manter contato, te prometo te ligar todos os dias.
-Tabom, assim fico mais calmo.
Nos despedimos, e eu entrei no avião. Procurei meu assento e coloquei um fone, enquanto olhava ele da janela. Ele estava lá, com seu sorriso encantador, me dando tchau. Então eu fui embora... Foi muito bom esse momento, espero que não demore tanto até as próximas férias...

     Chegando no Brasil, avistei Jazmin e minha tia; elas estavam me esperando no aeroporto

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     Chegando no Brasil, avistei Jazmin e minha tia; elas estavam me esperando no aeroporto. Dei um abraço nelas, mas estavam meio para baixo.
-O que foi, gente? Vocês não estão animadas por eu estar aqui?
-Não é isso, Isa, mas temos uma notícia urgente para te contar - disse Jazmin.
-Conte, vocês estão me deixando preocupada.
-Minha querida, sua mãe passou mal. Ela está no hospital.
-Como assim? Preciso ver minha mãe, agora! - disse eu, desesperada.
-Claro, vamos agora.
Chegando no hospital, avistei minha mãe. Ela estava pálida. Rapidamente me aproximei, chorando perto dela. Eu estava desesperada.
-Como isso aconteceu, tia?
-Então, ela sofreu um acidente.
-Acidente de que? Me fala logo!
-Calma, querida, não se desespere.
-Não tem como, é minha mãe, tia.
-Então... Se eu não me engano, seu irmão estava com ela. De alguma maneira, ela se deu conta do mal que te fez. Ela enlouqueceu e, mesmo sabendo que você não estava aqui, saiu desesperada atrás de você e acabou sendo atropelada. Mas calma, o médico disse que não foi grave, graças a Deus o motorista prestou socorro.
-Não pode ser, tia... Minha mãezinha, estou tão nervosa que não consigo respirar.
-Calma, minha querida.
Minha tia se aproximou de mim, dando todo o apoio do mundo.
-Minha linda, seu irmão quer falar com você; ele está lá fora. Posso chamar ele?
-Pode sim, tia.
Assim que vi meu irmão se aproximando, ele estava bonito. Fazia tempo que não via ele. Estava mais alto e forte. Ele me abraçou e disse:
-Maninha, calma, senti tanto sua falta.
-Eu também. O que aconteceu com a mamãe?
-Então... Ela começou a ter uns sonhos, onde te encontrava. Acordava desesperada. Começou a tentar entender sobre você, pediu o número da Jazmin, falou com nossa tia; enfim, entendeu quem era você. Isso foi um pouco antes de você ir. Depois de ouvir tantas coisas sobre você, ficou muito pensativa. Decidiu ignorar. Quando eu disse que você estava indo embora, não se importou muito. Não entendi o lado dela, mas ontem, deu uma louca. Tinha visto uma carta que você tinha mandado para ela no Dia das Mães, várias cartas de vários anos. Disse correndo o quanto estava arrependida, e tinha visto a garota que você realmente era. Então, enlouqueceu, Isa. O médico disse que ela teve um surto de estresse devido aos arrependimentos.
- Nossa... eu sou culpada de isso acontecer, só pode, agora ela está assim, eu estou tão mal por isso.
- Você não tem culpa disso, sei que muitas vezes eu fui babaca com você com atitudes machistas e transfóbicas, mas eu te peço desculpa, eu finalmente entendi o significado, você é minha irmã, você é uma mulher e olha você, se tornou tão forte, eu tenho orgulho de você Isabelly.
Chorei enquanto meu irmão dizia aquilo...
    

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