Bea, Clara e eu viramos duas doses de tequila após contarmos até três, o bartender - diga-se de passagem que muito gato - riu das nossas expressões oferecendo mais e recusamos.
— Se eu sair bêbada daqui eu juro que mato vocês. — Falei me virando para voltar para a mesa, mas não antes de perceber o bartender piscar, só não consegui identificar para qual de nós três ele piscava, decidi ignorar.
— isso se o Felipe não matar você por fazer ele deixar todo o dinheiro aqui. — Bea disse.
— A culpa foi sua, você que quis vir aqui mesmo sabendo dos preços.
— Fazer o que se sou uma mulher cara.
Voltamos a mesa onde os meninos estavam e a garota que veio com meu irmão, Gabriela, dava um risinho do que os meninos falavam, ao me aproximar para sentar vi a mão de Felipe dentro da saia dela, fiquei chocada e senti que encarei por muito tempo de olhos arregalados a cena e tentei disfarçar.
Eu estou completamente traumatizada e os danos são irreversíveis.
Me sentei e no mesmo momento os nossos lanches chegaram, o que foi um alívio, pois me distraiu da cena constrangedora.
Eu sei da fama que meu irmão tem, não preciso ver cenas como essa para ter certeza.
O pessoal começaram a conversar entre si enquanto eu permaneci focada somente no meu lanche, me esquecendo do mundo. Mas depois de um tempo percebi Matheo me observando, seu olhos olhos eram de um castanho quente, com cílios estupidamente longos que deixavam seu olhar marcante, era como se ele pudesse ver todos meus pecados.
Meu irmão acariciou meus cabelos ao meu lado, tirando minha atenção de Matheo.
— Sai. — Falei tirando sua mão suja do meu cabelo limpinho, sei bem o que vi ele fazendo vinte minutos atrás. — O que você quer?
Felipe apenas riu da minha reação, claramente achando graça da minha preocupação.
— Nada, só queria te encher o saco mesmo, está muito quieta. — Ele respondeu, ainda sorrindo.
Revirei os olhos e voltei a focar no meu lanche, tentando ignorar o desconforto que sentia depois de vê-lo tão íntimo com Gabriela. Do outro lado da mesa, Bea e Clara estavam engajadas em uma conversa animada, rindo e gesticulando.
Essas duas... já sinto o cheiro de couro.
— Ele tem razão, está quieta demais, não parece ser do seu feitio. — Matheo disse.
— Ela está comendo, um dos raros momentos em que ela sossega. — Bea respondeu enquanto eu comia o resto do lanche, terminando minha bebida em seguida.
Engraçado, é bem docinho, mas parece que tem um toque de algo, parece...álcool?
Reparei no copo, se for realmente álcool, acho que só saio daqui carregada.
Enquanto prestava atenção na conversa do pessoal senti um leve calor subindo pelo meu corpo, notei também que a música que tocava era boa demais para ficar parada, comecei a cantarolar baixinho enquanto balançava levemente a cabeça.
— A tequila está começando a fazer efeito. — Clara disse apontando para mim, sorri com o comentário e com a atenção que recebi.
— Relaxa, eu tô de boa! — Respondi, sentindo a leveza subir pelo corpo. O ambiente parecia mais colorido, a música mais vibrante.
— Já está começando a soltar a franga, isso sim. — bea comentou bebendo sua bebida.
Errada ela não está, parece que meus divertidamente estão todos loucos, correndo e gritando na sala de controle.
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Fora De Controle
RomanceAfim de ler um romance água com açúcar (mas nem tanto pra não enjoar), com alguns clichês como onde o protagonista é amigo do irmão da mocinha? Pois se acomode e venha conhecer a história da jovem Kamilla, com uma vida social limitada e poucos amigo...