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Livia Kvint, 13 de maio de 2024
- Vida? Tá ocupado? - Entro no quarto e ele estava no computador.
- Oi linda, não tô. Tava só vendo como foi o video de ontem. - Ele vira a cadeira ficando de frente pra mim. - Vem cá, saudades de você.
- Você me viu ontem a noite. - Sento no colo dele e me aconchego no seu peito.
- Ontem a noite os dois estavam podres de cansaço, e hoje você saiu antes que eu acordasse, nem consegui matar a saudade de ver você sentando pra mim. - Fala com a maior calmaria do mundo e eu gargalho.
- Como você é tarado, cara! - Beijo o rosto dele.
- E porque você saiu hoje cedo? Achei que ia aproveitar que não tínhamos compromisso pra poder dormir mais um pouco comigo.
- Minha mãe me ligou, disse que tava passando mal. Daí eu corri pra casa dela, levei pro hospital, mas era só uma queda de pressão. - Minto.
- Podia ter me chamado, eu levava vocês.
- Você tava tão gostoso domingo, não quis mexer em você. - Falo e ele ri. - Comprei um presente pra você.
Meu corpo tentava disfarçar o nervosismo. Eu sabia que ele sonhava em ser pai, então provavelmente sua reação seria boa. Mas mesmo assim, dava medo.
- O que você comprou, minha gostosa?
- Vou buscar. - Saio do quarto rapidinho e pego a caixinha que eu tinha deixado ao lado da porta, volto pro quarto e sento na beira da cama dele. - Espero que você goste, porque não tem como trocar. - Brinco e entrego a caixa pra ele.
- Tô até com medo. - Ele abre a caixa e pega a cartinha que tinha colada na tampa, o teste e os presentes estavam escondidos atrás de um papel seda.
"Querido, papai!
Eu e a mamãe viemos te contar que agora somos três, nossa família aumentou e finalmente estou vindo ao mundo. Como você sempre sonhou e pediu pra mamãe, papai. Eu sou a herança de um grande amor, estou ansioso(a) para conhecer você! A mamãe já aceitou que em breve você irá me ensinar a dirigir carros potentes, dar grau em motos de alta cilindrada e caçar lendas por aí. Nós te amamos muito, papai. Cuida da mamãe, porque eu estou revirando o estômago dela.
Com amor, seu primogênito."
- Lívia, não brinca com uma coisa dessas. - Seus olhos estavam marejados.
- Eu não estou brincando, abre o seu presente. - Digo e ele puxa o papel seda. E aí sim, o choro foi grande.
Dentro dela tinha um body com a árvore dos caçadores de lenda, que eu pedi pra Dani confeccionar pra mim, sendo assim, era original da marca dele. Um mini capacete igual ao dele e um mini colete igual ao dele.
Já sei da gravidez a um tempinho, por isso deu tempo de conseguir todas essas coisas.
- Eu vou ser pai? Caralho eu vou ser pai, porra! - Ele larga a caixinha na mesa e me abraça nos deitando na cama.
Eu o conheço a muito tempo, e eu nunca o vi chorar. Desde que ele deu o carro pra mãe dele, ele se bloqueou de expor os seus sentimentos. Mas parece que a notícia fez a chave virar.
- Eu te amo. Eu te amo Livia! Eu prometo que eu vou o melhor pai que você pode imaginar, e eu jamais vou abandonar o nossos bebê igual o meu pai fez comigo.
- Eu sei que não vai, amor. - Acaricio seu rosto que estava próximo a minha barriga. - Eu tenho um orgulho imenso de quem você é, do homem que você é. E eu tenho certeza que esse neném aqui, vai ter muito orgulho ao falar de você.