2 - Parque

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Roier observava o loiro enquanto seu horário de almoço já se aproximava. Cellbit também estava o observando de vez enquanto, era engraçado como em quando ele não desviava o olhar, mesmo que de longe, ainda poderia ver a timidez tomar conta do moreno.

Agora Roier atendia um cliente quando a entrada de alguém na floricultura é avisada pelo barulho de um sininho. Quando olha para a porta suas bochechas coram ao ver o loiro observando as flores ao seu redor.

– Obrigado. – o cliente disse com um largo sorriso no rosto após pagar pelas flores que havia comprado.

– D-de nada, eu que agradeço. – a pessoa acena com a mão e sai do estabelecimento. Com isso o loiro se aproxima do balcão.

– Olá Roier. – ele apoia os braços no balcão. Roier tenta controlar sua respiração ao estar perto do maior, mas não consegue conter o vermelho em suas bochechas.

– O-oi Cellbit. Precisa de alguma coisa?

– Na verdade, tá livre no seu horário de almoço? – Roier abre e fecha a boca sem saber o que dizer. Surpreso na verdade. Cellbit estava o chamando para sair? Suas flores fizeram efeito? Mas Cellbit não sabia que ele quem pôs as flores em seu apartamento.

– To sim. – disse sorridente. – Na verdade, meu horário de almoço é exatamente agora.

– Perfeito então. – Cellbit retribuiu o sorriso.

– Só um segundo. – Roier corre para os fundos da loja, la ele tira seu avental e veste seu moletom. – Prontinho, vamos.

Assim, os dois seguiram juntos e conversaram sobre coisas do dia, como o clima, vizinhança e etc. Até chegar em um outro assunto. Estavam distraídos no parque enquanto comiam coxinhas que haviam comprado em uma lanchonete qualquer.

– Então você só me chamou pra comer uma coxinha e falar de como os vizinhos são barulhentos? – Roier disse enquanto ria.

– Na verdade não. – Roier volta a atenção ao loiro. – Aconteceu uma coisa recentemente e eu tô investigando isso, sabe? – o moreno gela. – Você me ajudaria com isso? – Roier engole o último pedaço de sua cozinha, este que desce rasgando em sua garganta.

– Tá bom, mas eu não sou muito bom nessas coisas de investigar. – disse batendo seus dedos na lata fria de refrigerante. Para ele, Cellbit estava o olhando como se estivesse o julgando. Se lembrou de seu primeiro ex, quando foi interrogado pelo desaparecimento dele, pena que ele era um bom ator. Nunca acharam o corpo, aliás.

– Você se lembra de vender amarantos a alguém recentemente na floricultura? – Roier treme.

– N-no, não. – Cellbit o olha estranho. Roier se culpa por ter gaguejado, e o pior, não ter contido o espanhol. O loiro o desestabilizou totalmente.

– Fala espanhol?

– A-ah, es que... Eu vim do México. – sorriu sem graça.

– Humm, isso é bem interessante. Por que nunca me contou? – Cellbit deixou um leve sorriso em seu rosto mesmo com seu interior queimando por saber que Roier era o autor do ramo de amarantos. Mas talvez isso seja apenas uma suposição. – Mas é claro, nós quase não nos falamos.

– Poisé. – riu. – Nós nos vemos só de manhã.

– Deveríamos sair mais, não acha?

– Creo que si. – disse bobo e com as bochechas cor de rosa.

– Preciso ir, Guapito. – nesse momento Roier também poderia ser chamado de pimentão de tão vermelho e envergonhado estava pelo apelido. – Acabou de dar o meu horário. – Cellbit se levanta e Roier também.

– A-ah... Eu vou indo também, Gatinho.

E sim, Cellbit ficou paralizado e com as bochechas rosadas, não esperava o apelido. Mas ai ele se lembra de que talvez esse cara que deixou seu coração quentinho talvez seja o maluco dos amarantos.

Mas Roier não parece ser o tipo de pessoa que faz isso. Ele é tão lindo.

Não que pessoas bonitas não possam cometer atrosidades, um exemplo é o próprio Cellbit. Mas mesmo assim, o moreno o encanta. Poucos conseguiram ascender nem que seja apenas uma chama no coração do loiro, algo que Roier com apenas seu jeito tímido conquistou.

Os dois estavam bem perto. Roier levantava levemente seu rosto para que conseguisse encarar as lindas íris azuis de quem sabia ser o assassino a sua frente. Ja Cellbit o olhava captando cada detalhe no rosto do moreno que poderia ter o ameaçado com flores e uma foto.

Talvez a adrenalina de perigo que os dois gostam de sentir não fosse encontrada apenas em cometer crimes e a qualquer momento ser descoberto. Talvez também em querer beijar alguém que ou pode te levar para a cadeia ou te matar alí mesmo.

Com certeza toda a cautela que Cellbit possuía em cometer assassinatos nem mesmo sequer pensou em existir enquanto acariciava os detalhes que antes apenas observava com as mãos. Roier aproveitando o carinho fechou os olhos e deitou a cabeça sobre o toque quente do maior.

– Eu vou acabar ganhando uma bronca se continuar mais um segundo aqui, Roier. – o menor segurou sua mão e o olhou com o mais lindo olhar que Cellbit poderia ver em toda a sua vida.

– Vamos. – sorriu com as bochechas rosadas.

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Bom dia gente<3

Por hj é só<3

Espero que tenham gostado<3

Tava precisando de coisas mais suavizinhas de escrever hehe <3

Obg por td e é issu <3

Flores e Sangue - Guapoduo - Obsesseduo -Onde histórias criam vida. Descubra agora