3 - Coração

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Cellbit estava nervoso.

O que caralhos foi aquilo com Roier? O que tem naquele olhar doce e tão inocente, ao mesmo tempo que perigoso? Por que ele queria parar para analisar cada uma de suas pintinhas e descobrir se tem mais debaixo daquele moletom? Por que ele queria dar nome às constelações que elas formariam?

Por que ele sentiu uma vontade tão desesperadora de saber qual era o gosto daqueles labios que perderam o brilho do gloss que o mexicano usava enquanto ele comia? Por que ele reparou nisso?

Seu coração era envolto num aperto em seu peito. Parecia mais que o moreno estava o segurando firmemente enquanto poderia fazer o que quisesse com ele.

Estava atoa na cafeteria, era o momento após o almoço quando as pessoas, se já não houvessem ido, estavam voltando ao trabalho. Agora estava totalmente sozinho, seu colega havia saído para seu horário de almoço.

Finalmente olhou o que fazia, estava desenhando em seu bloco de anotações. Roier. Em vários ângulos diferentes. Do mesmo jeito com o que o viu no parque. Cada uma de suas pintinhas em seu devido lugar, as covinhas fofas ao sorrir, os olhos castanhos avermelhados e brilhantes enquanto falava sobre coisas aleatórias, seu piercing que refletia o Sol e como sempre as bochechas ruborizadas. Não era o melhor desenhista mas Roier era a inspiração perfeita.

Olhou para frente tendo uma vista previlegiada da floricultura. Roier sorria enquanto um cliente saia da loja correndo com uma rosa vermelha em mãos. De que flor o moreno gostaria? Se perguntou.

Roier desviou o olhar divertido do cliente e o colocou no loiro, logo se assustando por já estar sendo observado. Cellbit acenou de longe vendo o mais novo acenar de volta. O corações dos dois dispararam em um ritmo quase sincronizado mesmo que nem perto estivessem e sentissem o outro.

Com um apertimho gostoso no coração uma ideia surgiu na mente do assassino. Coração?

...

Era de tarde quando seu turno acabou. Nesse horário não encontrava o mexicano porque seu turno se estendia até bem tarde.

Era para ser rápido. O primeiro maluco que aparecesse no parque abandonado da cidade serviria como sacrifício para sua obses- digo, paixão.

Já havia usado aquele lugar uma vez para seus assassinatos, um dos primeiros. A polícia nem ligava tal acontecimento a si. Esse havia sido seu primeiro assassinato e so acharam os restos mortais da pessoa, nunca o reconheceram.

O que "ninguém" sabiam era que seus assassinos ja aconteciam a longa data mas em menor frequência. O loiro também os escondia. Normalmente descobria o nome das vítimas em cartazes de desaparecidos.

O que o levou a ser mais "descuidado" foi 1 a fama e 2 ver parentes das vítimas falando na tv e jornais que ainda acreditavam que seus entes queridos ainda estavam vivos.

Fumava despretensiosamente enquanto observava uma trilha que normalmente é usada por adolescentes que gostam de se aventurar e fazer besteira. Ouviu passos e quando olhou com um pouco mais de atenção pode ver um garoto.

Ou uma garota? Estava totalmente coberto com calça e blusa moletom preto, apenas sendo possível ver seus cachos caindo sobre o rosto. Tinha no máximo 15 anos e ja estava com a porra de um cigarro na mão enquanto soltava a fumaça.

Que bom que queria apenas o coração porque o pulmão ja deveria estar podre.

Apagou o cigarro e esperou com que ele se aproximasse de seu esconderijo. O garoto não teve tempo de reação ao ter a garganta cortada e começar a perder sangue e mais sangue.

Cellbit o soltou antes que pudesse se sujar muito, o deixando cais quase sem vida. O garoto leva suas mãos até o pescoço enquanto se engasga com o próprio sangue. Até que para os movimentos.

O assassino se abaixa ao seu lado e começa o trabalho até que delicado da retirada do coração.

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Olaaa!!!

Espero que tenham gostado<3

To demorando um tempinho pra postar, maaaaasssss

Talvez até hj ainda eu poste mais um cap <3

Obg por td e é isso<3

🩷

Flores e Sangue - Guapoduo - Obsesseduo -Onde histórias criam vida. Descubra agora