Capítulo 7

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 *Antes que comece, convido você para ler "Para Todo O sempre Serei Seu"! Corre lá!  É um bagulho cheio dos paranauês sobrenaturais(+18). Você vai entender que nem tudo é o que parece...                 

Capítulo 7

Foi estranho não ter Nathan ao meu lado, quando o carro parou. Foi estranho, eu não ter Gretha me olhando com um olhar de censura, quando abria a porta e eu reclamava. Foi estranha, ter Lucius abrindo a porta do carro, e me seguindo como uma sombra. Não que eu não gostasse de Lucius... na verdade, eu gostava do grandão, do tamanho de uma montanha, mas, a aquela sensação de ficar perto de homens, estava ainda mais insuportável. Até cheguei a pensar, que tinha sido uma péssima ideia voltar a trabalhar. Eu sabia que ele estava ali para me proteger, e faria isso muito bem. Ele parecia entender de alguma forma, o meu desconforto, e mantinha uma distância, bem significativa, de mim. E eu agradecia a Deus, por ele perceber.

E lá estava eu na frente do The Poster, pronta para trabalhar. Não vesti minhas habituais roupas... Resolvi usar uma saia preta, que ia até os joelhos, e tinha uma cintura marcada, junto com uma blusa branca de mangas e um lindo... tênis. Eu poderia não ser a mulher mais bem vestida do mundo, mas eu tinha tênis vestindo meus pés. Acho que salto naquela situação, não cairia bem. Não quando o meu pé, ainda não estava cicatrizado por completo. Quando passei pela recepção lotada, todos se viraram para me olhar. Eu até que estava com a cara boa... quer dizer, eu não fiz questão de esconder os hematomas roxos e esverdeados, que decorava meu rosto e para falar a verdade, não estava querendo me importar com aquilo. Não quando eu não queria que as pessoas, me vissem como a "coitadinha".  Eu estava pronta para encarar um leão....

— O que você pensa que está fazendo, aqui? — um leão seria melhor, do que enfrentar o meu chefe. Me virando, olhei para ele, que estava visivelmente irritado com a minha presença. Elijah era do tipo bom moço, mas no tamanho de um lenhador, daqueles livros eróticos de banca... com direito a sorrisinho fofo, e cativante, misturado com uma beleza incrível. Mas, acima de tudo, eu o respeitava pelo homem incrível que ele era, e o profissional espetacular, no qual eu me espelhava desde o dia que tinha começado a estagiar no jornal dele, que era a sua vida.

— O que você acha? — mas, não era porque ele era o meu chefe, que eu baixava a cabeça para ele, apesar de preferir encarar um leão com cem vezes o seu tamanho.

— Qual a parte do "você está de licença", não entrou na sua cabeça? — perguntou aborrecido.

— Lizzie... — a coisa mais linda e de bochechas rosadas, saiu de detrás daquele homem enorme, por quem ela era apaixonada. Tati com seus cabelos longos e loiro, em um vestidinho verde, que combinava com os seus lindos olhos — o que você... — ela se calou, quando olhou para Elijah, que estava em ponto de explodir — Ah... — sussurrou, se afastando um pouco dele.

— Ah... mesmo — explodiu Elijah, chamando a atenção de todos. Como se isso fosse possível, já que eu tinha um letreiro luminoso na testa "Fui estuprada", bem grande e chamativo — olha pra você, ainda está toda roxa. Que merda Radzimierski!

— Eu... — cantarolei, dando de ombros. E ele me olhou como se eu fosse um bicho de sete cabeças...espera era como... uma Hidra — não posso ficar em casa, Elijah... então, eu resolvi trabalhar — quando terminei de falar, o telefone dele tocou, e irritado, ele atendeu.

—Hunter— eu tinha certeza, que ele estava procurando variadas formas de me queimar, apenas com aquele olhar — mas... — soltou ríspido — não acho isso certo... eu vou fazer isso. Pode deixar, eu cuido dela, bem melhor do que você — desligou. Merdaaaa!

— Nathan.

— Isso — confirmou — você não vai mais ficar na sua mesa.

— Oi?

Rendida - 2 livroOnde histórias criam vida. Descubra agora