Rendida - 2 livro

Capitulo 14

SEM REVISÃO

Capitulo 14

Matt Bronw.

Matt era um cara legal, tinha si formado em jornalismo, mas gostava de ficar atrás das câmeras. Ele não gostava de ser subjugado, ou rejeitado. Na verdade, o maior defeito dele, era ser direto demais no que falava. O problema em ser direto demais, era que normalmente ele ganhava um tom rosado no rosto. Uma tapa, de todas as mulheres que ele resolvia ser direto, e muitas vezes, honesto com relação aos defeitos dos outros sem olhar para o próprio umbigo. Até que um dia, ele resolveu ter a brilhante ideia de que eu era a escolhida dele. Nem por um segundo, achei que ele fosse um tipo de homem que ele mostrou ser. A caminho de casa, ou melhor, do apartamento de Nathan, me peguei pensando nas vezes que ele brincava comigo, se insinuando, mas sempre mantendo distancia. Das vezes que rimos, e dos momentos de total descontração.

Tudo mentira.

Ele tinha me beijado a força, mas daí querer me ferir daquela forma... eu não queria aceitar. Não tinha como acreditar que ele tinha feito aquilo.

"Não tenho culpa, de ter me apaixonado por você" – essas foram às palavras dele. Que tipo de amor, faz o que ele fez comigo? Nunca tinha nutrido qualquer tipo de sentimento com ele, e nem tinha dado a entender que ele poderia se aproximar de mim. Eu queria chorar, mas as lágrimas não vinham. Parecia que tinham secado, mesmo com a vontade de derramá-las.

Quando entrei no apartamento, de repente, não queria estar ali. Não queria ficar sozinha, mesmo com Lucius do lado de fora, na porta, e mais três seguranças na entrada do prédio. Relutante e cansada, fui andando para me sentar no enorme sofá, e imediatamente o apartamento amplo e arejado, não era mais tão amplo e arejado, quando eu me encolhi na posição fetal, perdida em pensamentos.

— Lizzie — aquela voz eu conhecia. O calor daquela mão eu conhecia. Nathan estava ao meu lado, afagando meus cabelos, enquanto eu permanecia de olhos fechados. Sua voz era calma, porém, preocupada.

— Ele era meu amigo... — murmurei com a voz triste e angustiada, ainda de olhos fechados.

— Sinto muito — ele fez uma pausa, mas ainda manteve sua mão no meu cabelo.

— Eu nunca alimentei nada... — minha voz saiu quase sem som — nunca. Nem quando ele tentou me beijar...

— Ele tinha tentado beijar você? — Droga... eu não tinha contado para Nathan que ele havia me beijado, dias antes de eu me encontrar com Nathan na "Heated Fox", uma de suas casas noturnas. O que mais me deixou alarmada, foi como o tom de voz de Nathan mudou de calmo, para estranhamente fria. Foi isso que me obrigou a abrir os olhos, para olhar o seu rosto com as linhas rígidas, e seu maxilar tenso. Seus olhos azuis assumiram um fogo que eu nunca tinha visto na minha vida. Era algo perigoso. Nada parecido como quando eu o vi atirando a sangue frio na cabeça de um homem, na noite em que eu fui estuprada. Seus olhos brilhavam, ou melhor, cintilavam de puro ódio.

— Ele me beijou... — vi aos poucos os olhos de Nathan se arregalarem, e depois se fecharem lentamente, enquanto ele passava a mão pelo cabelo, com muita força.

— Preciso de uma bebida... — quando ele se afastou de mim, senti medo. Aquele medo de ser rejeitada. À medida que ele se afastou, me senti sozinha. O corpo grande, e musculoso de Nathan andou ante o bar que tinha perto da grande janela de vidro, que dava para ter uma vista panorâmica da cidade. Ele apoiou as mãos sobre a bancada, e abaixou a cabeça respirando fundo, ainda de cabeça baixa, pegou a garrafa de uísque e despejou uma quantia considerável do liquido no copo, bebendo tudo de uma única vez, pousando ele ruidosamente sobre a bancada. Nathan repetiu isso quatro vezes. Eu já estava sentada no sofá, quando o vi arremessar o copo contra a parede com força, fazendo pedaços de vidro se espalhar para todos os lados. Aquilo não me assustou...