Rendida - 2 livro

Capítulo 13

Capítulo 13

Minha noite foi terrível. Não conseguia dormir direito, e quando os primeiros raios de sol despontaram no teto, eu me vi exausta. Nathan tinha dormido e parecia tranquilo e completamente sereno. Não queria acordar ele, quando me levantei da cama e sorrateiramente, fui até o banheiro lavar meu rosto e escovar meus dentes. Minha cabeça estava pegando fogo, de tanto pensar em como seria o treinamento. Em como seria saber me defender melhor...

— Alguma coisa está errada meu doce, o que é? — soltei um gritinho, devido ao susto. Não esperava que ele estivesse acordado e nem tinha percebido que ele tinha levantado — você não dormiu.

— Não é nada — menti, tentando soar o mais verdadeiro possível. Na verdade, duvidava muito que Nathan acreditasse, mas tinha esperança que ele achasse que era frescura de mulher, ou coisa do tipo – outra coisa que eu duvidava muito.

— Hoje tenho que ir ao senado — começou a falar e se aproximar de mim, envolvendo minha cintura com suas mãos quentes e firmes — uma reunião sobre a campanha, e para saber como anda os números.

— Tudo bem — sorri, e ele arqueou a sobrancelha, preocupado.

— Tem certeza que não tem nada de errado?

— Nada — era claro que ele não tinha acreditado em mim — acho que vou ficar resfriada... — Nathan assumiu uma expressão seria, e uma linha fina e rígida nos lábios, mas, apenas balançou a cabeça concordando e saiu para o banho.

Nathan, apesar de não ser um senador, e ao mesmo tempo ser um, estava subindo nas pesquisas, a não ser pelo fato da namorada dele nunca o acompanhar nos eventos. Isso não tinha me incomodado até o momento em que ele apareceu com o convite. Não queria ser grossa, e rejeitar, mas, não me sentia confortável sendo uma das atrações. Depois do almoço, e ter a guarda de Lucius sempre a minha disposição, recebi uma mensagem dele.

"Hoje teremos um evento de ultima hora, e preciso da mulher da minha vida junto a mim. Será um evento Black tie, e espero que você aceite, pois quero mostrar a todos, a mulher exuberante que dorme comigo, e que eu amo. Por favor, diga que sim".

Ele tinha quer lindo, e me fazer aceitar algo, que estava fora dos meus hábitos.

"Será um prazer ficar ao seu lado. Aceito".

"Casar?" — ele sabia que isso iria me fazer sorrir. Teimoso.

"Talvez".

"Ansioso pelo SIM. Te amo, e tenha um ótimo dia".

"Te amo, e em breve você terá um sim".

Alguém bateu na porta. De repente, um calafrio tomou conta do meu corpo, e todos os pelos se eriçaram. O homem loiro de 1,84 cm, de porte nem atlético e nem magrelo entrou na minha sala. Ele tinha aqueles olhos verdes, quase acinzentados, que no momento em que eu os encarei, me deu vontade de vomitar. Não sabia direito o que tinha de errado, mas o meu cérebro mandava mensagens, de que era para eu correr. Mas, eu o encarei, ergui a cabeça e endireitei os ombros, sem dar o menor sinal de que tinha lago errado. Não tinha para quê, eu me sentir daquela forma. Aquele era o Matt, que mesmo depois de tudo, eu ainda o considerava amigo, ou achava que ele era, ou queria acreditar que ele era. Mas isso era o que eu queria pensar. Matt usava uma calça desbotada jeans azul, e uma camiseta quase colada ao corpo, e usava também um tênis preto. Ele parecia não dormir bem há dias, com o cabelo bagunçado, e isso estava evidente em suas olheiras, quase roxa, ao redor de seus olhos.

— Oi — disse ele, colocando as mãos nos bolsos da calça, e me olhando por baixo dos grossos cílios loiros. Tinha que ser coisa da minha cabeça, aquela sensação ruim que tomava conta do meu corpo.