Prólogo

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Oi gente, criando uma coisa nova aqui que apareceu na minha cabeça depois de meses obcecada por esse casal, eu espero mesmo que apreciem. Não tenho dias específicos para atualizar, vai depender da inspiração, mas prometo não demorar.

Algumas informações, as meninas (filhas) são a Sabrina e a Jade, respectivamente, por enquanto é isso.

Espero de coração que gostem, boa leitura!

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Natália

Natália contemplava a vista serena de sua bela propriedade, uma herança dos pais. Da varanda, podia apreciar a vasta área verde, o orquidário que seu irmão Pedro insistiu para que mantivessem, tornando-se agora um hobby quase terapêutico para ambos. Seu olhar se demorou em sua cadelinha Carrie, que corria pela borda da piscina, brincando com bolinhas de borracha, às vezes hesitante entre pular ou não.

Para Natália, a vida se desenrolava nessa tranquilidade. Com a fotografia como sua amante, uma paixão desde a infância, aprendeu a enxergar os momentos com uma profundidade única. Cada segundo captado por seus olhos era cuidadosamente armazenado na memória.

Observando atentamente Carrie — seu rabinho abanando, o latido contido, a língua para fora denotando cansaço —, seu olhar foi atraído por alguém emergindo na água. A pele branca se destacava sob a luz do sol refletida, os cabelos mais escuros do que o habitual por estarem molhados. Quando parte do corpo emergiu completamente, os olhos verdes claros brilharam como cristais, e um sorriso iluminou o rosto ao ouvir a risada ecoar pelo ambiente. Era Júlia, sua filha — o maior amor de sua vida.

Seus olhares se encontraram quando Júlia sentiu que estava sendo observada. Era como se estivessem conectadas. Natália sempre sentiu essa conexão psíquica com as pessoas que amava, seja com sua filha, seu irmão gêmeo Bruno, ou mesmo seu irmão Pedro. Era como se estivesse tão ligada a eles que fosse capaz de sentir suas presenças antes mesmo de estarem próximos. E talvez tenha passado um pouco disso para sua pequena Júlia, que, embora já não fosse tão pequena, com seus 15 anos, Natália sempre a veria como seu bebê.

— Desce aqui, Mema! — gritou a garota lá embaixo, a mão cobrindo os olhos do sol para poder continuar olhando para a mulher na varanda. "Mema", o apelido que Júlia inventou aos 5 anos, recusando-se a chamá-la de mãe, querendo algo único para ela.

— Por que Mema? — perguntou Natália, quando ouviu a filha chamá-la assim pela segunda vez, enquanto se preparavam para jantar.

— Todo mundo chama a sua mãe de mãe, mamãe ou mami. Eu não quero ser como todo mundo, quero algo exclusivo para chamar você, algo que você ouça e já saiba que sou eu — explicou a pequena gênia. — Mema eu inventei, e isso significa eu e você. 'Me' sou eu, 'ma' é você. Assim, eu sempre estou com você, e você comigo — disse, como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.

Isso quer dizer que eu também posso te chamar assim? — a garota parou e olhou para sua mãe atentamente, pensando em sua pergunta.

— Eu acho que sim. Pode ser um apelido só nosso" — respondeu, sorrindo para a mãe.

Natália voltou a si, percebendo o quanto aquele simples apelido ainda a emocionava. Era uma linguagem só delas, uma cumplicidade especial. Sua filha era o que tinha de mais precioso na vida, e toda vez que pensava nela, tudo parecia mais bonito. Júlia definitivamente era o que dava a ela todas as razões para viver.

Ligadas pelo amor - NarolOnde histórias criam vida. Descubra agora