Se existe algo minimamente bom ao seu redor,
Agradeça os cadáveres
Que lutaram em um distante tempo
Quando ainda se moviam.
Injustiçados em um mundo
Onde quem vê é cego
E quem é cego vê.
Abra os olhos pros corpos frios que ainda se movem
E veja de verdade
Não somos soldados,
Somos o campo de guerra.
As guerras de hoje em dia
Não precisam mais de soldados,
Nós somos o território disputado.
Os cadáveres continuam aumentando
E todo mundo sabe o que acontece com o campo de guerra no final.
Se essa guerra não nos destruiu ainda
Por favor,
Agradeça os cadáveres.
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A Garota que Engolia Navalhas
PoesíaDesespero, desesperança, insuficiência, murmúrios, lamentos e criação. Tecendo com os fios da própria agonia como uma navalha afiada, cortando fundo nas feridas da própria existência fragmentada. Descubra a beleza sombria dos poemas que emergem de u...
