Capítulo 13 - " Brother, friend, or...? "

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⚠️🚫Contém gatilho: leia com cuidado🚫⚠️

"Porchay"

Inicialmente, pensei que meu irmão fosse dirigir para nossa antiga casa, mas Kinn disse por mensagem para ir para outro lugar. Uma casa que ele mesmo alugou um pouco mais longe. Eu não compreendia o que estava acontecendo e isso me assustava, mas desde que entrei nesse carro, não deixei de me sentir fora de órbita, como se estivesse em outro corpo e perdido. Era um sentimento horrível.

Quando finalmente o carro parou, foi quando percebi o local onde estávamos, havia bastante árvores ao redor. Eu gostava de natureza, mesmo que agora, não enxergasse beleza em nada. Porsche saiu rápido vindo abrir a porta para mim. Já fora do carro, reparei que era uma casa pequena, porém muito bonita apesar de afastada da cidade.

Segui Porsche para dentro. A casa era confortável, seria bom ficar aqui, mas a curiosidade me aguçava.

Chay — Hia, o que está acontecendo? — Precisava saber, precisava entender por que... por que ele me deixou novamente.

Conhecia meu irmão e sabia que ele estava evitando me dizer algo, e isso me preocupou. Podia ser algo sério. No fundo, de forma egoísta, eu torci para que fosse, para que algo tivesse acontecido e não somente porque fui magoado novamente.

Porsche — Nada, realmente não sei de nada, Chay — era isso? Podia não haver nada?

Sentei no sofá que havia na pequena sala, me sentindo derrotado. Me peguei pensando se devia ter ouvido Macau, mas pensar em Mac me fez lembrar o quão magoado eu estava com ele também.

Porsche — Tenho certeza que logo tudo voltará a ser como antes... — ri sem ânimo e o encarei.

Chay — Não precisa tentar me consolar, pode falar, você também achou que ele me deixaria, não? — Podia estar sendo insensato, pois Porsche me encarou com muita surpresa.

Porsche — Claro que não! Eu somente não sabia que vocês... tinham tido algo — Sorri melancolicamente. "Tivemos", é, isso parece certo.

Chay — Eu achei... — importa ainda? Talvez não. Pude sentir meus olhos cheios novamente e comecei a rir em meio a lágrimas. — Achei realmente que teríamos um futuro, dá para acreditar?! Eu... eu realmente...

O choro foi instantâneo. Senti o mais velho me puxar para um forte abraço, onde eu deixei toda minha frustração sair. Mal sabia o que estava dizendo, eu só não queria sentir mais essa dor, não queria sentir mais nada disso.

Porsche — Você ainda o ama, certo? — Não, deveria ser essa minha resposta. Mas seria mentira, e isso só fez a ardência em meus olhos aumentar. Me perguntava se era normal produzir tanta água assim em um dia.

Chay — Sim... eu... eu o amo com toda minha alma, todo meu ser. Eu sinto falta dele, mas não quero sentir! Não quero! — Os braços em minha volta se apertaram, e eu agarrei Porsche mais firmemente, tentando segurar os gritos que queriam sair. Estava cansado de gritar, cansado de chorar.

Cansado de amar.

Porsche — Eu prometo que isso vai passar, vai melhorar... vai melhorar... — Eu desejei com todas minhas forças que fosse verdade, mas eu sabia que não.

Não iria melhorar, não aguento mais, meu coração não aguenta mais. Estou em frangalhos, chega, não quero mais sentir, não quero mais sentir saudade dele, nem vontade de abraçá-lo, nem querer beijá-lo, muito menos a vontade de ser totalmente dele. Eu não quero mais, então por que eu continuo o chamando?! Gritando seu nome repetidas vezes?! Eu sou um idiota, amar sempre será minha maior fraqueza.

Redemption: Last ChanceOnde histórias criam vida. Descubra agora