Samael pressionou minha mão contra o volume com mais força, guiando em movimentos para cima e para baixo. Seus lábios voltaram aos meus, me beijando com mais intensidade e desejo. Ele continuava movimentando minha mão abaixo da sua até sentir a necessidade de um contato mais íntimo; Samael parou os movimentos antes de guiar minha mão até a barra de sua calça, enfiando ela ali. Não consegui continuar o beijo e quase engasguei. Samael sorriu com os lábios colados nos meus antes de os afastar um pouco. Ele tirou o pau para fora da calça e devolveu minha mão sobre ele, auxiliando nos movimentos. Como reflexo, tirei minha mão dali. Samael começou a se afastar. Me levantei conforme ele me dava espaço, ainda muiito próximo. Já sentada, Samael me encarava.
— O que você vai fazer? — minha voz saiu quase em um sussurro.
— Eu não vou fazer nada... Você que vai. De joelhos.
O olhei por alguns segundos, vendo-o se afastar mais. Assim que abri a boca para dizer algo, ele cortou:
— Se está pensando em implorar, desista — ele se encostou no balcão. — se está pensando em correr, deveria vestir uma roupa antes e, lembre-se, eu vou te achar e se está pensando em chorar... Isso não vai me parar. Você sabe, não sabe?
Ficamos em silêncio por alguns segundos. Não pretendia fazer ou dizer nada disso então, apenas dei de ombros e peguei minha garrafa de 51, que jazia no fim. Bebi um gole, finalizando o que restava ali. Voltei a olhar para Samael antes de estender a garrafa para ele.
— Eu só queria te pedir mais uma garrafa. Uísque, tem no armário a sua direita.
O homem sorriu mais conforme eu dizia. Ele se aproximou e tomou a garrafa de mim. Em pouco tempo, ele trazia o uísque pedido. O estendeu para mim, porém, não o entregou de fato. Se aproximou e colou nossos corpos novamente, me prendendo contra si enquanto apertava minha cintura. Seu rosto se aproximou numa tentativa de um beijo, entretanto, virei meu rosto. Samael sorriu antes de beijar minha bochecha.
— Está tentando ficar bêbada? — sussurrou.
Ele mordeu o lóbulo da minha orelha e eu me encolhi com um arrepio indesejado.
— Ou quer apenas os meus cuidados? — senti seu sorriso se alargando.
— Quero apagar antes que eu consiga sentir seu gosto.
Ele riu, então se afastou. Me olhou, esperando que eu o obedecesse. Por mais tonta que estivesse, ainda sabia que ele estava ali, ainda estava acordada, consciente. Não era o suficiente. Abri a garrafa e bebi um gole tão grande que senti vontade de vomitar. Velhos tempos. O sentimento de nostalgia me invadiu. Há alguns anos, eu costumava acordar em portas de bar, suja e, muitas vezes, coberta pelo meu próprio vômito. Tempos ruins mas, ainda assim, nostálgicos.
De maneira pouco estável, ajoelhei no chão, ainda com a garrafa na mão. Hoje, qualquer bebida alcoólica seria minha maior aliada. Samael assistiu com atenção antes de se aproximar. Segundo ele, adorava as que o obedeciam sem questionar mas, sinto que também gostava das que o desafiam porque, assim, ele as educava como preferisse. E acho que ele está apenas esperando um deslize meu para me adestrar como se fosse um cachorro.
Samael tocou meu rosto, pegando os fios de cabelo que ultrapassaram minha face e, em seguida, o enrolando em sua mão. Mesmo sem ver seu rosto, sabia que estava com aquele sorriso. Ele deu alguns puxões de leve, meio que confirmando que estavam presos o suficiente para machucar a caso ele puxasse. Depois, puxou com força, erguendo meu rosto. Como esperado, ele estava com o sorriso estampado na cara. Sustentou o olhar por alguns segundos antes de abrir a calça. Assim, empurrou meu rosto para frente, com meus lábios tocando seu pau. Me encolhi e tentei recuar, mas ele insistiu, empurrando minha cabeça.
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𝕯𝖊𝖒𝖔𝖓í𝖆𝖈𝖔 - 𝕯𝖆𝖗𝖐 𝕽𝖔𝖒𝖆𝖓𝖈𝖊 (CANCELADO)
HorrorO que você faria se acordasse de madrugada, imóvel, com um belo homem te encarando? Ágatha decidiu acreditar fielmente que isso era apenas um sonho e, eventualmente, ignorou - ou tentou ignorar - suas aparições. Mas isso se tornou impossível quando...