13 - Do vinho para a água

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— Já chega — gemi.

Samael segurava meu quadril enquanto estocava dentro de mim. Eu já tinha gozado duas vezes seguidas. Minha buceta estava ardendo e eu não via a hora de parar, tanto que estava quase implorando.

Ele se debruçou sobre mim, agarrando meu pescoço e sussurrando em meu ouvido. Senti sua respiração na minha pele

— Quantas vezes você já gozou, putinha?

Incontáveis vezes.

— Isso importa? — murmurei.

— Claro que importa, — sorriu — se você gozou, eu tenho o direito de gozar também, não?

Engoli em seco, cansada disso.

— Goza na minha boca, por favor.

Ouvi um riso dele. Sua mão foi até o meu rosto e deu dois tapinhas.

— Está com tanta vontade de parar assim?

— Nãooo... — revirei os olhos — é óbvio que eu só quero sentir seu gosto.

Ele sorriu mais, então, se levantou, porém, ainda dentro de mim.

— Se quer tanto que eu pare, terá que me fazer um favor.

— Hum?

— Vai se livrar do corpo da sua namoradinha... Bom, ex-namoradinha.

Meus olhos abriram um pouco mais. Ele estava propondo que eu enterrasse o corpo da minha namorada, a qual matou na minha frente. Um arrepio percorreu todo meu corpo que havia se tornado rígido como antes.

Samael revirou os olhos e endireitou o corpo um pouco mais.

— Claro que você não tem que fazer isso. Se você não quiser, pode ficar aqui e me deixar gozar dentro de você, hum?

Ele se debruçou em cima de mim, arrastando o rosto até o meu pescoço e iniciando uma sequência de beijos molhados em minha pele. Me mantive imóvel, sem conseguir reagir a isso.

Em tão pouco tempo, esqueci que havia acabado de matar o amor da minha vida. E agora, eu tinha que escolher entre deixar meu abusador gozar dentro de mim, ou enterrar a mulher que eu amava.

— Sai de cima de mim — disse com um fio de voz.

Samael não parou de me beijar imediatamente. Mas, depois de alguns segundos, arrastou os lábios até os meus numa tentativa de beijo, porém, eu balancei o rosto agressivamente. Vendo que ele não sairia de mim, comecei a empurrá-lo.

— Eu tô mandando! Sai de cima de mim, porra! — quase gritei.

O empurrei com força e ele parou de resistir. Se levantou, irritado. O empurrei mais até que ele estivesse fora de mim.

— Que merda é essa? — juntou as sobrancelhas.

— Não encosta em mim, cacete! — me ajeitei na cama, agarrando a coberta e me cobrindo como pude. — vai embora, porra! Some daqui!

Samael franziu a testa e me encarou por alguns segundos antes de sua face se dissolver em um sorriso de canto. Ele cobriu o rosto e começou a rir. Rir alto. Me encolhi com medo.

— Ágatha, Ágatha — ele murmurou entre uma risada. Então, baixou a mão e me encarou. — agora quer que eu vá embora, é?

Engoli em seco e desviei o olhar, pensando no que responder.

— Você não queria que eu fosse embora quando estava te fazendo gozar, queria? — se aproximou.

— Fica longe de mim! — gritei.

𝕯𝖊𝖒𝖔𝖓í𝖆𝖈𝖔 - 𝕯𝖆𝖗𝖐 𝕽𝖔𝖒𝖆𝖓𝖈𝖊 (CANCELADO)Onde histórias criam vida. Descubra agora