✿| Sob pressões, sob luzes.

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Boa leitura!

💐

Park Jimin:

Já são sete e meia da noite e eu ainda não fui jantar, porque permaneço no meu quarto estudando e preparando minha tese. Eu poderia sim fazer uma pausa, mas quero evitar sermões dos meus pais. É sempre a mesma coisa quando decido que preciso dar um tempo de estudar e descansar um pouco. "Não pode se dar ao luxo de relaxar. Se você quer ter sucesso, precisa se dedicar vinte quatro horas por dia." ou "Você é tolo se pensar que pode ganhar na vida com a arte". As frases podem até mudar, mas a mensagem é mesma. É tão desgastante conviver com isso.

Desde pequeno venerei a arte, amo desenhar e honestamente, sou ótimo nisto - sem querer ser presunçoso -. No início, meus pais não se importavam, me achavam fofo e peculiar. Mas, isso mudou quando aos treze anos, eu decidi que seria uma boa ideia seguir carreira e contar para eles. Aí, tudo desmoronou. Não sei bem o porquê dessa obsessão toda em moldar o meu futuro, e também não sei o porquê de cismarem que eu deveria cursar direito. Poxa, eles já pararam para pensar que no quanto estou infeliz fazendo algo que não quero?

Enfim, as coisas nem sempre funcionam como a gente quer. Pelo menos eles não me proibiram de fazer arte, contanto que eu não insista em seguir carreira, apenas utilize como hobby. Mas... Estou com tanta fome, talvez eu dê uma olhada no que tem para o jantar. Largo o lápis e retiro meus óculos para ir até a cozinha. Quando saio do quarto, já consigo ouvir a televisão em alto bom som. Meu pai está vendo um jogo de futebol.

- Oi, estou indo jantar. - aviso.

Meu genitor apenas me olha e faz um jóia com a mão. Tudo bem, estou acostumado com tanta falta de comunicação saudável e afeto. Pelo menos ele não reclamou. Quando vou até a cozinha, encontro com minha mãe lavando a louça do jantar. Tento não fazer muito barulho para que não note minha presença, mas, é claro que falhei. Acabei chutando o pé da cadeira. Isso doeu.

- Ai! Que droga!! - exclamo, dando alguns pulinhos.

- O que houve? Tem que prestar mais atenção por onde anda, Jimin. - diz em tom autoritário.

- Desculpa, só estava vindo jantar e isso aconteceu. Parece que levei um choque no mindinho! - reclamo enquanto massageio meu dedo.

Minha mãe estava uma bagunça: seu cabelo com um coque frouxo e todo desgrenhado, sua blusa estava um pouco molhada e ela também carregava um pano de prato nos ombros. Ela estava exausta, dava para ver no seu olhar e nas olheiras que se formaram. Entre minha mãe e meu pai, sempre preferi minha progenitora. Independente de qualquer coisa, ela sempre cuidou de mim e se importou. Ainda acho que sua opinião sobre minha carreira tenha sido baseada na opinião do meu pai, Sra. Jeon Jung-Hee sempre fez e ainda faz de tudo para agradá-lo. É uma pena, porque isso atrapalha qualquer chance de evoluir nossa relação.

- Pare de criticar mentalmente minha aparência. Sei que estou horrível. - franze o cenho e me dá um peteleco na testa.

- Mãe! - sorrio e agora massageio o local afetado - Longe de mim criticá-la, a senhora está linda.

Minha mãe me olha desconfiada e logo em seguida coloca sua mão sobre minha testa. Que aleatório.

- Está doente? Nunca me elogia... Não tenho dinheiro!

- Nunca tem, sempre deixa que meu pai tome conta de tudo. Já te falei mã-... - sou interrompido por ela, que estava agora com um semblante zangado.

- Eu que já lhe falei, Park Jimin: seu pai sabe o que melhor para nós, não seja ingrato!

O Amor Floral - jjk + pjmOnde histórias criam vida. Descubra agora