✿| Sabor do café, calor do afeto.

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Boa leitura!

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Foi uma noite difícil. Não pude deixar minha amiga na sua casa no estado que ela estava. Levei Seulgi comigo para o meu apartamento, e o mais complicado - tirando a parte que ela vomitou no banco traseiro do seu carro -, foi subir as escadas. Sério, por que não colocaram um elevador? Foi uma eternidade! Não era nada simples manter distância e segurá-la ao mesmo tempo. Longe de mim sentir nojo da minha amiga, mas ela só sabia vomitar! Não há estômago que aguente. Sempre que fica bêbada, ela ativa seu lado manhosa. Em outras palavras, Seulgi não parava de me abraçar e ficar murmurando coisas sem sentido no meu ouvido. Muito fofa, porém, a ruiva não quis escovar os dentes e seu hálito estava péssimo por causa do vômito.

Para a nossa sorte, hoje é sábado e a loja não abre. Mas, ainda assim acordo cedo. É costume. Estou com uma dor de cabeça insuportável, então tomo um remédio para aliviar. Fui ao quarto algumas vezes para vigiar minha amiga, mas ela permanecia imóvel. Como ela está quietinha e dormindo, decido preparar alguma coisa para tomarmos café. Ainda não fiz a compra do mês, o que significa que terei de usar o que tiver. Para minha surpresa, ainda sobrou um pouco de cereal, e acho que pela quantidade dá para nós dois.

Pego duas tigelas, adiciono o leite e logo em seguida o cereal. Me sento à mesa e como meu café da manhã enquanto fico entretido no meu celular. Sorrio sozinho ao ver alguns vídeos bobos e fofos de cachorrinhos. Mas então, ouço um estrondo do corredor. Me levanto apressadamente e vou até lá. Quando vejo a cena, tenho que segurar minha vontade de rir, era Seulgi caída de pernas abertas no chão.

- Treinando espacate numa hora dessas da manhã? - brinco e estendo a mão para a ruiva.

- Idiota. Não estou para brincadeiras. - reclama igual à um velho ranzinza ao aceitar minha ajuda e segurar minha mão.

-- Saudades de quando você estava uma bêbada manhosa. Vem, preparei seu cereal.

Caminhamos até a cozinha e sentamos na mesa. Pela cara da minha amiga, ela com certeza está com uma ressaca das fortes.

- Nunca mais me deixe beber assim. Ouviu? - pergunta e eu aceno positivo com um sorriso.

Agora nós dois estávamos concentrados em nossos celulares. Até Seulgi dar um grito. Alguém por favor, avisa ela que são oito e meia da manhã e estamos em um apartamento?

- Não acredito! Vocês... vocês... - verbaliza gaguejando, o que me deixa agoniado, então, gesticulo para que ela continue, mas a mesma permanece em choque.

- O quê? Está tendo um aneurisma ou coisa assim? - franzo o cenho.

Aparentemente, ela deve ter visto algo muito ruim naquele celular. Mas, minha opinião muda assim que vejo o porquê daquele alvoroço. Seulgi, ainda sem acreditar, estica o braço na minha direção e me mostra uma foto em que está eu e o Park dançando juntos. Meus braços rodeiam sua cintura e suas pequenas mãos seguram sutilmente o meu rosto. Estávamos sorrindo. A qualidade da foto não estava das melhores, mas ainda sim continuava linda e eu não conseguia parar de admirar a beleza surreal do loirinho.

- Pode me enviar?

- Pra quê?

- Pra revelar e colar na minha testa! - ironizo e reviro os olhos. - Anda logo, me envia a foto. Talvez eu use isto para puxar assunto com ele. Mas não garanto nada.

A ruiva se levanta em um pulo e me abraça apertado, quase fazendo com que meus olhos saltitassem para fora.

- Esse é meu garoto!

O Amor Floral - jjk + pjmOnde histórias criam vida. Descubra agora