Código de Redenção

• Capítulo 7 •

Acordo com o sol da manhã filtrando pelas cortinas de meu quarto, lançando um suave brilho dourado sobre os móveis desarrumados. Piscou várias vezes, tentando afastar o torpor do sono e lembrar-se dos eventos tumultuados da noite anterior.

Enquanto examinava as marcas deixadas pela noite anterior, uma ideia começou a brotar em minha mente. Ainda tinha acesso ao celular de Tyler, o que significava uma oportunidade: descobrir mais sobre quem ele realmente era e no que estava envolvido.

Com minhas habilidades, comecei a rastrear os movimentos de Tyler na Itália, seguindo os rastros digitais deixados pelo celular. Para minha surpresa e consternação, não demorou muito para desvendar a verdade: Tyler Esposito não era apenas o misterioso homem que conhecera na boate; ele era o novo líder do temido cartel Ndrangheta.

Essa revelação me deixou atônita. O Ndrangheta não era um simples grupo criminoso; era uma das organizações mais poderosas e perigosas do mundo, com influência que se estendia por vários países e atividades criminosas que incluíam desde o tráfico de drogas até o tráfico de armas.

No entanto, mesmo diante do medo e da incerteza, sabia que não podia recuar. Descobrira a verdade sobre Tyler e o cartel Ndrangheta, e agora estava determinada a descobrir mais, a desvendar os segredos obscuros que cercavam minha nova realidade.

Com uma mistura de medo e determinação, mergulhei ainda mais fundo no mundo sombrio do crime organizado, sabendo que cada passo que dava me levava mais perto da verdade... e do perigo.

Depois de todas as descobertas perturbadoras sobre Tyler, minha mente estava a mil. Decidi que precisava de um banho para clarear as ideias e tentar processar tudo o que havia descoberto. A água quente ajudou a relaxar meus músculos tensos, mas minha mente continuava agitada. Saí do banheiro apenas de lingerie, ainda refletindo sobre o quão perigoso Tyler realmente era.

Enquanto pegava uma toalha para secar o cabelo, ouvi um barulho estranho vindo da sala. Antes que pudesse reagir, a porta foi arrombada e dois homens entraram, suas intenções claramente hostis.

— Você vem conosco, garota. — Um deles rosnou, avançando em minha direção.

Meu coração disparou, mas meu instinto de sobrevivência entrou em ação. Agarrando a primeira coisa que encontrei - um abajur pesado - eu o lancei contra o primeiro homem, atingindo-o na cabeça. Ele cambaleou para trás, surpreso com a resistência.

O segundo homem veio para cima de mim, tentando me agarrar. Lutei com todas as minhas forças, usando minha agilidade para escapar de seu alcance. Consegui desferir um chute forte em seu joelho, fazendo-o gritar de dor e cair no chão. Mas o primeiro homem se recuperou rapidamente e me agarrou por trás, imobilizando meus braços.

Lutei desesperadamente, usando meu corpo para criar espaço entre nós. Consegui morder seu braço com força, o que o fez soltar o suficiente para eu me virar e desferir uma joelhada em seu estômago. Ele caiu no chão, gemendo de dor.

O segundo homem estava se levantando, mas eu já estava pronta. Corri em direção a ele e usei um golpe rápido no seu rosto, o que o derrubou novamente. Peguei o cinto de um roupão pendurado e, com movimentos rápidos, amarrei suas mãos atrás das costas.

Voltei para o primeiro homem, que ainda estava se contorcendo de dor, e repeti o processo, amarrando-o com firmeza. Estava exausta, machucada, mas não podia deixar que isso me dominasse.

Enquanto respirava fundo, tentando recuperar o fôlego, ouvi um som de passos rápidos vindo da entrada. O segurança de Tyler apareceu na porta, sua expressão transformando-se de surpresa para preocupação ao me ver coberta de machucados e os dois homens amarrados no chão.

— Zoe! O que aconteceu aqui? — Ele perguntou, tirando o telefone do bolso e discando rapidamente.

— Dois caras invadiram minha casa e tentaram me leva. — Eu disse, tentando manter a voz firme apesar da dor. 

Ele assentiu, a expressão ainda grave, enquanto esperava alguém atender do outro lado da linha.— Senhor Esposito, temos um problema. Zoe foi atacada em casa, mas ela conseguiu se defender. Sim, senhor... ela está machucada, mas parece estar bem... certo, senhor. Estaremos prontos.

Desligando o telefone, ele se aproximou de mim. — Tyler está a caminho. Vamos cuidar de você até ele chegar. 

Sentei-me, tentando controlar a adrenalina que ainda corria pelo meu corpo. A descoberta sobre Tyler, a invasão e a luta tinham me deixado exausta e preocupada. Mas eu sabia que precisava me manter forte. O que quer que estivesse por vir, eu enfrentaria de cabeça erguida.