Gellert Grindelwald era um homem forte, perigoso, temível e extraordinário, entre muitos outros adjetivos que ele achava menos interessantes de se definir. Ele havia feito muito temerem, muitos se curvarem, apesar de nunca ter sido adepto do medo como forma de liderança, ele preferia a obcessao que as pessoas sentiam em relação a ele.
Mesmo não sendo adepto a nada disso, ele não pode negar que era útil esse método quando viu os Lords mais temíveis de toda a Grã Bretanha ajoelhados em frente a Tom naquela manhã. Logo seria Natal e eles começariam seus planos, então o mais novo havia convocado seus seguidores mais influentes para começar os planos.
Todas as noites os dois Lords jantavam juntos, até mesmo agora com a adição de Sirius Black ao castelo Grindelwald, eles ainda jantavam apenas os dois. Ele descobriu que o Lord Black tinha péssimos hábito alimentares, e preferia comer em silêncio e sozinho do que com eles.
Não que isso os encomodasse, normalmente os jantares eram utilizados para resolverem seus planos, atualizarem dos andamentos, e principalmente, para que tudo não desasandasse. Era principalmente uma forma deles se conhecerem melhor, pois passavam muito tempo conversando pós jantar enquanto bebiam alguma coisa.
O homem mais velho ficou em silêncio, enquanto observava o jovem homem a sua frente falar sobre as diversas especiarias que ele havia descoberto em sua viagem para o Chile, em sua turnê pelo mundo a muito tempo. Enquanto Tom falava, Gellert não pode deixar de pensar em como aquilo havia escalado para tão longe.
Tom Marvolo Riddle Gaunt Slytherin, o herdeiro de duas grandes famílias bruxas e uma das mais ricas famílias trouxas. O melhor aluno de Hogwarts em seus anos, o que teve as melhores notas nos exames nos últimos séculos. Brilhante, bonito, inteligente, poderoso e charmoso.
A muito tempo, Grindelwald havia tido uma visão de um homem temidos e poderoso. Ele não sabia se aquilo com olhos vermelhos e aparência de cobra poderia ter sido chamado de humano, mas sabia que um dia se aliariam.
Por muitos anos ele questionou aquela visão, questionou quem em sã consciência se aliaria a um monstro desumano?
"Você confia demais nas suas habilidades de videntes, pois eu quase consigo ouvir a sua mente de onde eu estou" Tom disse suavemente, cortando cortando um pedaço de seu bife que estava perfeitamente no ponto de corte.
Gellert riu " Me esqueço que é talentoso além da insanidade" Os olhos vermelhos formaram uma fenda enquanto o homem de cabelos brancos ria. "Não me entenda mal, é um elogio, a maioria das pessoas tem dificuldade em ler a mente de um vidente"
"Eu vejo o motivo, toda vez que olho em seus olhos eu me sinto imediatamente enjoado com a quantidade de coisas em sua mente pertubada" Em um revirar de olhos as pupilas estavam perfeitamente no lugar.
" Já que é tão talentoso e conhecido, poderia me responder a pergunta que ronda a minha mente, Tom?" O alemão sorriu, alegre em ver a veia no pescoço de Riddle saltar, odiando seu nome de nascença.
" Você não era o todo poderoso único vidente vivo na Europa ?" Debochou, mas Grindelwald via além disso.
Tom estava com receio, medo de o contar o porque ele havia perdido a sanidade. Não vergonha, era como se evitasse o tópico, como se temesse o que ele foi, mas não temendo mais do que ele temia o motivo de se tornar aquilo.
" Você e sua alma gêmea são meus quebra cabeças favoritos" Brincou, vendo a forma como Tom sorriu pequeno. Alma gêmea era a forma irônica como ele chamava Harry Potter e sua conexão misteriosa com Lord Voldemort.
" Imagino que você não entenderia, Gellert." Comentou de forma suave, nunca encontrando os olhos do novo amigo.
"Talvez eu possa" Como o gato de Alice ele sorriu.
" Você já temeu algo, a ponto de sentir que morreria se não fizesse algo sobre?"
Silêncio, Gellert Grindelwald nunca havia o experimentado antes. Sendo um vidente você está acostumado com todas as vozes, pensamentos e imagens repetitivas e novas em sua mente. Então nunca ele teve a chance de saber o que era não ouvir nada, estar plenamente quieto.
Mas como sempre em sua vida atual, Tom Riddle era capaz de fazer as coisas mais extraordinárias. O jovem Lord das Trevas simplesmente calou as vozes, as imagens e tudo o que ele estava acostumado, deixando um silêncio ensurdecedor em sua mente. Apenas para que todas as imagens surgissem, respondendo a pergunta de Tom em forma agressiva.
" Sim, eu entendo o sentimento". A voz grave e de sotaque alemão carregava uma dor e amargura que nunca foram características de alguém alegre e descontraído como ele. Tom não pareceu se abalar, ele nunca se abalava.
"Sabe, o medo é o sentimento mais primitivo do ser humano, sejam bruxos, trouxas ou criaturas, o medo está sempre lá. É a parte irracional do cérebro de qualquer criatura viva na terra, comprovado cientificamente de que todas as nossas atitudes quando tememos algo são irracionais e não podem ser descritas como nada além de auto defesa". A voz elegante disse de forma automática, como se estivesse ditando um livro que leu várias vezes.
" O que te assustou ao ponto de tirar a sua alma, Tom?" A pergunta era sincera, sua voz era dolorosa. O que uma pessoa tem que ter vivido, para temer algo tão veementemente que partiu sua alma como alto defesa.
" Quando você está a beira da morte várias vezes, você aprende a teme-la. Quando a única coisa que te dizem é que as pessoas más vão para o inferno, um lugar onde você vai sofrer pelo resto da vida, você teme o inferno. Quando você conhece um mundo magico, e mesmo assim ninguém sabe o que acontece depois que você morre, você entende que a morte é poderosa. "
" É irracional temer a morte"
" O medo é irracional. O medo do desconhecido faz com que suas visões sobre os trouxas se tornem reais, o medo do desconhecido criou Lord Voldemort".
Em silêncio, Gellert contemplou aquilo, mais uma vez sua mente estava silenciosa por algo que Tom disse. Ele sorriu, se levantou e contornou a mesa, no caminho o velho toca disco começou um jazz suave.
O mais velho agarrou a mão do desconfiado Slytherin e o levantou, começando a balançar para lá e para cá no ritmo da música. Acostumado demais com o jeito esquisito do Grindelwald, o moreno apenas acompanhou o roteiro.
Os olhos heterocromaticos olhavam para ele de uma forma Carinhosa, e sem jeito ele riu de volta. Gellert era um homem estranho e charmoso, que não o amava, mas havia criado uma afeição que Tom não estava acostumado.
" As vezes temos que abraçar o nosso monstro interior, eu disse isso uma vez a Albus" Comentou de forma distante e misteriosa.
" E o velho?" Curioso o Gaunt questionou.
"Disse que não somos monstros, que eu não era um monstro. Eu disse que Abefort definitivamente era um diabo do pantano"
A risada que o moreno o devolveu foi satisfatória, Tom não costumava rir com frequência, sempre havia uma sombra terrível pairando sobre ele. Ouvi-lo rir tão amigavelmente, definitivamente o encheu de carinho.
" Nossos monstros são fundidos e criados no medo, as vezes precisamos abraçá-los para que possamos enfrentar o que nos assusta" A voz suave de Tom lhe encheu os ouvidos velhos, e ele murmurou em compreensão, enquanto o ritmo da música diminuía.
"Então Abefort e Albus definitivamente deveriam abraçar mais chupa-cabras" O Grindelwald comentou despretensiosamente.
O medo o trouxe ruína uma vez, mas a humanidade o levou para onde eles estavam agora, com o jovem Lord Voldemort em seus braços dançado Jazz e rindo alto. Momentos como esse preservaram a humanidade, e impedia que os monstros os alcançasse em baixo da porta.
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𝕽𝖊𝖇𝖊𝖑𝖉𝖎𝖆 - 𝕳𝖆𝖗𝖗𝖞 𝕻𝖔𝖙𝖙𝖊𝖗
FanficOnde Harry Potter é um garoto rebelde criado na rua com um bando de garotos trouxas e tenha um ódio pelo sistema e tenha um profundo ódio de quem tenta o enganar. Que não se importa com a morte de seus pais, com a merda da guerra ou com a rivalidad...