O Pergaminho Da Redenção | Tai Lung X Po

05

— Po, qual é a situação? —Tigresa se vira e pergunta a Po.

Po se aproxima mais de Tigresa e Zhen afim de conversar apenas com as duas, enquanto Tai Lung se sentou impaciente em um tronco perto da fogueira acessa.

—Bem, eu pensei muito a respeito. E decidi que vou levar ele comigo na nossa missão contra a Camaleoa.

— Pensou muito? Só tem vinte minutos que ele tá aqui. — Zhen diz.

— Isso tá fora de cogitação Po. Ele é perigoso. Eu nem preciso te lembrar do que aconteceu antes, ou devo? — Tigresa diz a ele.

— O Cajado da sabedoria não quer abrir o portal do reino dos espíritos de novo, e nem meu golpe do dedo Wushi vai adiantar. O que eu devo fazer? Matá-lo de novo?

— Você tem que fazer seja o que for necessário para manter a segurança do Vale da paz e de toda a china. — Ela diz.

— E é o que eu vou fazer. — Po se vira para Ver Tai Lung próximo a fogueira. — Vamos revezar para nos manter seguros a noite, e para que ele não vá fugir ou tentar alguma coisa.

— Não perca seu tempo. Eu não irei fazer nada. — Tai Lung diz.

— Hum. E você vai ficar? — Po pergunta a Tigresa.

— Eu tenho uma missão. Não posso deixar de cumprir com meu objetivo. Espero que saiba o que está fazendo.

Tigresa deu um último rosnado para Tai Lung e se virou para ir embora, deixando os três sozinhos no acampamento improvisado.

Enquanto Po e a Raposa arrumavam algumas das suas coisas para a viagem, Tai Lung observava atentamente as chamas que queimavam as madeiras, enquanto algumaz memórias voltavam em sua mente.

(Tai Lung)

"Skadoosh". Essa foi a última palavra que escutei antes de ser mandado para esse lugar.... O reino dos espíritos.

Um maldito reino cheio de ilhas de pedra flutuantes, e restos de templos destruídos que vagam sem rumo pelo infinito.

Lentamente começei a me levantar com um gemido enquanto segurava minha cabeça que latejava de dor e olho em volta.

—  Eu estou... No reino dos espíritos...? Não pode ser...

Quando olho em volta, senti a raiva crescer dentro de mim, fazendo-me rugir de raiva. Eu pego um pedra bem grande a minha frente a agarro com minhas patas e a jogo contra outra rocha que havia ali, fazendo ela se despedaçar.

— MAS QUE MALDIÇÃO! EU TINHA O PERGAMINHO E NÃO TINHA NADA. NADA!!

—  Sempre houve alguma coisa.

Ao ouvir a voz, eu olho em volta me preparando para um batalha até ver Oogway. Ele tinha um cajado diferente em suas mãos enquanto flutuava no ar. Ele tinha aquele sorriso desagradável no rosto como ele sempre fazia, e que me deixou com mais raiva.

— Por quê ainda tem tanta raiva Tai Lung? Você deve abandoná-la.

Eu senti meu olhos ficarem mais úmidos, e eu ignorei isso. Quando ele disse isso meu olhos se estreitaram de raiva e ódio.

— Como eu posso abandonar e deixar para trás? Você e Shifu me negaram meu destino! O meu propósito!

— Mas o seu destino não era se tornar o dragão guerreiro Tai Lung.

— Então o que você quer que eu faça?

— Posso ser velho, mas quem sou eu para dizer alguma coisa? Mas sei que você nunca quis fazer o mal.

Quando ele disse isso, cerrei os punhos e rosno para ele, fazendo-o rir enquanto flutuava no ar.

— O que quer dizer? Diga-me!!!

— Logo descobrirá...

(Narrador)

— Tai Lung? Você está bem? —  Po chamou o leopardo.

Tai Lung desviou seu olhar da fogueira e olha para o panda, que o olhava com um olhar preucupado. Ele franziu a testa em desgosto.

— O que você quer? —Ele resmunga.

— Epa, vai com calma. É que você ficou encarando a fogueira por alguns minutos. — Po diz.

Tai Lung suspirou. — Só estava pensando.

Po decidiu não o provocar perguntando coisas que poderiam invadir o espaço pessoal de Tai Lung. Em vez disso ele decide fazer outra pergunta, que coincidentemente leva ao assunto que Tai Lung pensava.

Longe dali, no Vale da paz, Tigresa pulava rapidamente pelos telhados das pequenas casas do vale. Em segundos ela já estava na metade da enorme escadaria fo palácio de jade.

Quando ela finalmente chegou a entrada principal, respirou profundamente e entrou passando pelo portão. Tigresa caminhou pelo palácio até ver o mestre Shifu, que meditava perto a Fonte próxima a estátua de um dragão.

— Já voltou Tigresa? Temo que não esteja sendo muito cautelosa ultimamente.

Shifu diz a respeito da maneira acelerada que Tigresa estava. Ela rapidamente se aproxima.

— Temos um problema mestre. O Po ele...

Shifu a interrompe. - Sim eu sei, ele decidiu se aventurar com uma criminosa para derrotar outra criminosa. Que ironia não? - Ele diz bem calmo.

— Não é isso mestre. Po trouxe Tai Lung de volta.

Tigresa finalmente diz a ele a situação, e suas palavras foram como um vento que fez Shifu arregalar seus olhos e apagar as velas que haviam ali.

— ELE O QUÊ??