De tapas dados à beijos roubados | | Thiago Messi - (PAUSADA)

Capítulo 1

Luana se levantou cedo e foi pro banho. Tinha ouvido falar que o horário padrão de início das aulas era 9h, na Espanha, mas parecia que naquela escola era diferente , os alunos entravam às 7:30 e ficavam até às 15:30. Que ódio! No Brasil, ela ficava apenas 4h na escola, e agora ficaria o dobro! Que tédio!
Parou de matutar quando ouviu sua mãe quase arrombar a porta de seu banheiro. Rapidamente fechou o chuveiro e pegou a toalha.
__Meu Deus, Luana!!! - falou a mãe, nervosa quando viu a filha. A mulher fechou os olhos e suspirou bruscamente. - Eu não falei pra você não molhar esse cabelo?! - a garota estava paralisada. - Uma hora dessas, um frio desses! Quer pegar uma pneumonia?! Uma hipotermia?!
__Desculpa, mãe... - disse de cabeça baixa, segurando o riso para não levar uns "tabefes".
__"Desculpa"! - a mulher a imitou. - Ah! Vai secar esse cabelo agora, antes que... Deus me segura, senão...
A garota já havia saído, mas de costas ouviu a mãe resmungando algumas palavras.

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Cristo! Que escola enorme! Só o pátio principal tinha quase 100 M2! Ela não conseguia achar a sala de matemática de jeito nenhum, mas continuava à procura.
Ela olhava o mapa no celular, até que:
__Porra, menino! Vai se fuder, vai! Não olha por onde anda, vai tomar no cú, filho de uma quenga! Olha por onde anda, caralho! - disparou a garota, quando um menino esbarrou nela e seu celular caiu. Ela se abaixou pra pegar e ele também então suas mãos se tocaram, mas com o calor do momento, nem reparou.
__O quê? - perguntou confuso. A garota havia disparado todos aqueles palavrões em português.
A garota suspirou.
__Eu disse para olhar por onde anda. - disse em catalão, agora mais calma. - Ah, se você quebrasse meu celular...
O garoto fez cara de deboche.
__Queridinha, meu pai compra uns 100 desses! - e deu de costas.
Luana virou os olhos.
__Garoto metido. - concluiu.

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Depois de muito sofrer, ela acho a sala, faltando 5 minutos para bater o sino.
No final da sala, encontrou uma cadeira vazia.
Já ia sentar quando o mesmo garoto que esbarrou nela se jogou na cadeira.
__Está ocupada! - havia um sorrisinho provocativo em seus lábios.
Ela cruzou os braços e virou os olhos, coisa que era quase sua marca registrada.
__Ah, não, Thiago, você nem gosta desse lugar. Deixa a menina sentar. - disse um garoto, uma cadeira a frente.
__Não - o garoto cruzou os braços. -, eu tô aqui. - o sorrisinho encarando a garota mais uma vez.
Quando ela ia se virar, xingando o menino na mente, ele cedeu:
__Tô zuando, pode ficar aí.
Ela jogou a mochila na cadeira e mostrou o dedo do meio para o garoto.

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Luana saiu da sala, aliviada por ter chegado o intervalo.
__Não pode ser! Luana? - a garota se virou ao escutar seu nome. Era Carla, a vizinha de sua avó. Elas passavam o tempo todo juntas quando Luana visitava a avó, que também morava em Barcelona.
__Carla! - sorriu. Conhecia ao menos alguém naquela "bagaça".
Elas se abraçaram.
__Sua avó contou que moraria aqui, mas não comentou que estudaria nessa escola.
__Ah, a vovó...
Carla se afastou. Olho no fundo dos olhos da amiga, seriamente.
__Sinto muito pelos seus pais. - suspirou.
Luana deu um sorrisinho sem jeito.
__Tudo bem...
Ela não se importava tanto com isso. Às vezes torcia para os seus pais se separarem, por não aguentar mais as brigas, mas toda vez que alguém comentava, sentia mais falta do pai do que o normal. Ele era um ótimo pai (diferente do que era como marido).
__Quem é essa aí, Carla? - perguntou uma morena.
Carla desfez a cara melancólica.
__É a Luana. A brasileira, neta da minha vizinha, não lembra dela?
A morena parou com as sobrancelhas franzidas. Parecia puxar na memória.
__Ah! Lembra de mim? Eu sou a Nina. Lembra quando acampamos no quintal da sua vó, e aí a Carla chorou de medo por que ela acho que o cachorro da sua vó era um lobisomem?
Carla revirou os olhos.
__E eu enfiei uns 10 marshmallows na boca dela pra ela calar a boca? - as duas se sorriram. - Como esquecer?

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Para sua sorte, ela não teria 8 horas diretas de aula. Pelo contrário, seria como uma "escola normal". Mesmo assim, com as outras quatro horas que sobra, teria direito há 3 atividades extracurriculares, das quis escolheu: futebol, teatro e música (instrumentos e canto).
__Que variado! - riu, Nina. - Pelo jeito que você é, achei que escolheria karatê, defesa-pessoal e gastronomia, só pra encher com faca.
__Ai ai, sou péssima em artes-marciais, se eu quiser me defender, dou um chute nas partes do agressor e gastronomia, já faço o jantar todo domingo.
__'Tá, 'tá, mas pelo menos eu vou ter alguma companheira no teatro e na música, já que a sedentária da Carla só quer saber dessas porcarias de informática, clube do livro e ficar jogando joguinho. Ugh!
__Eu já te falei umas mil vezes que não é "jogar joguinho", se chama gamer designer e a gente CRIA jogos!
__Ah, mesma bosta! - retrucou Luana, participando da briga.
Carla deu de ombros e entrou na sala de informática, então Luana e Nina seguiram até o teatro.
__Mentira que esse garoto faz teatro com a gente! - exclamou ao ver Thiago falando com a professora.
__Quem? O Thiago? - perguntou Nina, naturalmente. Luana afirmou. - Faz. Você conhece ele?
__Sei lá! Esse idiota esbarrou comigo e derrubou meu celular no segundo que entrei na escola e ficou implicando comigo na aula de matemática.
__Cuidado! A metade das meninas estão interessadas nele só por que ele é filho do Messi.
__Ah, meu Deus! 'Cê acha mesmo que eu quero essa praga?! Eu, hein?
__Nossa, ele é 'mó gente boa...
__O cacete. - deu de costas e foi para um canto guardar suas coisas.
__E pode se acostumar, ele faz futebol com você também.

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Naquela noite, Luana mal pregou os olhos depois de uma conversa por chamada de vídeo com seu pai. Ela contará tudo à ele e quando mencionou Thiago, ele insinuou que ela estava mesmo era apaixonada.
Mas como era possível? Eles mal se falaram, e outra: eles era INSUPORTÁVEL .

💋

E aí, meu povo? Gostaram?

Observação : eu acho que não tenho muito o que falar aqui, mas na minha opinião, essa versão vai ficar melhor que a primeira. Oq que acham?