|Oi| 17:35|
|Oi| 17:35|
|Oq foi aquilo? Vc tá realmente bem?| 17:36|
|Tenho certeza que isso não é coisa de... Você sabe.| 17:36|
|Caso você sinta algo estranho, pedi para "eles" irem aí te checar.| 17:45|
|Além disso, tem algumas coisas que eu queria conversar com você, que eu não fui completamente honesta...|17:47|
|Conversaremos sobre isso em um próximo encontro.|17:48|
|EU NÃO ACREDITO| 18:39|
|VOCÊ QUASE MATOU OS DOIS???| 18:40|
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Trey faz uma careta, tentando ignorar as últimas mensagens que reforçavam ainda mais o ponto de Miguel.
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| mals pensei que era outro meta | 21:30|
| :( | 21:30|
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Ele coloca o celular em cima do cômodo ao lado de sua cama, de cabeça para baixo, desejando esquecer aquilo tudo e ter uma excelente noite de sono com um sonho, ainda que a parte "não fui completamente honesta" tenha o deixado pensativo.
— E então, você realmente não vai falar? — Miguel aparece do nada em sua porta, tirando a sua paz. — Sobre como o seu corpo desligou por ainda mais minutos?
— Eu…
— Não, eu já entendi que você não quer falar esses dias, pelo menos não a história toda. Você deixou bem claro isso… — Miguel cruza os braços, observando ao redor do quarto. — Mas poderia ao menos me dizer o motivo do “voto de silêncio”?
Trey continua quieto.
— Isso tem haver com… — Miguel olha para o lado oposto, avistando o familiar diário vermelho em cima da escrivaninha. — Algo que nosso pai falou? — Encara Trey.
Seu olhar se levanta até o rosto de Miguel. — Não exatamente…
Miguel arregala os olhos, notando a possível gravidade desse cenário. — Eu posso ajudar de alguma forma? — Pergunta de imediato. — Algo que não coloque você em risco nessa situação? — Ele se ajeita em uma postura mais séria, indo até o mais novo.
— Não sei…
— E, é claro, que evite também você entrar em um estado catatônico do nada, de novo.
Trey ri levemente.
Miguel se senta ao lado de Trey na cama. — Podemos pensar em algo então?
Os irmãos ficam um ao lado do outro. A tarde, ausente de cores expressivas neste dia, já havia se esvaído, dando lugar para um céu azulado sem estrelas.
Assim como o céu, sem os seus pontos brilhantes, as matas locais também se ausentaram da presença de qualquer ser vivo que lá deveria existir, deixando espaço para uma paisagem vazia e silenciosa.
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Entre Nós
Ficção CientíficaAté que ponto mentiras podem ser boas? Até que ponto verdades podem ser catastróficas? Até que ponto será necessário chegar para que laços tão fortes sejam destruídos? Em uma Terra pós-apocalíptica, que sofreu uma forçada reestruturação de tudo que...