Capítulo VI

79 12 33
                                    

O barulho de passos de um cavalo e vozes masculinas em um tom demasiadamente alto chamou a atenção do barão que analisava estratégias de possíveis ataques junto de seus homens. Franzindo a testa ele bufou diante da interrupção. Quem ousaria visita-lo aquelas horas da manhã?

Caminhando de maneira bastante intensa, vendo que seus passos eram largos e brutos, Vegeta chegou até a entrada de seu castelo para receber quem estava esperando-o. Não dera tempo para seus lacaios avisarem quem era o visitante, pois o barulho realmente o incomodou.

Era um momento delicado, não podia receber qualquer pessoa em suas terras, havia se voltado contra seu rei, e depois da traição de Nappa não via muitas pessoas como aliados reais, qualquer um podia trai-lo. Então, quem podia ter entrado ao ponto de não alarmar de maneira bastante preocupante seus homens? Afinal, a visita já estava parado na entrada de sua morada, enquanto um de seus empregados prendia o cavalo. A resposta viera assim que Vegeta chegou perto o suficiente,  então percebera o porquê da confiança de seus homens para com aquele convidado.

- Lorde Gero – cumprimentou o barão com um aperto de mão forte.

- Barão Vegeta! – Gero não se contentou com o aperto de mão e abraçou-o, Vegeta ficou desconfortável com a situação.

- À que devo a honra de sua visita? – Vegeta afastou-se dos braços do homem que vestia uma roupa feita de pele de urso-pardo.

- Temos negócios a tratar – respondeu ele. – Sua carta chegou em minhas mãos ontem à noite. Está em uma situação bastante delicada, Barão. Acho que o momento de agir é agora, e bom... de cumprir sua parte no acordo também.

- Claro! – Vegeta balançou a cabeça em concordância. – Vamos entrar para beber algo enquanto falamos, está um frio dos infernos aqui fora.

- Eu poderia jurar o inferno é quente, Barão – sorriu Gero.

- Certamente já esteve lá para ter tanta certeza – Vegeta sorriu de volta.

Ambos entraram para dentro rapidamente, realmente estava frio demais para terem uma conversa daquela estirpe naquele local.

...

Os olhos azuis abriram-se um pouco sonolentos, seu corpo se espreguiçou em meio as peles quentes ao qual ela estava deitada, demorou um pouco para ver que não estava sozinha em seu quarto.

- Oh, meu Deus – explanou ela sentando-se rapidamente quando viu a figura que a observando na cama. – Que susto!

- Bom dia – sorriu Seripa com uma expressão bastante calorosa. – Vejo que dormiu muito bem.

- Bom dia? – Bulma fez uma careta. – Quanto tempo eu dormi?

- A tarde toda e a noite toda.

- Por Deus... – arregalando os olhos ela se espantou. – Eu estava realmente cansada.

Somente naquele momento a princesa se dera conta do quão exausta estava. Há muito tempo que não dormia tão tranquilamente, sem interrupções, sem medo, o que era no mínimo estranho vendo que encontrava-se nas terras de seu sequestrador e provavelmente não estava nada segura, mas estranhamente sentia-se protegida naquele lugar, diferentemente do castelo de seu irmão, talvez por isso sentiu-se relaxada o suficiente para dormir tantas horas seguidas.

- Acredito que esteja com fome depois de dormir tanto, não é mesmo?

No mesmo instante a boca de Bulma salivou e seu estômago roncou, provando ser verdade o que Seripa afirmou.

- Mas antes preparei um banho quente e separei roupas limpas para você vestir. – Seripa parecia muito atenciosa com suas palavras.

- Obrigado! – Bulma levantou-se e viu a banheira perto da lareira com o vapor da água quente subindo.

Duelo de Sangue Onde histórias criam vida. Descubra agora