Duelo de Sangue

Capítulo VIII

Não foi aquilo que Bulma havia pedido a estrela, então por que diabos aquele homem rude e grosseiro havia aparecido justamente naquele momento, que era para ser de alegria e calmaria? Será que Padre Briefs havia se enganado sobre fazer pedidos as estrelas cadentes? Instantemente Bulma balançou a cabeça negativamente, padres não se enganavam, afinal, eram servos de Deus e continham em si a sabedoria.

- Responda! – Exigiu Vegeta quando não recebeu uma resposta imediata. – O que faz aqui fora?

- Estou vendo as estrelas – respondeu Bulma em um fio de voz enquanto desviava o olhar dele, não sabia porque, mas sentiu-se envergonhada por falar a verdade.

Vegeta abaixou as sobrancelhas confuso diante da resposta da princesa, as vezes ela parecia tão inocente quanto uma criança, e certamente tirava-lhe a paciência como uma, mas naquele momento, ele sentiu uma pontada diante da reação dela, ela aparentava fragilidade e vulnerabilidade. Mesmo assim, o Barão não foi exatamente mais gentil com ela por conta disso.

Descendo do cavalo em um salto, Vegeta ficou diante dela, e de uma maneira um tanto instintiva, Bulma deu um passo para trás e voltou a encara-lo.

- Seripa, leve Oozaru para mim até o celeiro, vou levar a Princesa até seus aposentos.

Seripa fez uma careta de desgosto, não queria continuar naquele frio, queria sua cama quentinha e confortável, mas aparentemente o destino naquele dia não queria deixa-la se aquecer ou dormir. A contragosto, ela se agarrou no casado que usava, caminhou até o animal, pegou nas rédeas dele e o puxou, mas o cavalo evidentemente não queria sair dali.

- Vamos, Oozaru... – insistiu ela enquanto ele bufava.

Bulma vendo a luta de Seripa com o animal teimoso, tirou uma maçã de suas vestes, uma que ela pretendia comer mais tarde em seu quarto, e caminhou até Oozaru, mais precisamente para perto do focinho dele, e deu-lhe a fruta.

O cavalo, mais que satisfeito diante do agrado, abocanhou a maçã rapidamente e, enquanto a mastigava, depositou seu focinho no rosto de Bulma, que sorriu diante da reação do garanhão. Ela o acariciou por alguns segundos antes de se despedir.

- Boa noite, Oozaru – disse ela se afastando.

Oozaru em resposta apenas relinchou, para finalmente ir com Seripa.

- Cavalo mimado...– resmungou Seripa enquanto se afastava junto do animal.

Bulma voltou-se para Vegeta um tanto receosa, mas mesmo assim com uma pitada de coragem para conseguir encara-lo.

- Vamos, Barão. – Ela exigiu, mas não o esperou, caminhou para dentro do castelo como uma dama, com passos graciosos e com o queixo erguido.

Vegeta inspirou profundamente antes de segui-la, seu dia fora cheio – como todos estavam sendo nos últimos meses – e tudo que ele queria era descansar após ter passado praticamente o dia todo conversando com aliados próximos, para alguns acompanha-los durante as próximas semanas. Decidiu que faria isso naquele dia, para depois ir fazer uma visita as famílias mais poderosas, para tentar traçar as alianças. Infelizmente os dias estavam mais curtos, e ele não estava conseguindo resolver tudo de uma vez, por isso, quando chegou em casa, já era tarde da noite, ele só não imaginava que teria uma surpresa como aquela. Sua prisioneira, longe de seus aposentos, perambulando pela noite a fora, enquanto olhava as estrelas. A mulher era um poço de loucura e irresponsabilidade.

Enquanto subia as escadas, Vegeta analisava como a cintura e o quadril de Bulma se moviam naquele vestido pouco rodado que ela usava, fechando os olhos fortemente, ele puxou conversa para distrair sua mente dos pensamentos intrusivos.