Brown e Salvatore são dois detetives que se detestam, porém são enviados para um caso juntos.
- O único aqui que tem noz no corpo é você. Duas. Na sua calça.
- Essa foi a maneira que encontrou para que eu te mostre, Chuchu?
Será que algo a mais pode...
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As passadas intensas de Brown podem criar um buraco no chão a qualquer minuto. A mulher tá P da vida, e com razão, então o mais aconselhado se a pessoa quer viver, é que saia da sua frente.
— Noah? — cochicha, e recebe o gélito silêncio do outro lado da linha — Caralho... Noah, onde se meteu?
Retira o olhar do chão, no momento exato em que uma mulher passa ao seu lado, fixando seus olhos, incrédulos pelo linguajar sujo.
— Bom dia, senhora. Tudo bom?
A situação que se criou tá exigindo por mal educação, sendo assim, senhorinha, vaza logo daqui vai.
Brown ergue o olhar a frente, visualizando os corredores por um triz completamente limpos. Os universitários estão evaporando?
Droga, isso só pode significar que eles já estão se acomodando. Rápido demais. Imaginou que demorassem um pouco mais. Minutos atrás presenciou um tumulto de pessoas.
Brown só consegue pensar que também deveria estar acomodada e não procurando um local para exigir explicações pelo surgimento desse "parceiro" desagradável logo no seu primeiro dia. Dia no qual organizou mentalmente para sair com maestria!
Sr. Sanchez, quando começou a odiá-la?
Brown impulsiona a maçaneta da primeira porta que se depara. Oh lugarzinho acabado. Não acha outra alternativa a não ser terem esquecido este local, pois não condiz com a excelente estrutura do restante do edifícil. A iluminação seria inexistente se não tivesse as brechas das janelas possibilitando luz.
Oras, não olharia muito para o rosto zombeteiro do Salvatore, o que é glorioso levantando a palta de que estar perto dele já é estressante demais, pensou.
— Explique — cruza os braços.
— Sr. Sanchez me mandou.
— Falei para explicar, não cuspir o óbvio.
— Bom, estou tentendo não ser direto em explicar que sr. Sanchez não confia em suas habilidades...
— Ele confia sim em minhas habilidades.
— Se continuarmos a falar essa palavra vai fazer parecer que você realmente a usufruir — solta uma risada nasal. Infeliz — Eu títularia de incompetência.
— Incompetência mesmo é mandar um desmiolado para cá.
— Consegui achar a recepção. Se meu cérebro não funciona... então você tem o que? Uma noz no lugar?
— O único aqui que tem noz no corpo é você. Duas. Na sua calça.
— Essa foi a maneira que encontrou para que eu te mostre, Chuchu?
