011.

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EM DIA DE QUADRIBOL, os alunos da escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts entravam em êxtase. Naquela manhã, Lufa-Lufa jogaria contra Corvinal. Estava um dia insuportavelmente chuvoso, pois o clima frio não era do agrado de Athena. Esta que, nestes dias em específico, preferia permanecer em sua cama, deitada, fazendo absolutamente nada.

Porém, como uma boa jogadora de quadribol, ela não perdia nenhum jogo. Assistir as outras casas jogando era uma de suas estratégias particulares.

A calça de moletom preta combinava com o casaco grosso da mesma cor, um contraste ao boné branco que usava.
Os cabelos estavam soltos, caindo como cascatas por suas costas, totalmente enrolados. Athena calçou os tênis brancos e saiu do dormitório que dividia com Calista, Pansy e Daphne.

Na sala, alguns alunos se encontravam em seus respectivos grupos, todos arrumados para o jogo.

- Vamos!? - Calista perguntou ao se levantar do sofá.

Athena assentiu e deixou seus amigos indo na frente enquanto ia mais atrás, com o objetivo de manter-se afastada deles naquela amanhã em específico, visto que eles estavam reclamando dos alunos da Grifinória - em especial Harry, os gêmeos e Gina Weasley -, e ela não estava com muita paciência para ouvi-los usando os mesmos argumentos para reclamar deles.

Athena encontrou Jane prestes a sair do castelo junto com suas amigas e seu padrasto. A Montgomery se aproximou da irmã, verificando rapidamente se ela estava devidamente agasalhada, totalmente vestida a caráter como a fiel lufana que era, afinal, era dia de jogo da Lufa-Lufa.

Óbvio que estava, afinal, Severo era extremamente rigoroso quando se tratava do bem estar de Jane.

- Oi, Athena! - Jane rapidamente abraçou Athena com força, sentindo a necessidade de estar próxima da irmã mais velha depois de tantos dias sem sequer tocá-la de leve.

Athena era naturalmente fechada quando se tratava de toque físico, no entanto, Jane conseguia notar que possuía uma certa abertura a mais para abraçar Athena ou beijá-la na bochecha, como sempre gostou de fazer. Ao contrário de sua mãe, que não podia sequer encostar um dedo em Athena sem a sua irmã mais velha começar reclamar.

Pelo o que se lembrava, seu pai, por sua vez, nunca tentou fazer alguma demonstração de carinho a Athena, como um abraço, por exemplo. Ele nunca chegou perto disso.

Aparentemente, Athena não gostava de seu pai e mesmo que não fosse admitir para qualquer outra pessoa que não fosse sua mãe, isso a deixava chateada.

Mas nada, nada mesmo, se comparava ao que sentia quando sua mãe dizia que Athena não gostava de ninguém além de si própria.

Jane sentia-se triste quando ouvia Lilith dizendo aquele tipo de coisa como se fosse normal, mas Jane sabia que não era. Ela amava a sua mãe, por que Athena não? Seu pai era o seu melhor amigo e pessoa que ela mais amava no mundo, além de ser, na sua visão, um homem muito bom. Por que Athena não gostava dele?

Nada fazia sentido para Jane.

Ela não entendia por que sempre ouvia Athena chorar em seu quarto e seus pais pareciam não se importar. E quando era sua mãe que chorava, Athena saía de casa e só voltava muito tempo depois. Seu pai não a explicava nada. Então nesses momentos, ela ficava no escuro, sem saber o que de fato acontecia no quarto de Athena.

Porque era sempre no quarto de Athena.

- Jane, Calista disse que a entregou a boneca. Você gostou? - Severo observou Athena desvencilhar-se do abraço de Jane delicadamente, claramente desconfortável com a extrema proximidade que Jane colocou entre elas.

𝐇𝐄𝐀𝐑𝐓𝐋𝐄𝐒𝐒 | 𝐇𝐄𝐑𝐌𝐈𝐎𝐍𝐄 𝐆𝐑𝐀𝐍𝐆𝐄𝐑Onde histórias criam vida. Descubra agora