09|bandeira vermelha

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AVISO!
este capítulo contém violência explicita, sangue e
uso de drogas ilícitas!
Por favor, leia com atenção!

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01 de outubro de 2024
📍Saint Magges Hill

Estacionei a moto olhando para o prédio afastado da cidade. Tirei o capacete e sai da moto.

A noite de hoje estava ainda mais fria que as anteriores, o que dizia que o inverno estava chegando mais rápido possível. O que me surpreende é que durante essas semanas não tinha nevado.

O que era um alívio para a maioria das pessoas. Olhei para cima observando o prédio.

O prédio abandonado à minha frente estava barulhento e cheio, respirei fundo empurrando a porta de ferro enferrujada, fazendo-a ranger.

A porta bateu com um som alto, meus ouvidos zumbiram com o barulho infernal. Minha audição estava muito sensível hoje.

O corredor em minha frente era mal iluminado com algumas luzes piscando e goteiras por toda parte, um calafrio subiu pela minha coluna só de escutar as gotas de água caindo nas poças do chão, formadas por inúmeros pingos.

Avancei mais pelo corredor até chegar nos vestiários improvisados que eles sempre arrumam nessas horas.

- Pensei que você não viria mais!

Will apareceu na minha frente todo eufórico gesticulando loucamente com as mãos, levantei as sobrancelhas reparando em suas pupilas dilatadas, provavelmente ele tinha cheirado uma carreira inteira.

Procurei Michael pelo espaço mas não o achei, joguei minha bolsa de ginástica no chão cruzando os braços.

- O que eu perdi?

- Não muito. - acendendo um baseado Will deu de ombros. - Michael quase levou uma surra mas conseguiu ganhar no último minuto. Sério cara você deveria ter visto, ele quase deixou o cara desacordado.

Observei Will tragar o baseado depois o ofereceu para mim ao que neguei, por enquanto.

- E você? - perguntei me sentando nos bancos que estavam na sala. - Você nunca participa, o que foi seu covarde está com medinho?

- Eu não tenho medo seu merda, só não quero que meu lindo rosto esteja todo fodido por causa desse caralho.

Will nunca participava das lutas que ele mesmo conseguia arranjar para nós, ele dizia que o Lacrosse e os rachas ilegais já eram uma dose muito boa de adrenalina, o que eu não reclamo, cada coisa que esteja arriscando minha vida ou qualquer merda do tipo estava aceitando com muito prazer.

E ainda não conseguia saciar esse desejo constante de estar cara a cara com a morte.

Aquela sombra que pairava sempre, aonde quer que eu vá ou esteja.

ALMA SOMBRIA [livro único]Onde histórias criam vida. Descubra agora