P.O.V. Valentina
Chegamos na casa do Vale por volta das 13h. Era uma tarde ensolarada, e o calor do sol contrastava com a leve brisa que soprava pelas árvores antigas ao redor da propriedade. A fachada do casarão exalava uma aura de nostalgia.
— Minha mãe adorava esse lugar, ela dizia que era o coração da nossa família — comentei.
Caminhamos juntas até a porta de entrada e girei a chave na fechadura antiga. Minha mãe tinha um gosto incrível.
Subimos as escadas em direção ao meu quarto, onde Silvina havia arrumado tudo para o encontro de família. Assim que abrimos a porta, nos deparamos com o espelho escrito em batom vermelho "Juliantina".
— Quem diria que a Silvina ia gostar de mim um dia, né? — Juliana riu.
— Ela sempre gostou — eu ri também — Ela só se deixou levar pelas 'visões' dela. Adoro ver nosso nome assim — disse, a abraçando por trás — É como se todo o amor e apoio que recebemos estivessem resumidos em uma palavra.
— É incrível pensar em como tudo começou e onde estamos agora — ela se virou em meus braços, me envolvendo em um abraço apertado.
— Tudo valeu a pena — a beijei suavemente na testa.
Nós ficamos nos encarando, até que eu me aproximasse lentamente. Nossos olhos não desviavam. Como estávamos grudadas, senti seu coração acelerar. Eu amava quando isso acontecia.
Com um movimento sutil, envolvi mais sua cintura. Ela, por sua vez, levantou uma de suas mãos para o meu rosto, acariciando minha pele suavemente antes de me puxar para um beijo.
Nossos lábios se encontraram com uma urgência controlada. O beijo começou delicado, mas rapidamente se tornou mais profundo e fervoroso. Deslizei uma das mãos pelos seus cabelos, enquanto a outra segurava firmemente sua cintura.
Juliana abriu os lábios, permitindo que o beijo se aprofundasse ainda mais. Nossas línguas se encontraram em um ritmo harmonioso, explorando e provocando uma à outra. O calor era palpável, cada toque e cada suspiro alimentando o fogo que ardia.
Comecei a nos guiar devagar em direção à cama. Minhas mãos exploravam suas costas, deslizando pela curva da coluna até chegar na base da cintura, enquanto ela fazia um carinho leve na minha nuca.
De repente, o som de vozes animadas e risos vieram do corredor, seguido pelo barulho característico da porta da frente se abrindo e fechando. Interrompemos o beijo, rindo baixo contra os lábios uma da outra.
— Acho que eles chegaram — murmurei, ainda com a respiração acelerada.
Sentei na cama, tentando recuperar o fôlego, enquanto os sons se aproximavam. Passei os dedos pelos cabelos, tentando domar as mechas despenteadas, enquanto Juliana ajeitava o próprio vestido, ainda rindo.
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Juliantina - Construindo Uma Vida (HIATUS)
FanfictionApós dois anos de um romance que desafiou todas as expectativas, Valentina Carvajal e Juliana Valdés encontram-se no limiar de uma nova aventura. O amor que floresceu em meio a olhares secretos e gestos tímidos agora se prepara para enfrentar o mund...